sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

SAGRADA FAMÍLIA


A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajuda cada um a caminhar no espírito de Nazaré

Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.

Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!

Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.

Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.

Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.

Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do “evangelho da família”, mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja…

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

DOM JULIO É NOMEADO ARCEBISPO DE SOROCABA - SP



Nesta quarta-feira (28/12), o Papa Francisco nomeou como Arcebispo de Sorocaba (SP), Dom Julio Endi Akamine, S.A.C., que até agora era bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. 

Dom Julio Endi Akamine, 54, é natural de Garça, diocese de Marília, no estado de São Paulo. Foi ordenado em 1988 e desempenhou cargos diferentes no Paraná, em Roma e São Paulo. Em 2011, foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo, tendo sido vigário episcopal para a região Lapa. É também o atual Secretário da Conferência Episcopal Regional Sul1.

Em um comunicado divulgado nesta quarta- feira (28), Dom Júlio agradeceu ao Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano , por toda a ajuda, orientação e fraternidade demonstradas nos cinco anos em que ele esteve trabalhando na Arquidiocese de São Paulo como bispo auxiliar.

No início da manhã de hoje, nosso Pároco agradeceu a Dom Julio por tudo que fez por nossa Paróquia Nossa Senhora do Líbano e pela Região Episcopal Lapa e desejou-lhe as bênçãos do Bom Pastor. Dom Julio agradeceu e pediu orações. 

MENSAGEM DE DOM JULIO: 

Por ocasião da minha nomeação como Arcebispo de Sorocaba, agradeço a Dom Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, toda a ajuda, orientação e fraternidade demonstradas nos cinco anos em que estive e trabalhei nesta querida Arquidiocese como bispo auxiliar. Manifesto minha gratidão aos bispos auxiliares com quem tive o privilégio de conviver. Aos padres, diáconos, consagrados e consagrados exprimo reconhecimento pela colaboração no serviço à evangelização em nossa imensa cidade. A todos os fiéis leigos e leigas agradeço de coração pelo testemunho e dedicação à Igreja. 

Aprendi que o episcopado exige dedicação total. Alma, corpo e esperança, tudo é pedido! Nada pode ser negado! Tentei entregar para o Povo de Deus de São Paulo o que sou e tenho. Reconheço que o proveito foi só meu, pois foi tão grande a felicidade de me entregar que quanto mais ofereci muito mais ganhei. Carrego comigo essa dívida impagável de amor. 

Com minhas orações,

D. Julio Endi Akamine, SAC
Arcebispo Eleito de Sorocaba - SP

SANTOS INOCENTES


Os Santos Inocentes


A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de “pequenos inocentes”

A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, “encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes – ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: ‘Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar’. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: ‘Do Egito chamarei o meu filho’. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: ‘Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'” (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um “bispo”, estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o “derrubado” oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

SÃO JOÃO EVANGELISTA


O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade

O nome deste evangelista significa: “Deus é misericordioso”: uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como “o discípulo que Jesus amava”. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa “filho do trovão”.
João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.

São João Evangelista, rogai por nós!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

SANTO ESTEVÃO




Santo Estêvão é chamado de Protomártir, ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica

Nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, que é um dos sete primeiros Diáconos nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Santo Estêvão é chamado de Protomártir, ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica. O seu martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era cristã. Eis a descrição, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos:

“Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns homens que disseram: ‘Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus’. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que disseram: ‘Este homem não cessa de proferir palavras contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou’. E todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo”.

Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe:

“‘Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a guardastes’. Ao ouvirem estas palavras, exasperaram-se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus e disse: ‘Vejo os céus abertos e o Filho do homem que está à direita de Deus’. E levantando um grande clamor, fecharam os olhos e, em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e dizia: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito’. Depois, tendo posto os joelhos em terra, gritou em voz alta: ‘Senhor, não lhes contes este pecado’. E dizendo isto, adormeceu”.

Santo Estêvão, rogai por nós

domingo, 25 de dezembro de 2016

É NATAL!


