quinta-feira, 30 de junho de 2016

JUBILEU DE OURO EPISCOPAL DO CARDEAL DOM PAULO EVARISTO ARNS



O arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Paulo Evaristo Arns, completa, no dia 3 de julho, 50 anos de sua ordenação episcopal.


Para marcar seu jubileu de ouro episcopal, serão realizadas uma série de eventos na Arquidiocese de São Paulo, com destaque para a solene celebração eucarística no dia 2 de julho, às 10h, na Catedral da Sé.





HISTÓRICO

Nasceu em Forquilhinha, Criciúma, SC, em 14/09/1921. Ingressou na ordem franciscana em 1939. Ordenou-se presbítero a 30/11/1945 em Petrópolis, RJ. Freqüentou a Sorbonne de Paris, onde laureou-se em Patrística e Línguas clássicas. Foi professor e mestre dos clérigos, diretor do CIC e jornalista profissional. Trabalhou como vigário nos subúrbios de Petrópolis, onde era amigo das crianças e dos pobres dos morros, quando foi indicado bispo auxiliar de Dom Agnelo Rossi, no dia 02/05/1966 e sagrado em 03/07/1966, como bispo titular de Respecta.

Atuou intensamente na Região Norte de São Paulo. Foi nomeado Arcebispo de São Paulo no dia 22.10.1970, tomando posse dia 01/11/1970.

Perante o núncio apostólico, vinte e oito bispos e arcebispos, diante do governador, do prefeito e cerca de cinco mil fiéis, Dom Paulo tendo a mãe presente, Sra. Helena Steiner Arns, com 76 anos, e seus quatorze irmãos, fez comovente exortação, da qual extraímos:

"Venho do meio do povo desta Arquidiocese a que já pertencia, do clero a quem amo e de quem sou irmão, dos religiosos que comigo se esforçam para serem sinal e esperança dos bens que estão para chegar, dos leigos que entendem o serviço aos irmãos como tarefa essencial de sua existência."
Cardeal

Feito Cardeal por Paulo VI no consistório de 05.03.1973, com o título de Santo Antônio na Via Tuscolana.

Assim que assume a diocese incrementa fortemente a participação dos leigos nos passos do Concílio Vaticano II. Realiza a Operação Periferia, vendendo o palácio Episcopal e assume destemida defesa dos direitos humanos constantemente violados pela ditadura militar. Torna-se voz dos sem voz e arauto da justiça social em nossa pátria. É de sua responsabilidade a edição do livro e relatório "Brasil, nunca mais", marco na luta contra a tortura.

Cria novas regiões episcopais, realiza amplo plano de pastoral urbana e lança as bases para a ação colegiada na grande metrópole de São Paulo. Criou as condições essenciais para a entre-ajuda do projeto "Igrejas-irmãs". Em seu tempo Dom Paulo cria quarenta e três paróquias, incentiva e apoia o surgimento de mais de duas mil comunidades de base nas periferias da metrópole paulistana, particularmente nas atuais dioceses sufragâneas de São Miguel, Osasco, Campo Limpo e Santo Amaro, além das regiões de Belém e de Brasilândia. Esta era a resposta eficaz e efetiva ao crescimento desordenado, à miséria crescente e à migração constante e forçada para a capital de São Paulo.

Em 1975 tem como bispos auxiliares, Dom José Thurler, Dom Benedito de Ulhôa Vieira, Dom Francisco Manuel Vieira, Dom Mauro Morelli, Dom Joel Ivo Catapan e Dom Angélico Sândalo Bernardino, cada qual assumindo uma das seis regiões episcopais, divididas em setores de pastoral com autonomia e dinâmica próprias. Ainda serão escolhidos Dom Luciano Mendes de Almeida, Dom Alfredo Novak, Dom Antônio Celso Queiroz, Dom Fernando Penteado, Dom Antônio Gaspar e Dom Décio Pereira.

Cada setor deverá assumir e articular as quatro prioridades escolhidas pelo povo: Comunidades eclesiais de base, Direitos humanos e Marginalizados, Mundo do Trabalho e Pastoral da Periferia.

A arquidiocese começa a agir de acordo com planos de pastoral, nos moldes da CNBB, fixando a cada dois anos e depois a cada quatro anos objetivos e prioridades pastorais para garantir eficácia e unidade pastoral evangelizadora. Foram sete os planos de pastoral aplicados no tempo de D. Paulo, sempre motivados pelo lema: De esperança em esperança. As prioridades do 7° plano são: Saúde, Moradia, Mundo do Trabalho e Educação.

Depois de inúmeras divisões de seu território ao longo dos anos, a Arquidiocese tinha em 1997, a seguinte configuração:
seis regiões episcopais,
cinqüenta setores de pastoral,
três vicariatos ambientais,
duzentos e sessenta e sete paróquias territoriais e pessoais,
dez santuários,
quatrocentos e sessenta e uma comunidades eclesiais de base,
vinte e cinco pastorais articuladas pela cidade,
trinta e seis movimentos de leigos,
coordenados por dezenas de ministros e ministras leigas, com o apoio ministerial de 2337 religiosas,
771 sacerdotes diocesanos e religiosos,
cinqüenta e nove seminaristas,
cinco bispos auxiliares e um vigário episcopal (D. Antonio Gaspar, Dom Joel Ivo Catapan, Dom Antonio Celso de Queiróz, Dom Angélico Sândalo Bernardino, D. Fernando José Penteado, Mons. Walter Caldeira) e o pastor diocesano, Dom Paulo Evaristo Arns.

A arquidiocese compreende somente 635,33 Km2 dos 1509 Km2 do Município. A população, em 1997, era estimada em 9 milhões de habitantes.

Dom Paulo é autor de 56 livros e recebeu mais de uma centena de títulos nacionais e internacionais.


FORMAÇÃO

Cursos
Seminário menor dos franciscanos em Rio Negro (PR), 1934-1939.
Noviciado em Rodeio, SC, 1940.


Formação Universitária
Filosofia: Curitiba, 1941-1943
Teologia: Petrópolis, 1944-1947


Especialização e pós-graduação
Licença em Letras: estudos brasileiros, latinos, gregos e história antiga; Universidade de Paris (Sorbonne), 1947 - 1950
Pedagogia: Instituto de Pedagogia de Paris, 1950 - 1952
Literatura Antiga: Instituto de Altos Estudos, Paris, 1950-1952
Estágios: 3 na Alemanha, 2 na Inglaterra, 1 na Holanda, 1 na Bélgica, 1 nos Estados Unidos e 1 no Canadá, 1948-1950
Doutorado em Letras: Universidade de Paris (Sorbonne), em 03.05.52, com a distinção maior, "très honorable" para a tese: La technique du livre d'après Saint Jérome
Teses secundárias: Les Confessions de Saint Augustin dans l'oeuvre de Saint Bonaventure; Thesaurus Linguae Latinae.


