A Arquidiocese de São Paulo
publicou um documento com orientações para as comunidades católicas sobre as
eleições de 2014.
Com apoio da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da União dos Juristas Católicos
de São Paulo (UJUCASP), a Arquidiocese pretende distribuir mais de um milhão de
cópias deste documento entre as mais de 300 paróquias de sua jurisdição.
Eleições de 2014
Orientações para as Comunidades
Católicas da Arquidiocese de São Paulo
1. Nas eleições de 2014 estão em
jogo os cargos de Presidente e Vice Presidente da República; de 1 Senador por
Estado; Deputados Federais; Governador e Vice Governador do Estado; Deputados
Estaduais.
2. A eleição é uma oportunidade
para confirmar os políticos e os partidos que estão nos cargos públicos e o modo como
estão governando e legislando; ou para mudar os mandatários e os rumos da
política do País e do Estado. Os cristãos são chamados a participar ativamente na
edificação do bem comum, escolhendo bons governantes e legisladores e acompanhando com
atenção o exercício de seus mandatos.
3. É importante conhecer bem as
propostas dos candidatos e dos partidos aos quais estão filiados. Voto consciente é
dado com conhecimento. O voto tem consequências e revela a vontade do povo e suas
aspirações.
4. Atenção à corrupção eleitoral.
A Lei 9840, de 1999, veio para moralizar a vida política do Brasil; ela condena o abuso do
poder econômico nas campanhas eleitorais e a compra de votos. Os candidatos
denunciados e condenados em força dessa lei podem ter seu registro negado ou diploma
cassado, além de receber multas. Os fatos de corrupção eleitoral devem ser
denunciados à Justiça eleitoral.
5. Candidato precisa ter ficha
limpa. Desde 2010, está em vigor a Lei complementar 135 (“Lei da ficha limpa”). Por ela,
políticos já condenados por crimes eleitorais ou outros, previstos nessa lei, tornam-se
inelegíveis pelo tempo previsto na sua condenação. A aprovação dessa lei, de
iniciativa popular, contou com expressiva participação das comunidades e organizações da
nossa Igreja. É preciso ter credibilidade para representar o povo, legislar,
governar e administrar o patrimônio e o dinheiro públicos.
6. Dar o voto a políticos
comprometidos com o bem comum e não, apenas, com interesses privados ou de grupos
restritos. O exercício do poder político é um serviço ao povo e ao País; por isso, ele
deve estar voltado para as grandes questões, como a promoção do bem estar, condições
de educação, saúde, moradia digna e trabalho com justa remuneração para todos,
saneamento básico, respeito pela vida e a dignidade.