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Se procurarmos no Evangelho indicação sobre o dia do nascimento de Jesus, nada encontraremos. Na visão dos apóstolos e evangelistas, não se tratava de um fato digno de registro; no centro de sua pregação estava a ressurreição do Senhor. A preocupação que tinham, ao falar dele a quem não o conhecia, era clara: apresentar uma pessoa viva, não alguém do passado. É o que notamos, por exemplo, nos dez discursos querigmáticos (querigma: primeiro anúncio; apresentação das verdades centrais do cristianismo) que encontramos nos Atos dos Apóstolos. A ideia fundamental desses discursos é a mesma: “A este Jesus, Deus o ressuscitou; disso todos nós somos testemunhas” (At 2,32).

Voltemos ao Natal. No tempo do Papa Júlio I, que dirigiu a Igreja do ano 337 a 352, é que foi introduzida essa solenidade no calendário da Igreja. Até então celebrava-se apenas a festa da Epifania – isto é, a manifestação do Senhor aos povos pagãos, representados pelos magos do Oriente. Ficava assim claro que Jesus era o Salvador de todos os povos, e não apenas de um só povo. Por que, então, 25 de dezembro como data do Natal?

O Império Romano havia decidido que todos os povos deveriam comemorar a festa do “sol invicto”, o renascimento do sol invencível. Era invencível uma vez que caía (morria) de noite e renascia a cada manhã, eternamente. Esse renascimento diário era celebrado no dia 25 de dezembro. O sol era também símbolo da verdade e da justiça, igualmente consideradas invencíveis uma vez que, por mais que muitos tentassem destruí-las, sempre renasciam vitoriosas. O sol, considerado um deus, era uma luz poderosa, que iluminava o mundo inteiro. Igualmente a verdade e a justiça eram luzes poderosas para todos os povos.

Em vez de simplesmente combater essa festa pagã, os cristãos passaram a apresentar Jesus Cristo, nascido em Belém, como o verdadeiro sol, já que nos veio trazer a verdade e a justiça. Também ele passou pela morte, mas dela ressurgiu, mostrando que era invencível. Seu nascimento – isto é, seu natal -, já que não se sabia em que dia havia ocorrido, passou a ser celebrado no dia do sol invicto.

A tradição – louvável tradição! – dos presépios é posterior: na noite de Natal de 1223, em Greccio – Itália, S. Francisco de Assis fez o primeiro presépio. Ele maravilha-se que Jesus, o Filho de Deus, havia-se encarnado para que pudéssemos conhecer o rosto de Deus. Com Jesus, passamos a ter em nosso meio um Deus que “trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado” (GS, 22). Como não representar, então, seu nascimento, ocorrido numa gruta de Belém? Ao longo dos tempos e dos lugares, cada povo foi deixando suas próprias marcas nos presépios. Os presépios que vemos pela cidade de Salvador (que seja, um dia, a cidade “do” Salvador!), em parte fruto da iniciativa do projeto: “Salvador, cidade natal do Brasil”, é uma prova disso. Por sinal, não deixa de ser significativo que tal iniciativa tenha tido tanta acolhida na cidade que se identifica com o nome de Jesus. Afinal, o anúncio dos anjos em Belém, foi claro: “Eu vos anuncio uma grande alegria…: nasceu para vós o Salvador!” (Lc 2,10).

O nascimento de Jesus é o fato central da história da humanidade; tanto assim que contamos os anos a partir desse acontecimento. Na proximidade do Natal, caminhemos ao encontro do Menino que nos é dado, para contemplá-lo e lhe dizer: “Vimos te adorar, Menino Jesus. Estamos maravilhados diante da grandeza e da simplicidade do teu amor! Tu agora estás conosco para sempre! Tu, pobre, frágil, pequeno… para nós, para mim! Em ti resplende a divindade e a paz. Tu nos ofereces a vida da graça. Teu sorriso volta-se para os pequenos, pobres e simples. Por isso, depositamos a teus pés nossas orações, nossa vida e tudo o que somos e temos. Olha com especial carinho, contudo, para todos aqueles que não te conhecem e, por não te conhecerem, não te amam. Amém!”