CARGOS E ATIVIDADES

Professor no Ginásio de Rio negro (PR), 1946.
Professor de francês e letras clássicas; Seminário Santo Antônio, Agudos (SP), 1953-1955.
Fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Bauru, 1954.
Professor de língua e literatura francesa: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Bauru, 1954-1955.
Professor e Orientador da Campanha de Aperfeiçoamento do Ensino Secundário, do Ministério da Educação e Cultura: Juiz de Fora e Curitiba, 1955-1957.
Professor de Literatura Cristã e História da Igreja Antiga: Instituto de Teologia de Petrópolis, 1956.
Mestre de Clérigos e prefeito de estudos: Ordem dos Frades Menores, Petrópolis, 1956-1966.
Capelão da Comunidade de São José Operário, Itamarati, Petrópolis, 1956-1966.
Professor de Didática geral: Faculdade de Filosofia de Petrópolis, 1958.
Jornalista (não-profissional): registro na 14º Delegacia Regional do Trabalho: Petrópolis, 1961-1966.
Vice-Provincial dos Franciscanos de São Paulo, 1962-1966.
Membro da Comissão internacional para reforma das constituições dos Frades Menores: Roma, Itália, 1966.

CIDADANIAS
Cidadão Petropolitano, deliberação nº 1744 de 22/10/63, título recebido em 14/02/64.
Cidadão de Passa Quatro, resolução 158, de 15/06/76.
Cidadão Paulistano, decreto legislativo nº 9/77, 24/11/77.
Cidadão Mojimiriano, decreto legislativo nº 31, 12/04/78.
Cidadão Joseense, decreto legislativo nº 6, de 30/05/78, recebido em 24/08/83.
Cidadão Sanjoanense, decreto legislativo nº 10/78, de 28/11/78, recebido em 10/08/79.
Cidadão Jacareiense, decreto legislativo nº 10/78, de 03/07/78, recebido em 08/08/80.
Cidadão Honorário de Piquete, decreto legislativo nº 2/79, recebido em 24/08/83.
Cidadão Candidomotense, decreto legislativo nº 9/78, de 07/11/78.
Cidadão de Guarujá, decreto legislativo nº 119/79, de 08/08/79.
Cidadão Prudentino, decreto legislativo nº 65, de 28/06/79, comunicado em 19/09/79.
Cidadão Mineiro, honraria informal outorgada em desagravo por mineiros de São Paulo, em sessão solene na Assembléia Legislativa de São Paulo, 25/01/80.
Cidadão Francorrochense, decreto legislativo nº 2/80, de 25/08/80.
Cidadão Benemérico Aparecidense, decreto legislativo nº 4/80, de 20/10/80.
Cidadão Aguaiano, decreto legislativo nº 16/80, de 09/01/80.
Cidadão Honorário do Estado do Paraná, lei estadual nº 7477, de 08/07/81, recebido em 03/12/81.
Cidadão Ibiunense, decreto legislativo nº 1/83, de 07/04/83, recebido em 28/05/83.
Cidadão Livre de Galway, Irlanda, 16/06/83
Cidadão Lindoiense, decreto legislativo nº 5, de 28/08/79, recebido em 02/07/84
Cidadão Osasquense, decreto legislativo nº 1/84, de 02/02/84.
Cidadão Cruziliense, resolução de 10.02.84, recebido em 05/07/86.
Cidadão Paracambiense, RJ, recebido em 12/07/86.
Cidadão Ribeirãopretano, decreto legislativo nº 29/81, recebido em 11/11/91.
Cidadão Honorário e Benemérico de Cataguases, decreto legislativo nº 3/93, recebido em 06/09/93.
Cidadão Emérito de Santos, decreto legislativo nº 15/94, recebido em 26/01/95.
Cidadão Benemérito de Forquilhinha, decreto legislativo nº 13/95, de 02/11/95, recebido em 11/12/95.
Cidadão Honorário de Maceió, decreto legislativo nº 7/83, recebido em 18/12/95.
Cidadão Honorário de Belo Horizonte, resolução nº 1967 de maio de 1994, da Câmara Municipal de Belo Horizonte-MG, entregue em 17/11/99.

Cidadão Honorário de Juiz de Fora, Lei nº 9629 de 26/10/99 da Câmara Municipal de Juiz de Fora-MG, 25/11/99.

Cidadão Sorocabano, Decreto Legislativo nº 526 de 21/06/01 da Câmara Municipal de Sorocaba-SP, 10/08/01.

Cidadão Honorário do Município de Santo André, Decreto Legislativo n° 10, de 27/08/01, entregue em 21/09/01.

Cidadão Guarulhense, Decreto Legislativo n° 005/2001, aprovado em 20/11/01 e entregue em sessão solene realizada em 19/04/02.

Cidadão Honorário de Brasília, Câmara Legislativa do Distrito Federal, 17/12/02.

Cidadão Araraquarense, Decreto Legislativo nº 493 de 02/04/03, entregue em 02/08/03.

Cidadão Ferrazense, Decreto Legislativo nº 321 de 16/10/03, entregue em Ferraz de Vasconcellos, SP, 14/03/04.

Cidadão Honorário de Joinville, Decreto Legislativo nº 20/03, Joinville, SC, 17/06/04.

Cidadão Itaquaquecetubense, Decreto Legislativo nº 04, de 19/05/2004, entregue em 01/08/2004.

Cidadão Itapeviense, Decr.Legislativo Nº 014/2004 de 11/08/04, entregue em 03/12/2004.


DOUTORADOS
Doutorados honoris causa

(títulos universitários conferidos a título de homenagem)

