O Papa Francisco presidiu, na tarde do
sábado, 11, na Basílica Vaticana, às Primeiras Vésperas do Domingo da Divina
Misericórdia, por ocasião da convocação oficial do Jubileu extraordinário da
Misericórdia.
A cerimônia teve início no átrio da
Basílica Vaticana, diante da ”Porta Santa”, com a entrega da Bula
“Misericordiae Vultus” (“O rosto da Misericórdia”) aos quatro
Cardeais-Arciprestes das Basílicas papais de Roma. O Regente da Casa
Pontifícia, Mons. Leonardo Sapienza, leu, na presença do Papa Francisco, alguns
trechos do Documento oficial de convocação do Ano Santo extraordinário da
Misericórdia.
O longo documento divide-se, a grosso modo,
em três partes. Na primeira, o Papa Francisco aprofunda o conceito de
misericórdia e explica o porque da escolha da data de início em 8 de dezembro,
Solenidade de Maria: “para não deixar a humanidade sozinha à mercê do mal” e
por coincidir com o 50º aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II, que
que derrubou as muralhas, “que por muito tempo, mantiveram a Igreja fechada em
uma cidadela privilegiada”. “Na prática – disse o Papa – todos somos chamados a
viver de misericórdia, porque conosco, em primeiro lugar, foi usada a
misericórdia”.
Na segunda parte, o Santo Padre oferece
algumas sugestões práticas para celebrar o Jubileu, como realizar uma
peregrinação, não julgar e não condenar, mas perdoar e doar, permanecendo
afastado das fofocas e das palavras movidas por ciúmes e invejas, tornando-se
“instrumentos de perdão”; abrir o coração às periferias existenciais, realizar
com alegria obras de misericórdia corporal e espiritual e incrementar nas
dioceses a iniciativa de oração e penitência “24 horas para o Senhor”, entre
outros.
Por fim, na terceira parte, Francisco lança
alguns apelos contra a criminalidade e a corrupção - dirigindo-se aos membros
de grupos criminosos e aos corruptos; exorta ao diálogo inter-religioso e
explica a relação entre justiça e misericórdia. A Bula se conclui com a
invocação a Maria, testemunha da misericórdia de Deus.