***
Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil



quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

CONFRATERNIZAÇÃO DA PASTORAL SOCIAL

Ontem à tarde, com a colaboração das Pastorais, Movimentos e paroquianos, a Pastoral Social realizou a confraternização de Natal com os assistidos da Pastoral. 
Depois de uma oração conduzida pelo Padre Júlio Cesar, os participantes da confraternização, saborearam um delicioso lanche e ganharam a cesta básica e um panetone. 










NATAL...


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Origem do Natal


A história nos mostra que a origem do Natal católico, este que comemoramos hoje, nasceu no ano 354 d.C., data em que se assinalou a primeira celebração do nascimento de Jesus.
Esta comemoração veio substituir a festa pagã do nascimento do Sol chamada Natalis Invicti Solis que, naquela época, era celebrada pelo povo persa.

Durante muitos séculos, as igrejas cristãs não costumavam comemorar o nascimento de Cristo devido às distorções históricas com relação à data exata de sua aparição. Apesar de todas reconhecerem que a pequena cidade de Belém, em Jerusalém, foi o palco do aparecimento de Cristo na Terra, as informações sobre o dia e o ano em que isso ocorreu são desencontradas, mesmo porque os relatos descritos no Novo Testamento não especificam datas. Por causa disso, a maior festividade da época era a Páscoa, comemorada pelas instituições cristãs como referência à Ressurreição de Jesus.

Com o passar dos anos, estas mesmas igrejas começaram a se preocupar com a questão do nascimento de Cristo e algumas correntes religiosas, entre elas a Igreja Católica Romana, passaram a celebrar a data no dia 06 de janeiro. Esse dia era chamado de Epifania, palavra grega que quer dizer manifestação ou revelação da divindade a seus fiéis. Outras correntes, por sua vez, já haviam adotado o dia 25 de dezembro como a data da festividade com base em antigos relatos romanos.

Porém, depois de tantas divergências com relação ao assunto, a data que comemoramos hoje foi fixada no ano de 440 d.C. e teve como objetivo estabelecer um ponto comum entre as diversas religiosidades da época, além de cristianizar as festas pagãs realizadas no período. Por esse acordo, ficou estabelecido que as comemorações natalinas teriam um período de 12 dias, tendo início em 25 de dezembro e terminando em 06 de janeiro.

O Ano Litúrgico recomeça com o início do Tempo do Advento que corresponde às quatro semanas que antecedem ao Natal. É um período de preparação para a celebração da Natividade de Jesus, a festa do Deus que se faz homem e vem habitar entre nós. O tempo litúrgico convida à preparação dos corações e, em paralelo, alguns símbolos são utilizados para externar aquilo que acontece no mais íntimo de cada pessoa.

É assim que se apresentam os Símbolos do Natal, elementos litúrgicos ou não que vêm simbolizar sentimentos e atitudes próprias desse tempo de preparação. Muitos dos símbolos do Natal perderam ao longo do tempo o sentido litúrgico tal a disseminação e a apropriação dos mesmos pela sociedade. Cabe, porém, ao cristão fazer o resgate desse sentido, transformando, assim, o olhar sobre essa festa tão importante que se aproxima e que nos convida mais uma vez a fazer Jesus presente entre nós.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

CONFRATERNIZAÇÃO DOS DIZIMISTAS

No último sábado, 17 de dezembro, os dizimistas se reuniram na Igreja para uma missa em ação de graças por eles e, em seguida, se dirigiram ao salão paroquial onde aconteceu uma confraternização. 





















terça-feira, 20 de dezembro de 2016

APROXIMA-SE O NATAL

O Natal é maior acontecimento da história da humanidade, é a grande festa. É festa que Deus se fez homem, a divindade se uniu com a humanidade. São Paulo diz que ele se fez pobre para nos enriquecer. Desceu até a nossa humanidade, ferida pelo pecado original para levantar de novo essa humanidade de volta para Deus.

