Ao Nosso venerável Irmão, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, OFM, Arcebispo emérito de São Paulo
No Ano da Misericórdia, na festa do Apóstolo São Tomé, Venerável Irmão Nosso, que há 6 meses completaste com alegria o septuagésimo ano de sacerdócio e, no próximo dia 3 de julho, terás a felicidade de celebrar teu jubileu áureo episcopal, contigo exultará toda tua Província religiosa da Imaculada Conceição da Bemaventurada Virgem Maria e também a inteira Ordem dos Frades Menores, uma vez que por muitos anos desempenhaste vários encargos na Família Franciscana.
Mas alegrar-se-á pela tua jubilosa recordação também a Igreja na América Latina, que já por meio século se beneficia do teu zelo episcopal e tem o senhor por 43 anos no Colégio dos Cardeais, dos quais te tornaste proto-presbítero e sênior. Por este motivo, os Irmãos no Episcopado, teus confrades, parentes e amigos, te cercarão nesse dia especial com manifestações de sincera gratidão e reconhecimento, pois podem com razão gloriar-se do seu tão ilustre e venerando Pai.
Por esses motivos, apraz também a Nós expressar por esta carta o nosso afeto e alegria e congratular-nos contigo por este festivo evento e pelo teu frutuoso apostolado. No teu ministério diuturno gozaste da confiança e da estima dos teus Superiores, do povo brasileiro e também dos Sumos Pontífices.
O Beato Paulo VI te nomeou bispo e, poucos anos depois, te colocou à frente da insigne Arquidiocese de São Paulo e também te inscreveu no número dos Pais Purpurados. São João Paulo II te encontrou várias vezes e contigo tratou de questões de grande importância. Também Nós Mesmos te vimos e saudamos com reverência em várias ocasiões.
Quem, de fato, não conheceu a tua grande dedicação na promoção dos direitos dos pobres, na defesa da vida digna para todos, na ajuda às famílias e aos oprimidos! No entanto, não achamos necessário que sejam recordados cada um dos teus encargos e méritos, que são muitíssimos e que, por certo, somente por Deus são conhecidos. A Ele, mais que tudo, é necessário dar glória e graças, conforme o dizer do Apóstolo: “é Deus, de fato, que opera em vós tanto o querer como o agir, conforme o seu agrado” (Fl. 2,13).
Portanto, motivados por esse espírito, te convidamos agora, Venerável Irmão Nosso, e a todos os que participam das tuas alegrias jubilares, a dar graças ao Senhor por todos os seus benefícios, com estas palavras de São Francisco de Assis: “em todo lugar, a toda hora e em todo o tempo, todos os dias, continuamente (...) conservemos no coração e amemos, honremos, adoremos, sirvamos, louvemos e bendigamos, glorifiquemos e exaltemos, magnifiquemos e rendamos graças ao altíssimo e sumo Deus eterno” (Regra não-bulada, XXIII, 11).
Aceita, enfim, Venerável Irmão Nosso, esta manifestação de nosso amor e de nossa estima, juntamente com a Bênção Apostólica, penhor de graças celestes, que invocamos com muito afeto primeiramente para ti, e também para ser depois comunicada aos demais bispos, presbíteros, para os confrades de tua Ordem, os religiosos e religiosas, parentes, amigos e para todos os fiéis presentes, que contigo celebram com grande alegria teu tão singular Jubileu, ao mesmo tempo que peço as orações pelo bom exercício do Nosso supremo ministério.
Vaticano, dia 22 de junho de 2016
Jubileu da Misericórdia, 4º ano do Nosso Pontificado.
Papa Francisco