Entre os brasileiros nomeados para a III Assembleia
GeralExtraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a família, está um casal da
cidade de São José dos Campos (SP). Hermelinda e Arturo Zamperlini são
coordenadores nacionais do movimento das Equipes de Nossa Senhora. Eles
participam do Sínodo que acontece no Vaticano de 5 a 19 de outubro com o tema
“Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
O Sínodo tem 253 participantes, entre eles, 14 casais de esposos,
subdivididos entre especialistas e auditores. Além do casal paulista,
participarão quatro cardeais brasileiros e um bispo libanês que atua no País.
Os prelados do Brasil que participarão do Sínodo são:
Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente
da ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – nomeado pelo papa
Francisco como um dos três presidentes-delegados do Sínodo que coordenam os
trabalhos na ausência do Pontífice.
Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo -
é membro do Conselho Ordinário do Sínodo. Entre outras funções,
ele apresentará ao Papa o tema do próximo Sínodo, a partir das sugestões dos
padres sinodais.
Cardeal Orani João Tempesta, arcebispo de São Sebastião do
Rio de Janeiro (RJ) – membro por nomeação pontifícia, que participa e votará em
todas as sessões.
Cardeal João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília e
prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades
de Vida Apostólica.
Dom Edgard Amine Madi, eparcada libanês da Eparquia Maronita
de Nossa Senhora do Líbano, no Brasil, com sede em São Paulo – é membro por
nomeação pontifícia, com direito a voto em todas as sessões.
Nomeações:
Especificamente, os padres sinodais serão 191, entre os
quais 25 chefes de dicastérios da Cúria Romana, 114 presidentes de Conferências
episcopais: 36 da África, 24 da América, 18 da Ásia (o arcebispo de Taipé, Dom
Shan-Chuan, representará a China), 32 da Europa, e 4 da Oceania.
Os outros 62 serão participantes, incluídos 8 delegados
fraternos: entre eles, o presidente do Departamento das Relações
Exteriores do Patriarcado de Moscou, Hilarion. Entre estes participarão
também 13 expoentes das Igrejas Orientais, provenientes inclusive de países em
conflito, como o Iraque e Ucrânia, representados pelo Patriarca caldeu Louis
Sako e pelo Arcebispo-mor greco-católico Shevchuk.
Treze casais farão parte dos 38 auditores, com direito de
palavra, mas não de voto. Outro casal fará parte dos 16 especialistas, ou seja,
colaboradores do secretário especial.
Atividades
Durante as duas semanas de atividades, os participantes da
Assembleia refletirão sobre o Documento de Trabalho difundido em junho passado. A
finalidade, explica o secretário-geral do Sínodo, Cardeal Lorenzo Baldisseri, é
“propor ao mundo de hoje a beleza e os valores da família, que emergem do
anúncio de Jesus Cristo que dissipa o medo e sustenta a esperança”.
Como já anunciado pelo Conselho Ordinário do Sínodo, os
trabalhos seguirão uma nova metodologia interna, para favorecer uma
participação mais dinâmica dos padres sinodais. Serão dados os passos
necessários “para emendar normas ou eventualmente se fazer uma verdadeira
reestruturação do organismo sinodal”, explica ainda o Cardeal Baldisseri.
Não estão previstos documentos finais ao término
desta Assembleia extraordinária, uma vez que essa será somente a primeira etapa
de um percurso que se concluirá em 2015, quando, de 4 a 25 de outubro se
realizará o XIV Sínodo Geral Ordinário, que terá como tema "Jesus Cristo
revela o mistério e a vocação da família".