É um mistério inefável, nossa inteligência não é capaz de entender, mas há uma explicação para isso, é um mistério de amor. Aquilo que a inteligência não consegue explicar, aquilo que a compreensão humana não pode entender, o amor de Deus pode revelar.

Por que será que Jesus, sendo Deus, quis nascer no lugar mais humilde, da maneira mais simples? Certamente quis deixar uma lição para nós.

Sabemos que o Império Romano perseguiu pesadamente os cristãos por quase três séculos; desde Nero em 64, mas, por fim, depois de muitos mártires e o trabalho incansável de evangelização dos primeiros cristãos, o grande Império, o maior de todos os tempos, se converteu ao cristianismo quando o Imperador Constantino, o Grande, se converteu e proibiu a perseguição aos cristãos pelo Edito de Milão, no ano 313. “A espada romana se curvou diante da Cruz de Cristo”, como disse Daniel Rops.

Depois, no ano 385 o grande imperador cristão romano, Teodósio, pelo Edito de Tessalônica, adotou o cristianismo como a religião oficial do Império. Mas, ainda no tempo do paganismo, os romanos adoravam o deus Sol e celebravam a festa do seu nascimento “Natalis solis invicti”. O Imperador de Roma, Aureliano (270-275) tornou oficial e tradicional a comemoração do sol nascente e invencível.

Acontece que no dia 22 de dezembro ocorre o solstício de inverno no hemisfério Norte, isto é, o dia em que a Terra tem o seu eixo vertical com a máxima inclinação, fazendo com que no Norte se tenha o dia mais curto e a noite mais longa do ano; ao contrário do que ocorre no hemisfério Sul na mesma data.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Advogado avalia como equivocada decisão de turma do STF sobre aborto


Em caso específico, ministros do STF descriminalizaram aborto até o 3º mês da gestação; veja a repercussão

Da Redação, com CN Notícias



Uma decisão equivocada, porque a Constituição faz menção claramente à inviolabilidade do direito à vida. Esse é o comentário do advogado Ives Gandra sobre a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal de descriminalizar o aborto até o terceiro mês da gestação. A decisão é válida apenas para um caso específico julgado na noite de terça-feira, 29.

O caso tratado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Edson Fachin, Marco Aurélio Melo e Luís Fux prevê a revogação da prisão de 5 pessoas acusadas de prática do aborto em uma clínica clandestina no rio. Todos votaram pela liberdade dos envolvidos, mas Marco Aurélio e Luís Fux, não votaram sobre a questão do aborto.

A decisão da turma de ministros não significa que o aborto está liberado até o terceiro mês de gestação, porque eles avaliaram apenas um caso e a decisão ainda pode ser levada ao plenário do STF. Porém, o veredito abre precedentes para a liberação em outros casos, por outros juízes.

A maioria dos ministros considerou que os artigos do Código Penal, que criminalizam o aborto no primeiro trimestre de gestação, violam os direitos fundamentais da mulher, que tem, segundo o colegiado, autonomia para fazer escolhas existenciais. Mas a decisão pode trazer insegurança jurídica.

“Cada vez que o Supremo legisla, e nesse caso legislou, a insegurança jurídica é máxima, porque eles substituem o poder legislativo que é aquele poder que nós elegemos por nossos votos e não eles que foram eleitos por um homem só”, explica Gandra.

O professor de Bioética da Universidade de São Paulo (USP), Dalton Ramos, explica que desde a concepção o embrião tem todos os elementos que caracterizam uma nova vida humana. “Impedir o desenvolvimento desse embrião significa impedir o desenvolvimento de uma vida”.

Em seu voto, o ministro Barroso chegou a afirmar que, no período inicial da gestação, o córtex cerebral, que permite o desenvolvimento de sentimentos e racionalidade do bebê, ainda não foi formado, e que não há potencialidade de vida fora do útero. Dalton discorda dessa versão.

