O Apostolado da Oração de nossa Paróquia, celebrou ontem os 12 anos de sua fundação. Após a Missa de ação de graças, os membros do Apostolado participaram de uma confraternização no Salão Paroquial.
O que é o Apostolado da Oração (AO)?
No livro dos estatutos do AO, encontramos esta definição: "O AO constitui
a união dos fiéis que, por meio do oferecimento cotidiano de si mesmos, se
juntam ao Sacrifício Eucarístico, no qual se exerce continuamente a obra de
nossa redenção, e desta forma, pela união vital de Cristo, da qual depende a
fecundidade apostólica, colaboram na salvação do mundo".
Em resumo,
O APOSTOLADO DA ORAÇÃO:
• Propõe um caminho rumo à santidade
• A partir do oferecimento diário
• Que transforma nossa vida
• E nos coloca em comunhão universal de preces
• Pela força do Espírito Santo que habita em nossos corações,
• E nos impele a vivenciar os mesmos sentimentos do Coração de Jesus
• Para que, alimentados e modelados por Ele na Eucaristia,
• E reconciliados com Ele pelo sacramento da Reconciliação,
• Possamos colocar-nos plenamente, de coração inteiro, a seu serviço e a
serviço da Igreja, a exemplo de Maria, para que seu Reino venha a nós, hoje,
amanhã e sempre.
O que é ser um membro do AO?
É ser uma pessoa associada ao AO com o desejo de viver esta espiritualidade.
Quantos associados tem o AO no mundo?
O AO tem aproximadamente 50 milhões de associados no mundo, dos quais 6 a 7
milhões no Brasil.
Em quantos países do mundo o AO está presente?
O AO está presente em 70 países do mundo.
Como funciona, na prática, o AO?
A prática básica é o nosso oferecimento diário ao Pai, nas intenções do Santo
Padre, e a colaboração na Missão de Cristo.
História do AO:
O AO está intimamente ligado à ordem dos jesuítas, a Companhia de Jesus.
Começou em 1884 em um Colégio dessa ordem na França, onde estudantes de
filosofia e teologia estavam ansiosos para fazer algum apostolado. Seu
orientador lhes fez ver que enquanto eram estudantes não tinham condições para
fazer pregação e outros trabalhos de apostolado direto. O que poderiam fazer
era oferecer seus estudos, os sacrifícios voluntários e outros atos de piedade.
Dois anos depois, este mesmo padre orientador espiritual publicou um livro
chamado O Apostolado da Oração. O livro e a devoção obtiveram a aprovação
do superior geral da ordem dos jesuítas, e o próprio papa Pio IX aprovou-os em
1849. Um bom teólogo, padre Gautrelet, SJ, deu o embasamento teológico à
devoção ao Sagrado Coração, bem como ao AO, e daí por diante a devoção se
propagou rapidamente. Em 1861 começou a circular o Mensageiro do Coração
de Jesus, como órgão oficial do AO. Passou a ser publicado em várias línguas, e
a associação recebeu estatutos próprios e a aprovação oficial do papa.
A sede da associação está em Roma e o superior geral dos jesuítas é também o
superior geral do AO. Ele os dirige por intermédio de um delegado e um
secretário-geral.
A ideia central, da qual nasceu o AO, é esta: todos os batizados são chamados a
cooperar na edificação do Corpo da Igreja e da comunidade de fé. Nem todos o
fazem da mesma maneira (Ef 4,16). Nem todos podem trabalhar diretamente como
apóstolos e missionários. Mas todos podem e devem fazê-lo por meio da oração e
do sacrifício. São Paulo diz (Cl 1,24) que o cristão deve completar em sua
pessoa o que falta à Paixão de Cristo, em favor do Corpo de Cristo, a Igreja.
Assim, nossa vida torna-se um sacrifício, uma oblação oferecida com Cristo, em
Cristo, para a Glória de Deus e a salvação do próximo.
O AO no Brasil:
O AO começou no Brasil em Itu, São Paulo, em 1871, por iniciativa do padre
Bartolomeu Taddei, SJ, considerado o fundador e propagador do AO no Brasil.
Antes disto houve um pequeno centro isolado em Pernambuco, em 1867, mas que não
teve projeção nacional. Em 1888 havia cerca de trezentos centros de AO pelo
Brasil inteiro, com mais de 400 mil membros. Com a difusão do AO houve um
despertar intenso para a Sagrada Eucaristia e a vida de fé. Atualmente, o AO
continua a crescer em fervor espiritual e apostólico, em todo o território
nacional.
Trechos extraídos do livro de Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ, Apostolado
da Oraçãoe MEJ em perguntas e respostas, Edições Loyola, 2011