quarta-feira, 13 de abril de 2016

MENSAGEM PASCAL DAS IGREJAS CRISTÃS DE JERUSALÉM




O desejo da paz na Terra Santa e em todo o Oriente Médio, o acolhimento dos refugiados e o respeito pela dignidade das pessoas, foram os temas centrais da mensagem que os patriarcas e chefes das Igrejas locais de Jerusalém difundiram por ocasião da Páscoa.

Um texto não de circunstância, mas uma chave de leitura aberta à esperança, assinado pelo Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, pelo Patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Théophilo III, pelo Patriarca armênio-ortodoxo de Jerusalém, Norhan Manougian, pelo Custódio da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa, e pelos responsáveis locais de novas confissões cristãs presentes em Jerusalém.

Construir pontes

Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, o documento convida a refletir sobre o mistério daquela tristeza jubilosa, emblemática do caminho de preparação para a Páscoa, que caracteriza a condição da humanidade que espera a ressurreição prometida por Cristo. 

“O sofrimento do ser humano e a agonia são transformados em alegria graças à Cruz de Cristo, onde as realidades humana e divina se encontram e da qual Jesus triunfa sobre a morte e o sofrimento. O túmulo vazio, aqui em Jerusalém, representa a encarnação da esperança divina para toda a criação”, destaca a mensagem. 

“Um evento de salvação não destinado exclusivamente a uma raça, a um povo ou uma nação, que nos convida a considerar com compaixão e misericórdia o sofrimento e a dor de muitas pessoas do mundo. Porém, isso não pode ser feito construindo muros de alienação, intolerância ou rejeição. O mundo precisa construir pontes através das quais a compreensão, a amizade e o acolhimento possam se tornar uma realidade a favor de quem sofre e para aqueles cuja dignidade é ofendida e são expostos a grandes sofrimentos”, afirma ainda o texto.

Paz para a Terra Santa

Os patriarcas e chefes das Igrejas locais fazem um apelo em favor dos milhões de refugiados e em prol das vítimas da violência, da intolerância e da discriminação. “Rezamos para que a força da luz radiante da Páscoa possa brilhar em todos esses lugares e faça abrir os olhos e os corações do mundo sobre estas realidades”, frisa a nota. 

O anúncio jubiloso da Páscoa deve ter um significado particular para a terra martirizada que custodia os lugares de Jesus: “Jerusalém como cidade da ressurreição é a cidade da esperança para a Terra Santa e para o mundo inteiro. Hoje, a nossa esperança é a de uma paz justa para o povo da Terra Santa e para todo o Oriente Médio. Jerusalém merece viver em paz tornando-se uma cidade em que o povo de Deus viva junto e respeite todo ser humano”, conclui a mensagem.

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