“O desenvolvimento do sistema neurológico, de todo sistema nervoso central, ocorre porque a vida já está acontecendo, é produto da vida, e não caracteriza o início da vida”.

VENCER AS RESISTÊNCIAS À GRAÇA DE DEUS, AFIRMOU O PAPA NO DIA 01 DE DEZEMBRO


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A homilia do Pontífice teve início com uma frase da oração da coleta: “Que a tua graça vença as resistências do pecado”. E se concentrou sobre as resistências na vida cristã de ir avante. O Papa distingui vários tipos de resistências. Há “resistências abertas, que nascem da boa vontade”, como aquela de Saulo que resistia à graça, mas “estava convencido em fazer a vontade de Deus”. É Jesus que lhe diz de parar e Saulo se converte. “As resistências abertas são saudáveis”, no sentido que “são abertas à graça para se converter”. De fato, somos todos pecadores.

Resistências escondidas

Ao invés, para Francisco “as resistências escondidas” são as mais perigosas, porque são as que não se mostram. “Cada um de nós tem o próprio estilo de resistência escondida à graça”. Porém, é preciso encontrá-la e “colocá-la diante do Senhor, para que ele nos purifique”. É a resistência de que Estevão acusava os Doutores da Lei: resistir ao Espirito Santo enquanto fingiam buscar a glória de Deus. Dizer isso a Estevão custou-lhe a vida:

“Mas essas resistências escondidas, que todos temos, como são? Sempre vêm para deter um processo de conversão. Sempre! É deter, não é lutar contra. Não, não! É ficar parado; sorrir, talvez: mas você não passa. Resistir passivamente, de maneira escondida. Quando há um processo de mudança numa instituição, numa família, eu ouço dizer: ‘Há resistências ali’…, Mas graças a Deus! Se não existissem, a coisa não seria de Deus. Quando há essas resistências é o diabo que as semeia ali, para que o Senhor não prossiga”.

Palavras vazias

Francisco falou então de três tipos de resistências escondidas. Há a resistência das “palavras vazias”. Para explicar, Francisco citou o Evangelho de hoje, quando Jesus diz que nem todo mundo que disser “Senhor, Senhor” entrará no reino dos céus. Como na parábola dos dois filhos que o Pai convida à vinha: um diz “não” e depois acaba indo, o outro diz “sim” e não aparece:

“Dizer sim, tudo sim, muito diplomaticamente; mas é ‘não, não, não’. Tantas palavras: ‘Sim, sim, sim; mudaremos tudo! Sim! ’, para não mudar nada, não? Ali está a camuflagem espiritual: os que tudo sim, mas que é tudo não. É a resistência das palavras vazias”.

Palavras justificatórias

Depois, tem a resistência “das palavras justificatórias”, ou seja, quando uma pessoa se justifica continuamente, “sempre há uma razão para se opor”: Não, fiz isso por aquilo”. Quando as justificações são muitas, “não há o bom cheiro de Deus”, disse o Papa, mas “existe o mau cheiro do diabo”. “O cristão não precisa se justificar”, esclarece Francisco. “Foi justificado pela Palavra de Deus”. Trata-se de resistência das palavras “que buscam justificar a minha posição para não seguir aquilo que o Senhor nos indica”, disse ainda o Pontífice.

Palavras acusatórias

Depois, existe a resistência “das palavras acusatórias”: quando se acusam os outros para não olhar para si mesmos, não se necessita de conversão e assim se resiste à graça como evidencia a Parábola do fariseu e do publicano.

