A Santa Sé e o Estado da Palestina firmaram Acordo Global,
na sexta-feira, 26, no Palácio Apostólico do Vaticano. O documento, resultado
das negociações feitas nos últimos anos por uma comissão bilateral, foi
assinado pelo secretário para as Relações com os Estados, arcebispo Paul
Richard Gallagher, e pelo ministro das Relações Exteriores do Estado da
Palestina, Riad Al-Malki.
O Acordo Global, constituído de um Preâmbulo e de 32 artigos
divididos em 8 capítulos, refere-se aos aspectos essenciais da vida e da
atividade da Igreja no Estado da Palestina. O documento reafirma o acordo de
paz e o diálogo na região e entrará em vigor após declaração, por escrito, se
os requisitos constitucionais ou internos no Acordo forem satisfatórios.
O ato de assinatura contou com presença de membros da Santa
Sé, do núncio Apostólico em Jerusalém e Palestina, dom Antonio Franco, e do
patriarca de Jerusalém dos Latinos, Sua Beatitude Fouad Twal. A delegação do
Estado da Palestina, foi representada pelo vice-chefe do Alto Comitê
Presidencial para os Assuntos da Igreja na Palestina, Ramzi Khoury, e o
representante do Estado da Palestina junto à Santa Sé, Issa Kassissieh.
Valor religioso
O Acordo Global possui caráter de direito internacional. Ou
seja, com assinatura do Documento, afirma-se a autodeterminação do povo
palestino, o significado não-simbólico de Jerusalém, o caráter sagrado da
cidade para hebreus, cristãos e muçulmanos e o seu valor religioso universal e
cultural como tesouro para toda a humanidade e os interesses da Santa Sé na
Terra Santa.
No artigo 2 do Acordo, evidencia-se a liberdade reconhecida
pela "Igreja católica, pelas pessoas jurídicas e canônicas e por todos os
católicos" (art.2 §3), interpretada e regulada com base nos padrões do
direito internacional.
Com informações e foto do News.va