Doutor honoris causa em Direito, Universidade de Notre Dame, Indiana, EUA, em 22/05/77, juntamente com o presidente Jimmy Carter.
Doutor honoris causa em Sagrada Teologia, Siena College, Loudonville, EUA, em 17/05/81.
Doutor honoris causa em Direito, Fordham University, Bronx, New York, EUA, 24/05/81.
Doutor honoris causa em Direito, Seton Hall University, Newark, EUA, 06/06/82.
Doutor honoris causa em Teologia, universidade de Münster, Alemanha, 19/01/83.
Doutor honoris causa em Direito, Saint Francis Xavier University, Antigonish, Canadá, 04/05/86
Doutor honoris causa em Ciências Humanas, Universidade de Dubuque, Iowa, EUA, em 07/09/88.
Doutor honoris causa, Universidade de São Francisco, Bragança Paulista, 08/03/89.
Doutor honoris causa, Universidade Metodista de Piracicaba, 08/08/90.
Doutor honoris causa em Ciências Humanas, Manhattanville College, Purchase, NY, EUA, 25/05/91.
Doutor honoris causa, Universidade do Sagrado Coração de Jesus, Bauru, 06/06/92
Doutor honoris causa, Universidade Católica de Nimega, Holanda, 29/10/93
Doutor honoris causa, Universidade Católica de Goiânia, GO, 05/05/98
Doutor honoris causa, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, 08/12/98.
Doutor honoris causa, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, AC, 21/12/98.
Doutor honoris causa, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, 31/05/99.
Doutor honoris causa em Teologia, Pontifícia Faculdade de Teologia N.Sra. da Assunção, São Paulo, SP, 12/08/99.
Doutor honoris causa, Universidade Federal de Viçosa, MG, 02/09/99.
Doutor Honoris Causa, Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, de acordo com deliberação do Conselho Universitário, sessão de 28.03.00, entregue em 20/10/00.
Doutor Honoris Causa, Universidade de Sorocaba, de acordo com deliberação do Conselho Universitário, sessão de 19.02.01, entregue em 10/08/01.
Professor Honoris Causa do Curso de Editoração Multimídia das Faculdades Integradas Alcântara Machado - UniFIAM-FAAM, São Paulo, pelos inestimáveis serviços prestados à Comunicação Social e pelo trabalho incessante como guardião dos Direitos Humanos, 28/05/02.
Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília, 17/12/02
Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Londrina, PR, 07/11/03
Doutor Honoris Causa em humanidade, "por sua trajetória de autêntico cristão, cujo testemunho vivo e eloqüente marcou indelével e profundamente a história de nossa Universidade, em particular, e da sociedade brasileira em geral". – Outorgado pela PUC-SP, por unanimidade e aclamação do Colendo Conselho Universitário na sessão de 29.10.2004, entregue solenemente em 01/11/2005.


PRÊMIOS
Prêmio (informal) "Mahatma Gandhi" da Paz, em eleição coordenada pelo publicitário Carlito Maia e apuração referendada pela presidência da Associação Brasileira de Imprensa, 31/12/81.
Prêmio Internacional "Letelier-Moffitt de Direitos Humanos", do Instituto de Estudos Políticos de Washington, EUA, fundado pelo presidente Kennedy, 21/09/82.
Prêmio "Governo do Estado do Rio de Janeiro", com a grande personalidade brasileira, pela amplitude com que assumiu as responsabilidades sociais da Igreja, 28/02/85.
Prêmio Internacional "Medalha Nansen", do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), recebido no Palácio das Nações Unidas em Genebra, Suíça, em 07/10/85.
7º Prêmio "Wladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos", do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e Comitê Brasileiro pela Anistia, 25/10/85.
Prêmio Internacional "Arcebispo Oscar Romero de Direitos Humanos", da Fundação Ecumênica Menil-Rothko Chapel, Houston, EUA, 24/03/88.
1º Prêmio Nacional de Direitos Humanos, da Coordenação Brasileira dos Centros de Defesa dos Direitos Humanos, 08/12/88.
Prêmio "Hélder Câmara de Direitos Humanos", da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pernambuco, 10/08/89.
Prêmio "Intelectual do Ano, 1990", Troféu Juca Pato, da União Brasileira de Escritores e Folha de S. Paulo, 18/10/90.
Prêmio "10 Anos da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP", Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo, 12/12/90
Prêmio "Oscar Romero de Serviços à Não-Violência e aos Pobres", de Pax Christi, Portland, EUA, 25/05/91.
Prêmio "The Right Livelihood" conquistado na Europa pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra do Brasil e, por este, repassado a Dom Paulo em virtude do apoio emprestado, em 05/92.
Prêmio Graymoor e Afiliação à Ordem Primeira dos Franciscanos da Reconciliação, decreto de 08/09/93 e entrega em 21/04/94, New York, EUA.
11º Prêmio Niwano da Paz, Tóquio, Japão, 11/05/94.
1º Prêmio Direitos Humanos, categoria "Livre", criado pelo decreto de 08.09.95 do presidente da República, conferido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 05/12/95.
Prêmio Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura Municipal de Maceió, lei nº 4367, de 15/12/95, entregue em 18/12/95.
Prêmio "Criança e Paz 1996", do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Brasília, 13/11/96.
Prêmio PNBE de Cidadania, do Pensamento Nacional das Bases Empresariais, São Paulo, 03/12/96.
Prêmio Franz de Castro Holzwarth/1996, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seção de São Paulo, 10/12/96.
1° Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, da Assembléia Legislativa de São Paulo, 15/12/97.
Prêmio "Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica", categoria Religião, da Legião da Boa Vontade (LBV), 03/12/98.
Prêmio "Brenda Lee", categoria Direitos Humanos, do Centro de Referência e Treinamento em Doenças Sexualmente Transmitidas da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo, pelo destaque alcançado no enfrentamento da epidemia de AIDS nos últimos 15 anos, São Paulo, 03/12/98.
Prêmio "Top Comunitário", da 29a. Festa das Personalidades do Ano, do grupo 1 de Jornais, São Paulo, 20/09/99.
Prêmio "Teotônio Vilela", do Instituto Teotônio Vilela de Brasília, por ocasião dos 20 anos de Anistia, Rio de Janeiro, RJ, 27/09/99.
1° Prêmio "Liberdade e Democracia", da Fundação Pública e Municipal "Ulysses Silveira Guimarães", Rio Claro, SP, 08/10/99.
Prêmio Severo Gomes, da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, "por sua extraordinária contribuição para a promoção e proteção dos direitos humanos, para a defesa das vítimas do arbítrio e para a consolidação do estado de direito no Brasil e na América Latina", São Paulo, 17/05/00.
Prêmio Direitos Humanos 1999/Personalidade do Ano, da Associação das Nações Unidas-Brasil, São Paulo, 26/05/00.
Prêmio FASE - Solidariedade e Educação/2001, "porque presenças como a sua tornam possível um outro Brasil", Rio de Janeiro, 14/09/01.
Prêmio IDEC de Construção da Cidadania (escolha por votação dos sócios, na Internet), por ocasião dos 15 anos do IDEC - Instituto de Defesa do Consumidor - São Paulo, 07/08/02.
VIII Prêmio USP de Direitos Humanos-2007, categoria individual, "em consideração à sua ampla e longa ação e voz em defesa do mais humilde, do mais oprimido, do perseguido político, contra a tortura e em defesa da Paz e da Dignidade Humana" – São Paulo, 07/12/2007


MEDALHAS
Grão-Oficial da Ordem El Sol del Perú, do governo peruano, 06/03/72.

Jubileu de Prata da Fundação para o Livro do Cego no Brasil, pelos relevantes serviços prestados, 16/06/72.