As resistências não são somente aquelas grandes resistências históricas como a Linha Maginot ou outras, mas aquelas que “estão dentro de nosso coração todos os dias! ” A resistência à graça é um bom sinal “porque nos indica que o Senhor está trabalhando em nós”. Devemos “deixar cair as resistências para que a graça vá adiante”. A resistência, de fato, procura sempre se esconder nas formalidades das palavras vazias, das palavras justificatórias, das palavras acusatórias e muitas outras, procura “não se deixar levar pelo Senhor” porque “sempre existe uma cruz”. “Onde está o Senhor, pequena ou grande, haverá uma cruz. É a resistência à Cruz, a resistência ao Senhor que nos leva à redenção”, explica o Papa. Portanto, quando existem resistências não é preciso ter medo, mas pedir ajuda ao Senhor, reconhecendo-se pecador:

“Digo-lhes para não ter medo quando cada um vocês, cada um de nós, vê que em seu coração existem resistências. Digam claramente ao Senhor: ‘Olha, Senhor, eu procuro cobrir isso, fazer aquilo para não deixar entrar a sua palavra. Senhor, com grande força, socorre-me. A sua graça vença as resistências do pecado’. As resistências são sempre um fruto do pecado original que nós levamos. É feio ter resistências? Não, é bonito! O feito é tomá-las como defesa da graça do Senhor. Ter resistência é normal. É dizer: Sou pecador, ajuda-me Senhor! Preparemo-nos com esta reflexão para o próximo Natal. ”

Beato Charles de Foucauld

No final da missa, o Papa recordou que hoje se celebra os 100 anos do assassinato do Beato Charles de Foucauld, ocorrido na Argélia em primeiro de dezembro de 1916. Era “um homem – disse – que venceu tantas resistências e deu um testemunho que fez bem à Igreja. Peçamos que nos abençoe do céu e nos ajude a caminhar nos caminhos de pobreza, contemplação e serviço aos pobres”.

domingo, 18 de dezembro de 2016

PALAVRA DE DEUS NO DOMINGO


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Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1,18-24



18A origem de Jesus Cristo foi assim:
Maria, sua mãe, estava prometida em casamento
a José, e, antes de viverem juntos,
ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.
19José, seu marido, era justo
e, não querendo denunciá-la,
resolveu abandonar Maria, em segredo.
20Enquanto José pensava nisso,
eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho,
e lhe disse: 'José, Filho de Davi,
não tenhas medo de receber Maria como tua esposa,
porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.
21Ela dará à luz um filho,
e tu lhe darás o nome de Jesus,
pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados'.
22Tudo isso aconteceu para se cumprir
o que o Senhor havia dito pelo profeta:
23'Eis que a virgem conceberá
e dará à luz um filho.
Ele será chamado pelo nome de Emanuel,
que significa: Deus está conosco.'
24Quando acordou,
José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado,
e aceitou sua esposa.
Palavra da Salvação.

sábado, 17 de dezembro de 2016

COMO ESPERAR O NATAL?


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Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta



O tempo do Advento, no qual os cristãos se preparam para a celebração do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos ensina a esperar. Como temos dificuldades de esperar! Pessoas ficam ansiosas e perdem a paz com facilidade. Tudo está acelerado. O que vale é o agora, o instante, que deve ser intenso e pleno. O Advento nos educa a viver o tempo da espera. Diante dos olhos temos Jesus Cristo que, após uma longa espera pelo povo da primeira Aliança, veio até nós, nascido da Virgem Maria. Preparamo-nos para celebrar sua vinda entre nós, seu nascimento. Mas, também, o Advento nos recorda que Cristo vem hoje, presente na sua Igreja, nas pessoas, no mundo, nas famílias, nos sofredores e, como em Belém, procura “um lugar”, alguém que o acolha. Em terceiro lugar, o Advento projeta nosso olhar para o futuro, para o Cristo Ressuscitado, que, qual Juiz, virá um dia para julgar os vivos e os mortos. Uma tríplice espera. Ele veio, Ele vem e Ele virá. Que atitudes cultivar para esperar dignamente? 

A primeira atitude própria de quem espera é a vigilância. É a atitude semelhante à da espera de um amigo. A vigilância oferece o conteúdo à espera, tornando-a ativa e operosa. É uma espera de quem se sente comprometido a tudo preparar para que a chegada do amigo não nos surpreenda. Não nos causa medo, mas nos compromete com as obras de misericórdia (cf. Mt 25, 31-46). A vigilância também indica a atitude de cuidado, para que “a casa não seja arrombada” (Mt 24,43). É a atenção permanente sobre si mesmo, assumindo responsavelmente sua vida. A vigilância, também, nos mostra sempre o quanto ainda precisamos crescer. Nos faz ver os sinais do Reino de Deus presentes no mundo e, ao mesmo tempo, quanto ainda o mundo é injusto, violento, excludente.

