Encerrando as atividades do mês de reflexão sobre o sentido e importância do Dízimo, os membros da Pastoral realizaram nas missas dos dias 25 e 26 uma apresentação, evidenciando que Dízimo deve ser um compromisso fiel e consciente.
O QUE É DÍZIMO?
* Dízimo é um ato de gratidão a Deus, do qual recebemos
tudo que temos. É devolução a ele, de um pouco do que dele recebemos por meio
da igreja, para que o seu reino aconteça entre nós. É manifestação de
nosso amor a Deus e aos irmãos. É partilha dos bens que estão a nosso dispor,
especialmente com os mais necessitados. Contudo com a inspiração, com
que cada um vê ou percebe o dízimo, vai atribuir-lhe um significado. Assim
ouve-se que é gesto de amor, de agradecimento, de expressão de fé, de
solidariedade, de fraternidade, retribuição aos dons e bênçãos de Deus,
manifestação de responsabilidade para com a igreja e o plano de Deus, e outros
inúmeros qualificativos que buscam defini-lo. De fato, o dízimo assume
diferentes expressões em razão do que o motiva (por que o oferto? ) ou de sua
destinação (para que o oferto? ) . Mas uma palavra enfeixa, todas as suas
possíveis definições: Amor. Num primeiro momento, devo reconhecer pelos dons
gratuitos que recebo de Deus, a começar pela vida, pela saúde, pela
inteligência, o imenso amor que ele tem por mim. Depois manifesto de forma
objetiva, minha gratidão, retribuindo a ele este sentimento, em gesto concreto
de amor, através dos meus irmãos.
O DÍZIMO É, POIS, UMA RETRIBUIÇÃO, QUE FAZEMOS A DEUS DE
PARTE, DO QUE GRATUITAMENTE DÉLE RECEBEMOS, UM POUCO DE NÓS MESMOS. E O QUE
FAZEMOS, ATRAVÉS DA IGREJA, PARA QUE ELA POSSA CUMPRIR A MISSÃO DA QUAL JESUS A
IMCUMBIU.
* O dízimo é uma contribuição voluntária, regular,
periódica e proporcional aos rendimentos recebidos, que todo batizado deve
assumir como obrigação pessoal, mas também como direito em relação á
manutenção da vida, da igreja local, onde vive sua fé. O dízimo é
compromisso de cada cristão. Representa a aceitação consciente do dom de Deus,
e a disposição fiel, de colaborar com seu projeto de felicidade para todos.
Dízimo é agradecimento e partilha, já que tudo o que temos e recebemos, vem de
Deus e pertence a Deus. Devolução a Deus por meio da igreja, do pouco de muito
que ele nos dá. Contribuição para com a comunidade da qual fazemos parte pelo
batismo. Partilha que nasce do amor aos irmãos e irmãs, principalmente em
relação aos empobrecidos. E o que o dízimo não é? Não é esmola, oferta ou
coleta. O dízimo não deve ser uma prática filantrópica, mas um gesto religioso.
* DÍZIMO OU OFERTA?
Existe uma grande diferença entre dízimo e oferta, embora
ambos seja fruto de nossa fé, do nosso reconhecimento, da nossa gratidão para
com Deus, da nossa generosidade, de nosso coração.
* DÍZIMO = É devolver a Deus com fidelidade,
uma parte de tudo aquilo que ele próprio nos dá como primícias da nossa renda.
Quer dizer que toda vez que ele nos dá, nós separamos as primícias, a parte
consagrada a ele e fazemos á devolução. Se a nossa renda é a colheita, nós
daremos o nosso dízimo quando realizarmos nossa colheita no campo. Se a nossa
renda é o nosso salário, devolvemos nosso dízimo como primeiro gesto de
gratidão a Deus, logo que recebemos nosso salário. Se a nossa renda for o fruto
da renda de algum bem, daremos o dízimo da nossa renda ao receber o que
ganhamos, com a venda daquele bem.
* A OFERTA = É livre, não tem momento certo.
Depende da necessidade de quem solicita e da disponibilidade de quem oferece. O
dízimo tem um destino certo: A igreja de Jesus Cristo, para a realização da
obra de Deus de acordo com um plano pastoral, que abrange a dimensão religiosa,
social e missionária. Este plano tem continuidade, não pode sofrer
interrupções, por isso deve contar com recursos regulares. É o dízimo que deve
sustentar o plano pastoral da igreja, para a realização da obra de Deus. As
ofertas se destinam geralmente para a realização das obras complementares, ou
para alguma emergência pessoal ou comunitária, ou ajudar o plano pastoral da
igreja, mas como acréscimo ao dízimo, que constitui a pastoral de sustentação
da vida paroquial.