Pero Vaz Caminha, do Instituto Histórico e Geográfico Pero Vaz Caminha, São Paulo, 05/09/72.

Cavaleiro da Grã-Cruz da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalem, 02/03/73.

Mérito Pessoal e Relevantes Serviços, da Sociedade Consular de São Paulo, 06/06/74.

Valor Cívico, do Governo do Estado de São Paulo, 06/05/75.

Carlos Gomes, da Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino de Campinas, SP, 04/07/75.

Cívico - Cultural do Sesquicentenário do nascimento de D. Pedro II, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 24/08/76.

Reconhecimento à colaboração recebida, no 15° aniversário de constituição da CESP - Centrais Elétricas de São Paulo, 05/12/81.

Bicentenário do Pe. Diogo Antonio Feijó, do Governo do Estado de São Paulo, 30/08/85.

Comendador da Legião de Honra, do governo da França, entregue pelo embaixador da França no Brasil, presente a primeira-dama Danielle Mitterrand, em São Paulo, 09/05/87

Medalha Chico Mendes de Resistência, do Grupo Tortura Nunca Mais, Rio de Janeiro, 07/07/89.

Medalha do Mérito Anita Garibaldi, categoria Ouro, do Governo do Estado de Santa Catarina, pelos relevantes serviços prestados ao Estado, 23/11/90.

Grã-Cruz da Ordem do Ipiranga, decreto nº 52.064 de 20/06/69, do Governo do Estado de São Paulo, em 30/11/95.

Medalha de Honra da Universidade de São Paulo, 08/02/96.

Medalha Brás Cubas, decreto legislativo nº 40/95, da Câmara Municipal de Santos, 06/03/96.

Comenda Maior da Ordem de Nossa Senhora do Ó, no bicentenário da fundação da Paróquia, São Paulo, 15/09/96.

Medalha Brigadeiro Tobias, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, resolução do Comando Geral aprovada pela Comissão da Medalha, 04/10/96.

Medalha Sobral Pinto, da PUC-MG, pela relevante atuação em defesa dos direitos humanos, Belo Horizonte, MG, 29/04/99.

Grã-Cruz da Ordem do Pinheiro, do Governo do Estado do Paraná, Curitiba, PR, 30/05/99.

Comendador da Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, em reconhecimento público pelos méritos de honra, caráter, civismo, dignidade e benemerência sempre colocados a serviço da educação e do ensino brasileiros, da Sociedade de Heráldica, Medalhística, Cultural e Educacional, São Paulo, 28/06/99.

Grã-Cruz da Ordem de Bernardo O'Higgins, do Presidente da República do Chile, outorgada em 04/10/00 e entregue em 29/07/01.

Cultural Dom Aguirre, considerando os relevantes serviços prestados – Sorocaba-SP, 10/08/01.

Comenda "Ordem do Rio Branco", no grau de Grã-Cruz, condecoração oficial do governo da República do Brasil, por decreto de outubro de 2001, entregue em 17 de dezembro de 2001.

Insígnias do "Mérito Benjamin Colucci", da 4a. subseção da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, pelos relevantes serviços às Instituições Jurídicas e Sociais - Juiz de Fora, MG, 10/08/02

Comenda "D. Hélder Câmara - Ação, Justiça e Paz", pro relevantes serviços prestados à sociedade - da SOCER - Sociedade Cearense de Cidadania, 23/09/02.

Mérito Legislativo Câmara dos Deputados, Câmara dos Deputados, Brasília, 27/11/02.

Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural, Ministério da Cultura, Brasília, 17/12/02

Medalha Barbosa Lima Sobrinho da Associação Brasileira de Imprensa, Rio de Janeiro, 06/04/04.

Comenda "Ordem do Mérito Anhanguera", a mais alta Comenda Estadual de Goiás, pelos "relevantes serviços prestados ao Estado de Goiás", Goiânia, 22/03/2006.

Comenda "Gran Cruz Orden del Libertador San Martin", a mais alta do governo da Argentina, "em reconhecimento pela inestimável ajuda oferecida aos exilados argentinos no Brasil durante a ditadura militar (1976-83)". São Paulo, 27/03/2006.




SÓCIO HONORÁRIO
Instituto Paranaense de Pedagogia, Curitiba, 31/01/58.

Sociedade Paulista de História da Medicina, 05/04/73.

Pontifícia Academia Mariana Internacional, Roma, Itália, 19/11/73.

Associação Paulista de Cirurgiões - Dentistas, regional São José dos Campos, 06/05/75 e 16/07/82 (2a. vez).

Coral Eucarístico Comunicação de São Paulo, 1979.

Centro Catarinense Anita Garibaldi, São Paulo, 01/12/91.

Remido Honra ao Mérito da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), 09/94.

Benemérita Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Rio de Janeiro, 26/11/96.

ANCARC - Associação Nacional Católica de Rádios Comunitárias, 09/05/98.

1° Sócio Eméritodo Centro de Estudos e Pesquisa em Direitos Humanos de São Paulo (CDH), pela construção dos valores de igualdade, liberdade e solidariedade na Sociedade Brasileira, São Paulo, 22/03/99.

Sociedade de Heráldica, Medalhista, Cultural e Educacional, São Paulo, 28/06/99.

Sócio Emérito do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - título estatutário - em homenagem à luta empreendida em prol da Democracia e Direitos Humanos – 09/11/2001.

Membro Honorário do PEN Clube do Brasil, Centro da Associação Mundial dos Escritores, Rio de Janeiro, RJ, 09/05/03.