A segunda atitude de quem espera é a oração. Ela é expressão da confiança em Deus que caminha conosco, pois Ele veio até nós. A oração do Advento é uma oração alegre. Ela expressa admiração, como nas conhecidas antífonas do “Ó” que antecedem o Natal, e gratidão, como os pastores “que voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido” (Lc 2,20). Somos convidados, especialmente, a rezar com os grupos de reflexão, através do material preparado pelo nosso Regional da CNBB, “Natal, a alegria do amor em família”.

A terceira atitude de quem espera é estar atento aos sinais. O Natal tem seus símbolos próprios. Não deixemos que a sociedade de consumo nos roube estes símbolos. Fixemos a estrela nas portas da casa, preparemos o presépio, deixemos nosso lar com ares de festa e não esqueçamos o Menino Jesus. Não deixemos o Papai Noel ocupar o lugar que não lhe pertence. Mas, sobretudo, os sinais se manifestam nas pessoas, na acolhida, no perdão e na misericórdia. 

A quarta atitude própria da espera do Natal é a solidariedade. Ele “se fez pobre por vós, a fim de vos enriquecer por sua pobreza” (2Cor 8,9). Veio ao encontro dos pobres, nasceu pobre e viveu pobre. Não o aguardemos em Jerusalém. Se quisermos encontrá-lo façamos o “êxodo” de nós mesmos em direção a Belém e Nazaré. Nos gestos solidários, o rosto de Deus se manifesta. 

Enfim, esperemos ativamente o Natal. Esperemos pessoalmente. Esperemos em nossa família, no nosso grupo de reflexão e em nossa comunidade de fé. “Vem, Senhor Jesus” (Ap 22,20), nós te esperamos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

POSSE DA NOVA REITORIA DA PUC




Na noite da segunda-feira (28), foi realizada a cerimônia de posse da nova reitoria da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), gestão 2016-2020. Reunidos na Paróquia Imaculado Coração de Maria (Capela da PUC), antes de tomar posse, a psicóloga Maria Amalia Pie Abib Andery, 63, fez sua profissão de fé diante do Cardeal Odilo Pedro Scherer, grão-chanceler da PUC e arcebispo metropolitano e dos bispos auxiliares da Arquidiocese, que são membros do conselho superior da Fundação São Paulo, mantenedora da universidade.

Em seguida no Tuca, foi realizada a cerimônia de posse, presidida pelo grão- chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foram empossados a reitora Maria Amalia Pie Abib Andery, o vice-reitor Fernando Antonio de Almeida, os pró-reitores Márcio Alves da Fonseca (Pós-Graduação), Alexandra Fogli Serpa Geraldini (Graduação), Marcia Flaire Pedroza (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão), Claudia Cahali (Educação Continuada) e Antônio Carlos Malheiros (Cultura e Relações Comunitárias). A chefe de gabinete é a professora Mariangela Belfiore Wanderley.

A mesa solene foi composta pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Grão Chanceler da PUC, Ana Maria Marques Cintra, ex-reitora e José Eduardo Martinez, ex-vice-reitor, além da nova reitoria Maria Amalia (reitora) e Fernando (vice-reitor), José Renato Nalini, Secretário da Educação do Estado de São Paulo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

PAPA ENVIA MENSAGEM



O papa Francisco, através de uma mensagem enviada ao arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, lamentou a morte do arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Paulo Evaristo Arns. “É com grande pesar que exprimo ao bispo e aos seus auxiliares, as comunidades religiosas, fieis e aos familiares meus pêsames pela morte deste pastor que no seu ministério eclesial se revelou autêntica testemunha do Evangelho no meio do seu povo a todos apontando a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade em permanente atenção pelos mais desfavorecidos”, escreveu o papa. O pontífice concedeu também à comunidade arquidiocesana e à Igreja no Brasil uma benção apostólica.

