A Arquidiocese de São Paulo celebrou o Dia Nacional da
Juventude (DNJ) neste domingo, 16, no Instituto Dom Bosco, no Bom Retiro,
região central da Capital.
Com o tema “Feitos para sermos livres, não escravos” e a
iluminação bíblica “Eis o que diz o Senhor: Praticai o direito e a justiça, e
livrai o oprimido das mãos do opressor” (Jr 22, 3a), o DNJ 2014 deu
continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade deste ano.
O evento teve início ao meio-dia, com apresentações
artísticas de conjuntos musicais e grupos de teatro das nossas comunidades. “A
opção de ‘oferecer palco’ aos jovens de nossas paróquias é pastoral: queremos
valorizar, coerentes com o Evangelho do dia, os dons e talentos dos nossos
jovens, atuantes nas comunidades, oferecidos de forma alegre e gratuita, ao
invés de trazer conjuntos musicais ou cantores católicos famosos, que até
poderiam atrair maior público, mas que exigiriam altos cachês, muitas vezes
além de nossas possibilidades financeiras”, afirmou Nei Márcio de Oliveira Sá,
secretário executivo do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo
(Sejusp).
Também houve um momento de apresentação de realidades
relacionadas ao tema do DNJ. Irmã Maria Ângela, da Pastoral da Mulher
Marginalizada, apresentou um breve relato da atuação da Igreja em relação às
mulheres em situação de prostituição na cidade. A religiosa, trouxe depoimentos
de mulheres com idades entre 15 e 65 anos, que têm sua dignidade roubada por
situações de violência, do tráfico de drogas e exploração sexual.
Em seguida, Padre Marcelo Monge, diretor da Cáritas
Arquidiocesana, apresentou a situação das centenas de refugiados atendidos
pelas ações da Igreja e diversos outros trabalhos de promoção humana realizados
pelas Pastorais Sociais da Arquidiocese. “Infelizmente, muitos destes trabalhos
preciosos não são do conhecimento de nossa juventude e de muitos leigos
adultos”, salientou Nei Márcio. Logo depois, aconteceram 9 oficinas oferecidas
aos jovens por grupos ligados ao Setor Juventude.
De acordo com o Sejusp, cerca de 1.200 jovens participaram
do evento, que foi encerrado com uma missa na Paróquia Nossa Senhora
Auxiliadora, no mesmo bairro, presidida por Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar
de São Paulo e referencial da Juventude.
Logo no início da celebração, o arcebispo metropolitano,
Cardeal Odilo Pedro Scherer, também esteve presente e falou aos jovens. Ele os
motivou a se prepararem para a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em
2016, na Cracóvia (Polônia), e também incentivou os jovens a darem passos
definitivos em suas vidas, como o do Matrimônio, recordando a recente
Assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, sobre os desafios da família.
Em sua homilia, Dom Carlos usou como exemplo a “parábola dos
talentos”, presente no Evangelho do dia, e ressaltou sobre os dons e talentos
que as pessoas possuem como o dom da música, de falar idiomas, fazer amigos,
entre outros.
Dom Carlos também alertou que os jovens se importem mais com
Deus e menos com redes sociais, pois Papa Francisco disse aos jovens na JMJ
2013, no Rio de Janeiro, que eles devem ser “revolucionários”.
“A revolução que Deus quer, é tirar a escravidão de dentro de nós, e que é
preciso coragem para ser feliz, coragem de serem filhos de Deus, e que os
jovens tem que ter comprometimento com a vida e não leva-la como uma
brincadeira”, ressaltou.