TÍTULOS, HOMENAGENS E DIPLOMAS DIVERSOS
Diploma da Creche João XXIII de Guaianazes, pelos relevantes serviços à ação comunitária paroquial. São Paulo, 1972.
iploma - Homenagem pelos relevantes serviços prestados à comunidade na defesa dos direitos humanos, da 60a. Turma de Medicina da Universidade de São Paulo, 02/04/78.
Certificado de Gratidão comemorando a visita ao Brasil do Papa João Paulo II e os 480 anos de descobrimento do Brasil e da 1a. Missa, do Instituto Histórico e Cultural Pero Vaz de Caminha, São Paulo, 1980.
6a. Personalidade mais influente do Brasil, eleição do Forum Gazeta Mercantil, São Paulo, 1981.
7a. Personalidade mais influente do Brasil, eleição do Forum Gazeta Mercantil, São Paulo, 1982.
Diploma Honra ao Mérito da Casa de Detenção Prof. Flamínio Fávaro de São Paulo, pela contribuição à ressocialização dos encarcerados, 08/05/87.
Diploma "Ordem dos Queixadas", do Sindicato dos Trabalhadores de Perus, pelo testemunho de firmeza permanente e de ação não-violenta na busca da justiça, São Paulo, 29/05/87.
Menção honrosa da Comissão Nacional de Diálogo Religiosos Católico-Judaico/ CNBB, em reconhecimento pelo constante incentivo à aproximação entre os povos e apoio aos promotores da compreensão entre católicos e judeus no Brasil, 11/06/89.
Título "Uma das 50 personalidades que ajudaram a tornar este mundo melhor", da entidade "The Christophers", New York, EUA, 05/05/95.
Diploma de Honra pelos 50 anos de sacerdócio, da Câmara Municipal de Curitiba, PR - novembro de 1995.
Homenagem - Reconhecimento pela Educação para a Paz, Justiça e Ecologia, da Universidade São Francisco, Bragança Paulista, SP, 07/10/96.
Homenagem do Conselho Federal da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, Brasília - DF, 10/12/96.
Diploma Mérito Comunitário, da Sociedade Amigos da Polícia Militar / 4° BPMM, São Paulo, SP, 03/05/97.
"Negro Honorário", título concedido por sete entidades de afro-descendentes de São Paulo,11/11/97.
Troféu - Homenagem da Congregação Israelita Paulista, São Paulo, 29/03/98
Homeagem da Plenária dos Conselhos Gestores dos Centros de Referência em Saúde dos Trabalhadores do Município de São Paulo, no encerramento do Seminário Nacional sobre Política de Saúde do Trabalhador - São Paulo, 23/04/98.
Reconhecimento público do Governo Federal pela atuação heróica, abnegada e corajosa na defesa dos direitos humanos no país, publicado no Diário Oficial da União (Ministério da Justiça) n° 129, Brasília - DF, 09/07/98.
Tributo de Gratidão da Câmara Municipal de São Paulo, 15/08/98.
Homenagem da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Osasco - SP e do CONDEPH - Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana / Núcleo Osasco, no 1° Tribunal de Direitos Humanos "Dom Paulo Evaristo Arns" de Osasco, SP, 16/10/98.
"Cardeal da Cidadania", título outorgado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, pelos relevantes serviços prestados à causa dos direitos humanos no Brasil, inclusive por sua atuação no esclarecimento do assassinato de Vladimir herzog, São Paulo, 27/10/98.
"Voto de Louvor", Homenagem do Senado Federal, por sua relevante luta pelo respeito aos direitos humanos e pela afirmação dos valores cristãos no Brasil - Brasília, DF, 10/12/98.
Homenagem pela Ação Pastoral do Idoso, do Comitê do Ano Internacional do Idoso, Ministério da Previdência Social, Brasília - DF, 27/09/99.
Homenagem ao Grande Porta-Voz dos Direitos Humanos no Brasil, da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Brasília-DF, 25/03/00.
Homenagem da X Conferência Municipal de Saúde de São Paulo, Secretaria Municipal da Saúde e Conselho Municipal de Saúde, pela luta em favor dos Direitos Humanos e Justiça Social, São Paulo, 13/11/00.
"Personalidade Brasileira dos 500 Anos", título outorgado a 500 personalidades escolhidas pelo Conselho de Honrarias e Méritos do Centro de Integração Cultural e Empresarial São Paulo, 30/08/01.
"Trecheiro da Paz", concedido pela Rede Rua e Povo da Rua, "por sua solidariedade e compromisso com todos os excluídos e excluídas da sociedade brasileira e do mundo", 21/09/01.

"Idoso de Expressão", pela atuação na área de direitos humanos, homenagem da Associação Nacional de Gerontologia/SP - 07/09/2001.
Homenagem do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, em solenidade realizada na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. 16/05/02.
"Amigo do Idoso", da Associação Forquilhense dos Grupos de Terceira idade, Forquilhinha, SC, 01/06/02.
Diploma de Benfeitor, pelos devotados serviços prestados na Reforma da Capela histórica do Menino Jesus e Santa Luzia, São Paulo - SP, 14/09/02
Homenagem do XX Seminário de Estudos de Teologia, nos 40 anos de Concílio Vaticano II, em reconhecimento ao seu trabalho, amor, entrega, atenção na história do Brasil, na defesa dos direitos humanos e sendo fermento de uma Igreja renovada - da PUC - Campinas, SP, 27/09/02.
Diploma "Mérito Dom Bosco" Do V congresso salesiano de educação, homenagem dos educadores salesianos da inspetoria de SP, Águas de Lindóia, SP,14.06.03.

Homenagem da pontifícia Faculdade de Teologia N. Sra. Assunção, São Paulo por ocasião do Jubileu de Prata da fundação, por D. Paulo, do curso de graduação noturno, 09/10/03.
Reconhecimento e homenagem das Nações Unidas, pelo Alto Comissariado das N.U. para os Refugiados, pela defesa dos Direitos Humanos e dos Refugiados, pelo incentivo e apoio ao trabalho de integração assinando os Convênios de parceria com a FIESP-SENAI e SESI e a FCESP-SENAC e SESC. Sãp Paulo, Dia Mundial do Refugiado, 17/06/04.
Homenagem do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, "por sua incansável luta pelos Direitos Humanos e pela preservação da vida", São Paulo, 25.10.2004. 36. Homenagem do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça, instituindo o "Prêmio Dom Evaristo Arns" aos Vencedores do IX Concurso Nacional de Monografias, com o tema "Sistema Penitenciário: Saúde Mental e Direitos Humanos", Brasília, 17/05/2005.
Homenagem do Seminário Nacional "Crime Organizado e Direitos Humanos", do Departamento de Ciências Humanas da PUCCamp, Campinas,SP, 18/05/2005.
Homenagem da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, através da Liderança do PT e do Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, Depuado Ítalo Cardoso, à Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo e a Dom Paulo, que exerceu um papel fundamental na história deste organismo, e que continua dando inestimável contribuição na defesa dos direitos fundamentais da pessoa em nosso país. 19/08/2005.
Homenagem do IV Congresso de Teologia de São Paulo, por ter sido "o grande profeta da luz, nas trevas do mundo" – Outorgado por seis Faculdades de Teologia de São Paulo e Grande São Paulo, 28/09/2005.
Homenagem da PUC-SP, por ocasião da abertura das comemorações dos 60 anos de fundação, "pela contribuição dada à história da Instituição", São Paulo, 06/06/06.
Certificado Homenagem do Fórum de Ex-Presos e Ex-Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, "pelo seu trabalho em defesa dos perseguidos e por sua contribuição na luta contra os arbítrios cometidos pela ditadura militar" – São Paulo, 03/04/2007.
Homenagem intitulada "Há aqueles que lutam toda a vida, esses são imprescindíveis"(Brecht), do 1º Seminário Anistiados do Brasil, Anistia e Direitos Humanos, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, com a Nota "Imprescindível é o título que lhe conferem os anistiados políticos do Brasil pela sua luta em favor dos Direitos Humanos" - Brasília, 15 e 16/08/2007.
Homenagem da Comissão Organizadora do XXIX Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, "Por uma vida dedicada à causa dos desfavorecidos e cuja fé inabalável na justiça e na democracia tem servido de exemplo para a construção da cidadania", Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, 25/10/2007.
Homenagem da Arquidiocese de São Paulo, por ocasião das comemorações de seu Centenário de instalação, em solenidade realizada na Catedral Metropolitana, em 25/01/2008.
Homenagem da Fundação Memorial da América Latina, por ocasião do seminário "1968 - Ecos na América Latina", "na sua relevante participação humanitária na história política Brasileira" - São Paulo, 09/06/2008.
Homenagem da Comissão do 30° Prêmio Wladimir Herzog de Anistia de Anistia e Direitos Humanos, do Sindicato de Jornalistas profissionais do Estado de São Paulo e da ONU, com outorga de réplica do Troféu Wladimir Herzog, de autoria do artista Elifas Andreato - São Paulo, outubro/2008.