O cardeal Paulo Evaristo Arns faleceu nesta quarta-feira, dia 14 de dezembro, em São Paulo. O prelado estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Catarina, na capital paulista, onde recebia os cuidados médicos. No documento, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, também manifestou suas condolências. “Tendo sabido do falecimento desejo testemunhar minhas condolências a vossa eminência e toda essa comunidade que ele apascentou durante quase 30 anos procurando manter alto o farol da fé no caminho dos homens e sempre preocupado em realizar com fidelidade as orientações conciliares na edificação e consolidação da Igreja”, diz o cardeal Pietro. 
Foto: Ansa

HOJE, 20 HORAS: CONFISSÕES EM PREPARAÇÃO PARA O NATAL!


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

MORRE AOS 95 ANOS, DOM PAULO EVARISTO ARNS




Com profundo pesar, a Arquidiocese de São Paulo comunica o falecimento do Cardeal Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, nesta quarta-feira, 14.

Aos 95 anos, Dom Paulo estava internado no Hospital Santa Catarina desde o dia 28 de novembro. 

O funeral acontecerá na Catedral da Sé. As informações sobre missas e o sepultamento serão divulgadas em breve.

Dom Paulo foi 5º arcebispo de São Paulo, permanecendo à frente da Arquidiocese por 28 anos, entre 1970 e 1998. Anteriormente, de 1966 a 1970, foi bispo auxiliar de São Paulo. Em 1973 foi feito cardeal pelo Papa Paulo VI. Desde 1998, quando renunciou como arcebispo por motivo de idade, era arcebispo emérito de São Paulo.

No último dia 27 de novembro, Dom Paulo participou de uma missa na Catedral da Sé, em comemoração aos seus 71 anos de ordenação presbiteral.

Dom Paulo foi ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1945, em Petrópolis (RJ). Seu lema sacerdotal "EX SPE IN SPEM" (De Esperança em Esperança).

No dia 2 de julho de 2016 celebrou na Catedral da Sé os 50 anos de sua Ordenação Episcopalcompletados no dia 3 de julho.

O episcopado de Dom Paulo à frente da Arquidiocese foi vivido em meio ao período da ditadura militar, mas isso não intimidou o Cardeal da Esperança de agir incansavelmente pela defesa da vida.

“Os cristãos terão ainda deveres especiais. Nessa época, mais do que em todas as outras, deverão eles implorar a presença e as luzes do Espírito Santo, em favor daqueles que vão abrir caminhos, definir rumos e indicar meios para chegarmos àquilo que é chamado por todos de ‘bem-comum’”, escreveu em um dos textos da seção " Encontro com o Pastor", do jornal O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese, em 1987.

SÃO JOÃO DA CRUZ, ROGAI POR NÓS...


O santo deste dia é conhecido como “doutor místico”: São João da Cruz

Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança. Como João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.

Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali estudou Artes e Teologia. Foi nesse colégio nomeado de “prefeito dos estudantes”, o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567 foi ordenado sacerdote.

Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D’Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos homens.

Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado); Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos.

São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe.

São João da Cruz, rogai por nós!

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

SANTA LUZIA

Santa Luzia


Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa

O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a “janela da alma”, canal de luz.

Ela nasceu em Siracusa (Itália) no fim do śeculo III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.

Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a confirmação do “não” para o casamento. Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.

Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.

Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.

Santa Luzia, rogai por nós!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

APRESENTAÇÃO DO CORAL DE NATAL

O final de semana foi marcado de preparativos para o Natal. Em todas as missas, Pe. Júlio Cesar abençoou as imagens do Menino Jesus trazidas pelos paroquianos e no final da missa do domingo, 9 horas, tivermos a apresentação de músicas natalinas apresentadas pelo Coral do Núcleo da Melhor Idade do Jardim Líbano.