A
presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, após se reunir com o papa
Francisco, que o pontífice está "entusiasmado" para viajar ao Brasil
para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada entre
os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. “Ele espera uma presença grande
dos jovens na Jornada”, disse ela.
Segundo
Dilma, Francisco lembrou que a construção do futuro depende da juventude.
"O papa falou sobre a importância dos jovens na construção do futuro da
humanidade e destacou que a Igreja, como uma instituição secular, tem na
juventude um foco muito grande”, disse. “Também conversamos sobre a questão das
drogas e do crack, o reforço de valores, princípios e símbolos para a
juventude."
Em
sua visita ao Brasil, o papa também deve ir a Aparecida (SP), onde está a
Basílica de Nossa Senhora Aparecida, considerada uma das maiores do mundo,
construída em homenagem à santa de mesmo nome encontrada por pescadores no
interior de São Paulo. "O papa até me lembrou que, em 2007, esteve em
Aparecida, e me deu um livro com o que os bispos latino-americanos fizeram
nesse ano", conta a presidente.
Dilma
se reuniu durante cerca 30 minutos com o papa na biblioteca do Palácio
Apostólico e se tornou, assim, a segunda chefe de estado a se reunir com o
pontífice, após Francisco se encontrar com a presidente da Argentina, Cristina
Kirchner, na segunda-feira. A presidente contou que o papa é uma pessoa
"muito carismática" e destacou seu "grande compromisso com os
pobres".
Na
véspera, Dilma havia adiantado que desejava conversar sobre pobreza e fome,
assuntos sobre os quais considerou que o líder da Igreja Católica se mostrou
“especialmente sensível”. Em entrevista a jornalistas em Roma, Dilma disse
acreditar que, além de se preocupar com a pobreza, a Igreja deve “começar a
compreender as opções diferenciadas das pessoas”, em aparente referência ao
casamento homossexual e outros assuntos rechaçados pelo Vaticano.