LIVROS PUBLICADOS
La technique du livre d'après Saint Jérome (tese doutoral da Sorbonne), Ed. de Boccard, Paris, 1953; : traduzido para o português sob o título "A Técnica do Livro segundo São Jerônimo", Imago Editora, Rio de Janeiro, 1993: traduzido para o italiano sob o título "La tecnica del libro secondo San Gerolamo", Edizioni Biblioteca Francescana, Milão, Itália, 2005. Versão portuguesa reeditada em edição artística e ilustrada pela Editora Cosac-Naify, São Paulo, setembro/2007.
Liberdade de Ensino, Ed. Vozes, Petrópolis, 1960
Por que escolas Católicas? Ed. Vozes, Petrópolis, 1963
Rumo ao casamento, Ed. Vozes, Petrópolis, 1963
A quem iremos, Senhor? Ed. Paulinas, São Paulo, 1968
A humanidade caminha para a fraternidade, Ed. Paulinas, São Paulo, 1968
Paulo VI: você é a favor ou contra? Ed. Paulinas, São Paulo, 1970
Cartas de Santo Inácio de Antioquia. Introdução, tradução e notas, Ed. Vozes, Petrópolis, 1970
A guerra acabará, se você quiser, Ed. Paulinas, São Paulo, 1970
Carta de São Clemente Romano. Introdução, tradução e notas, Ed. Vozes, Petrópolis, 1971
De esperança em esperança, na sociedade, hoje, Ed. Paulinas, São Paulo, 1971
Os Sacramentos e os Mistérios, de Santo Ambrósio, Introdução e tradução do original latino, Ed. Vozes, Petrópolis, 1972
Comunidade: união e ação, Ed. Paulinas, São Paulo, 1972
Viver é participar, Ed. Paulinas, São Paulo, 1973
Cristãos em plena vida, Ed. Loyola, São Paulo 1974
Você é chamado a evangelizar, Ed. Loyola, São Paulo, 1974
Nova forma de consagração da mulher, Ed. Paulinas, são Paulo, 1974; : revisto e atualizado com novo título e editora: "Consagração da mulher para tempos novos", Paulus, 2003.
O evangelho: incomoda? inquieta? interessa? Sínodo da Evangelização, Ed. Loyola, São Paulo, 1975
A família constrói o mundo? Ed. Loyola, São Paulo, 1975
Cidade, abre as tuas portas! Ed. Loyola, São Paulo, 1976
Qual é a sua vocação? Ed. Paulinas, São Paulo, 1976
Sê Fiel! Ed. Loyola, São Paulo, 1977
Em defesa dos direitos humanos. Encontro com o repórter, Ed. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1978
Convite para rezar, Ed. Paulinas, São Paulo, 1978
Presença e força do cristão, Ed. Loyola, São Paulo, 1978
Em favor do homem, Ed. Avenir, Rio de Janeiro, 1979
Religiosas recomeçam sempre, Ed. do Autor, São Paulo, 1979
Discutindo o papel da Igreja, Ed. Loyola, São Paulo, 1980
Mulher Consagrada: identidade e relacionamento, Ed. Paulinas, São Paulo, 1980
Os ministérios na Igreja, Ed. Salesiana Dom Bosco, São Paulo, 1980
O que é Igreja, Ed. Brasiliense, São Paulo, 1981
Meditações para o dia-a-dia, vol.1, Ed. Paulinas, São Paulo, 1982
Meditações para o dia-a-dia, vol.2, Ed. Paulinas, São Paulo, 1982
Pensamentos, Ed. Paulinas, São Paulo, 1982
Olhando o mundo como São Francisco, Ed. Loyola, São Paulo, 1982
Meditações para o dia-a-dia, vol.3, Ed. Paulinas, São Paulo, 1982
A violência em nossos dias, Ed. Salesiana Dom Bosco, São Paulo, 1983
Meditações para o dia-a-dia, vol.4, Ed. Paulinas, São Paulo, 1983
Para ser jovem hoje, Ed. Salesiana Dom Bosco, São Paulo, 1984
Santos e heróis do povo, Ed. Paulinas, São Paulo, 1985, Ed. Letras & Letras, São Paulo, 1996
O evangelho de Marcos na vida do novo, Ed. Paulinas, São Paulo, 1987. Ed. Paulus, São Paulo, 1997
I poveri e la pace prima di tutto, Ed. Borla, Roma, Itália, 1987
Criança, prioridade absoluta, Ed. Loyola, São Paulo, 1987
O rosário na Bíblia e na vida do povo, Ed. Vozes, Petrópolis, 1987
Von Hoffnung zu Hoffnung. Vortragre, Gesprache, Dokumente, Patmos Verlag, Dusseldorf, Alemanha, 1988
Clamor do povo pela paz, Ed. Paulinas, São Paulo, 1989
Mulher: quem és? Que procuras? Ed. Santuário, Aparecida, 1990
Evangelizar pelo coração, Ed. Loyola, São Paulo, 1991
Da esperança à utopia – Testemunho de uma vida (livro autobiográfico), Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2001.
Corintiano, Graças a Deus! - Editoria Planeta do Brasil, São Paulo,2004.
Conversa com São Francisco, Paulinas, São Paulo, 2004.
Mulheres da Bíblia, Paulinas, 2004.
Dez caminhos para a perfeita alegria, Editora Santuário , 2005.
Um padre em sete morros abençoados, Editora Santuário, Aparecida, 2005.
Estrelas na noite escura – Pensamentos , Paulinas, 2006.
O Rosário na Bíblia e na vida do povo (edição revista e atualizada), Editora Ave-Maria, São Paulo, 2006.
Vamos a Aparecida - Com Maria, pela paz, Editora Santuário -2007.