* O DÍZIMO PARA QUÊ?
Nosso dízimo, aquele pedacinho de vida de cada um de
nós ofertado a Deus, vai permitir que ele se manifeste através da igreja pela
proclamação de sua palavra, pela sagrada eucaristia, pelos sacramentos, pelo
socorro aos carentes, pelo trabalho missionário. De tudo isso, o dizimista
precisa estar sempre informado, é seu direito. Mas certamente, saber que
contribuiu para que o pão e o vinho chegassem até o altar no ofertório, para,
em seguida na consagração, serem transformados no corpo e sangue de Jesus
Cristo, será o bastante para justificar no sacrifício do Cristo o seu próprio
sacrifício de oferecer-se no seu dízimo. O dízimo aponta em seu propósito, para
quatro elementos, como se fossem os quatro pontos cardeais: para Deus,
para o Próximo, para a Criação e para Nós mesmos.
* PARA DEUS = (O dízimo nos leva a reconhecer seu
soberano domínio e os benefícios que vem de suas mãos. Deus é o proprietário do
mundo e em particular daquilo que nos concedeu ).
* PARA O PRÓXIMO = (Move-nos á generosidade, á
prática da caridade e em muitos casos a vivência da justiça. Tem uma dimensão
salvífica (MT 25-31,46). É uma amostra de nossa generosidade, que nos faz
crescer por dentro, educa no amor e contribui, para a verdadeira união entre os
membros da comunidade).
* PARA A CRIAÇÃO = (Leva a nos mostrar livres ante
as coisas materiais, como tenentes de Deus na criação. Não se trata de condenar
os bens materiais, mas é um convite para que caminhemos sem apegos e sem cair
na escravidão do materialismo).
* PARA NÓS MESMOS = (Move-nos a perceber os
valores transcendentes e nossas expectativas de salvação, nos permite ver o
irmão necessitado. Permite que nos afastemos do pecado insaciável da ganância).
* POR QUE A DIFICULDADE DE OFERECER O DÍZIMO?
Vivemos numa sociedade em que o dinheiro e o lucro, ocupam o
lugar de Deus e das pessoas. Jesus Cristo nos adverte que é impossível servir a
dois senhores, adorando a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. Mesmo assim há
cristãos que seguem a proposta do mundo. A sociedade materialista e consumista
em que vivemos, nos ensina a reter, concentrar, possuir, ter, ganhar, consumir,
acumular. Somos incentivados a ter corações egoístas e fechados. O evangelho ao
contrário, nos ensina que só quem é generoso e não tem medo de repartir
está, de fato, aberto a recolher os benefícios de Deus. São dois
projetos bem diferentes: a sociedade consumista e egoísta, ou, o reino
da partilha e da justiça. É preciso fazer uma escolha, entre o
reino de Deus e o reino do dinheiro.
* POSSO DAR DÍZIMO EM FORMA DE OFERTA OU SERVIÇOS?
Pra dar, dá. Mas ser sincero também neste ponto. Deve-se
combinar bem com a equipe do dízimo. Pode também ser em doações, só que a
bíblia fala claro: mesmo dando um animal para sacrifício, a família não esta
dispensada do dízimo. O dízimo na bíblia é sagrado e não se negocia com nada.
Por isso, as coletas na missa, não dispensam o dízimo. A bíblia é bem clara:
quem pode dar 10%, deve dá-lo. Quem pode dar 10%, não deve dar 8%. Quem
pode dar 5%, não deve dar 2% ou 3%. A igreja no Brasil pede
pelo menos 1% (centésimo ), mas quem pode dar mais, deve dá-lo.
* O DÍZIMO COMO FAZER?
O dízimo deve ser oferecido, cada vez que se recebe
algo: o salário, uma doação ou o resultado de uma venda importante. Podemos
dizer que o dízimo é mensal. Assim como você recebe seu salário todo mês,
também mensalmente, deverá doar seu dízimo todo mês. Se o católico, não doar
seu dízimo todo mês, ele dará apenas aquilo que sobrar, algumas vezes, e isso
não é dízimo, mesmo em grande quantidade. A contribuição mensal do dízimo
favorece a organização da pastoral do dízimo, na comunidade, na paróquia e na diocese.
Sabendo quanto recebe mensalmente, de dízimo, a igreja pode fazer, seus
orçamentos e previsões, bem como prestar contas regularmente ao povo. O dízimo
deve ser levado á igreja. Deve ser entregue na secretaria, ou a alguém da
pastoral do dízimo, ao final das missas e celebrações.