EFEMÉRIDES ECLESIÁSTICAS
29/11/44 - Ordenação Diaconal
30/11/45 - Ordenação Presbiteral
23/12/45 - Celebração da primeira missa
03/07/66 - Ordenação Episcopal
01/11/70 - Posse como quinto arcebispo metropolitano de São Paulo
05/03/73 - Investidura como terceiro cardeal de São Paulo

quarta-feira, 29 de junho de 2016

TODAS AS GERAÇÕES ME PROCLAMARÃO BEM-AVENTURADA



A devoção a Nossa Senhora em todo o mundo é algo que ultrapassa o entendimento humano; é algo sobrenatural; não há país ou cidade onde não haja igrejas, praças, imagens, etc., a ela dedicadas. Os títulos de louvor e glória que Nossa Senhora recebe em todo o mundo são incontáveis; livros e livros já foram escritos sobre seus títulos, suas aparições, suas graças, seus milagres… Seus santuários se espalham pelo mundo todo: Lourdes, Fátima, Aparecida, Guadalupe… A Igreja encorajou e regulou essa devoção universal à Virgem Maria, mas jamais pode tê-la inventado ou criado. Nos momentos mais críticos da história, sobretudo quando a Igreja era mais ameaçada, os Papas orientaram os fiéis a recorrerem confiantes à proteção de Nossa Senhora e rezar o Rosário. É um sentimento universal que atravessou vinte séculos e chegou até nós mais forte do que nunca. Esse sentimento não teve uma origem humana, se assim fosse não teria tanta força e duração; foi o Espírito Santo quem difundiu nos corações dos cristãos.

Até mesmo os muçulmanos a respeitam e veneram como Aquela mulher que foi “a única não tocada pelo demônio”. Maomé, ao redigir o Corão, mostrou grande estima por Maria. O capítulo 19 tem por título “Maria” e faz várias belas referências a Mãe de Jesus. Ele dá testemunho da virgindade de Maria, e fala de sua vida. Na Caaba (santuário muçulmano principal em Meca) existe uma imagem colorida de Maria com o menino Jesus. É de notar ainda que Maria é mencionada trinta e quatro vezes no Corão, sendo a única mulher designada por seu nome pessoal. Os muçulmanos vão à casinha de Nossa Senhora em Èfeso, onde ela viveu com S. João, prestar-lhe homenagens. É chamada em língua turca “Meryem Ana”.

Lutero e Calvino a veneravam; e também os anglicanos. Lutero escreveu um belo comentário do Magnificat de Maria Santíssima, e o cantava todos os dias. Ele se refere à “doce Mãe de Deus” e exalta a Santíssima Virgem nestes termos: “Ela nos ensina corno devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem procurar nele o nosso interesse… Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar: é bem próprio de um espírito alto e nobre corno o da Virgem”. (“Maria Mãe dos homens”, Edições Paulinas). A Mãe de Jesus aparece em Lutero como o puro reflexo do olhar divino. Ela não atrai a nossa atenção sobre Si, mas leva-nos a olhar para Deus.”… “Maria não quer ser um ídolo; não é Ela que faz, é Deus que faz todas as coisas. Deve ser invocada para que Deus, por meio da vontade dela, faça aquilo que pedimos; assim devem ser invocados também todos os outros santos, deixando que a obra seja inteiramente de Deus” (idem p.574-575).

Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 28 de junho de 2016

SANTO IRINEU, ROGAI POR NÓS!



Foi Santo Irineu quem escreveu contra os hereges, sobre a sucessão apostólica e muito dos dados que temos hoje

Celebramos a memória do grande bispo e mártir, Santo Irineu que, pelos seus escritos, tornou-se o mais importante dos escritores cristãos do século II.

Nascido na Ásia Menor, foi discípulo de São Policarpo, que por sua vez conviveu diretamente com o Apóstolo São João, o Evangelista. Ao ser ordenado por São Policarpo, Irineu foi para a França e assumiu várias funções de serviço à Igreja de Cristo (que crescia em número de comunidades e necessidade de pastoreio).

Importante contribuição deu à Igreja do Oriente quando foi em missão de paz para um diálogo com o Papa Eleutério sobre a falta de unidade na data da celebração da Páscoa, pois o Oriente corria ao risco de excomunhão, sendo fiel ao significado do seu próprio nome – portador da paz – logrou êxito nessa missão, já que isto nada interferia na unidade da fé.

Ao voltar da missão deparou-se com a morte do bispo Potino, o qual o havia enviado para Roma e, sendo assim, foi ele o escolhido para sucessor do episcopado de Lião. Erudito, simples, orante e zeloso bispo, foi Santo Irineu quem escreveu contra os hereges, sobre a sucessão apostólica e muito dos dados que temos hoje, sobre a história da Igreja do século II.

Este grande bispo morreu mártir na perseguição do imperador Severo.

Santo Irineu, rogai por nós!

domingo, 26 de junho de 2016

PALAVRA DE DEUS NO DOMINGO




Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,51-62


51Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu.
Então ele tomou a firme decisão
de partir para Jerusalém
52e enviou mensageiros à sua frente.
Estes puseram-se a caminho
e entraram num povoado de samaritanos,
para preparar hospedagem para Jesus.
53Mas os samaritanos não o receberam,
pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém.
54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram:
'Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu
para destruí-los?'
55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os.
56E partiram para outro povoado.
57Enquanto estavam caminhando,
alguém na estrada disse a Jesus:
'Eu te seguirei para onde quer que fores.'
58Jesus lhe respondeu:
'As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.'
59Jesus disse a outro: 'Segue-me.'
Este respondeu:
'Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai.'
60Jesus respondeu:
'Deixa que os mortos enterrem os seus mortos;
mas tu, vai anunciar o Reino de Deus.'
61Um outro ainda lhe disse: 'Eu te seguirei, Senhor,
mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares.'
62Jesus, porém, respondeu-lhe:
'Quem põe a mão no arado e olha para trás,
não está apto para o Reino de Deus.'
Palavra da Salvação.

sábado, 25 de junho de 2016

NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA

A paróquia se reuniu ontem, para celebrar a Natividade de S. João Batista. Além da missa, a celebração contou com comidas típicas, músicas e quadrilha. 






































CONSELHOS DE BENTO XVI AOS JOVENS




1 – Conversar com Deus

“Algum de vós poderia, talvez, identificar-se com a descrição que Edith Stein fez da sua própria adolescência, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia: ‘Tinha perdido, consciente e deliberadamente, o costume de rezar’. Durante estes dias podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, porque sabemos que nos ama e, a quem, por sua vez, queremos amar”.

2 – Contar-lhe as penas e alegrias

“Abri o vosso coração a Deus. Deixe-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o ‘direito de vos falar’ durante estes dias. Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine, com a Sua luz, a vossa mente e toque com a sua graça o vosso coração”.

3 – Não desconfiar de Cristo

“Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, o vosso ’sim’ ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos, hoje, o que disse no princípio de meu pontificado: ‘Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta’. Estai plenamente convencidos: Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.

4 – Estar alegres: querer ser santos

“Para além das vocações de consagração especial, está a vocação própria de todo o batizado: também é esta uma vocação que aponta para um ‘alto grau’ da vida cristã ordinária, expressa na santidade. Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria. A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente”.

5 – Deus: tema de conversa com os amigos

“São tantos os nossos companheiros que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com sucedâneos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhos do amor que se contempla em Cristo. Queridos jovens, a Igreja necessita de autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros”.


6 – Ir à Missa no Domingo

“Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos com isso, vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não somos os que fazemos uma festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós. Com o amor à Eucaristia, redescobrireis, também, o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida comece novamente.”

7 – Demonstrar que Deus não é triste

“Quem descobriu Cristo deve levar os outros para Ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem Ele. Mas, ao mesmo tempo, existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não.”

8 – Conhecer a fé

“Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, a Ele. Por isso é tão importante o amor à Sagrada Escritura e, em consequência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura.”

9 – Ajudar: ser útil

“Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos olhos se abrem. Não nos conformaremos mais em viver preocupados somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários. Vivendo e atuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros do que preocupar-nos somente com as comodidades que nos são oferecidas. Eu sei que vós, como jovens, aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens, demonstrai-o ao mundo, que espera exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo. Um mundo que, sobretudo mediante o vosso amor, poderá descobrir a estrela que seguimos como crentes.”

10 – Ler a Bíblia

“O segredo para ter um ‘coração que entenda’ é edificar um coração capaz de escutar. Isto é possível meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor. Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo. São Jerônimo observa a este respeito: ‘O desconhecimento das Escrituras é o desconhecimento de Cristo’”

sexta-feira, 24 de junho de 2016

SÃO JOÃO, ROGAI POR NÓS!

Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes.

Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia.


São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho. Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração.


Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: “João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre”. O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”).


Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: “Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo”(Mateus 3,11).


Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa. São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse.


Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.


O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista” (Mateus 11,11).


São João Batista, rogai por nós!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

UM ANO DA LAUDATO SI



No final de maio comemoramos um ano do lançamento da Encíclica Ecológica do Papa Francisco, considerada um presente para o planeta Terra. Certamente não foi um lindo documento que fica apenas na memória festiva dos primeiros meses de seu lançamento, mas, ao contrário, mantém a sua eficácia duradoura pelo impacto que ela tem causado nas pessoas e nas instituições. Dois aspectos mantêm a chama viva da “Laudato Si”, que agora começa a ser estudada com mais detalhes pelas ciências sociais, humanas e teológicas, como também pelos inúmeros movimentos da sociedade civil em defesa do meio ambiente. O primeiro consiste no seu conteúdo profético, no qual aparece uma crítica das visões e posturas que tem contribuído para intensificar a crise ecológica em que vivemos, como a mutilação na obra da Criação, o consumismo exagerado que suga de maneira desenfreada os recursos da terra, a cultura do descarte antropológico e ambiental, a visão fragmentada existente na sociedade e nas ciências, o individualismo desordenado que impede uma relação mais profunda com o Criador e as criaturas, o relativismo prático que trata as pessoas e a natureza como meros objetos, a exploração excessiva dos ecossistemas, o desperdício que aumenta a desigualdade, a extinção de espécies, o aquecimento global que penaliza, sobretudo, os mais pobres, as interpretações hermenêuticas incorretas dos textos sagrados, a falta de uma maior eficácia das cúpulas mundiais sobre o meio ambiente etc. A “Laudato Si” é também profética porque aponta novos horizontes mais sustentáveis, uma visão mais sistêmica de mundo, uma relação mais estreita entre as questões sociais e ambientais, uma destinação mais nobre dos bens comuns, uma maior prioridade pelas vidas vulneráveis, um novo estilo de vida mais simples e menos consumista, a importância em valorizar os pequenos gestos na mudança dos hábitos, uma relação mais respeitosa com todos os seres vivos, uma visão menos antropocêntrica e mais teocêntrica da Criação, um diálogo maior com as diferenças, uma relação mais amorosa com a natureza, uma ecologia mais integral, uma relação mais amorosa com os seres vivos e os seus respectivos ecossistemas etc. Esta dimensão profética é fundamental para realizar a chamada conversão ecológica, ou seja, uma mudança de mentalidade, de hábitos incorretos e de posturas que desvirtuam a nossa missão de guardiões da Criação, dom que recebemos do Criador para cuidar, amar e administrar com responsabilidade aquilo que Ele colocou em nossas mãos, não como donos, mas zeladores da casa comum.

O segundo aspecto que mantém viva a “Laudato Si” é o seu caráter de convergência entre as preocupações das sociedades, das ciências e das Igrejas. Como documento aberto, escrito para os crentes e não crentes, a Encíclica Ecológica continua atendendo os apelos das diferentes sociedades mundiais que, diante das mudanças climáticas, desejam buscar caminhos mais sustentáveis para superar a deterioração da qualidade de vida, as condições maléficas das poluições, a preservação do patrimônio ecológico e ambiental, as rupturas entre o ser humano e a natureza, entre outros. As ciências clamam por uma visão mais interdisciplinar e menos fragmentada, uma busca de soluções tecnológicas mais limpas, uma maior diversificação das matrizes energéticas, uma integração maior entre as especializações e uma visão mais integral que permite compreender as complexidades antropológicas e ambientais etc. As diferentes denominações religiosas, e suas respectivas Igrejas, também clamam por uma ética e uma espiritualidade mais inspiradora em suas tradições, pois todas têm a missão de religar o que está desligado, combater as rupturas promovendo alianças entre Criador e criaturas, testemunhar com palavras e gestos o compromisso com um mundo que seja mais condizente com os desígnios de Deus, ajudar a preservar a obra da Criação, deixando que ela manifeste a beleza, o amor e a singularidade de cada ser criado, promover o respeito entre os seres humanos e não humanos, e realizar hermenêuticas que sejam mais verdadeiras com os livros sagrados, evitando as leituras manipuladoras e fundamentalistas.

Celebrar um ano do lançamento da “Laudato Si” é assumir um compromisso com a missão que é de todos nós que habitamos a casa comum planetária, sem medo de criticar as insustentabilidades sociais e ambientais, e olhar com coragem e esperança que podemos mudar o que não está bem no mundo onde vivemos, lembrando sempre da herança intergeracional que devemos assumir com as gerações presente e futura. Louvado Sejas! 

Pe. Josafá Carlos de Siqueira (Reitor da PUC)