quarta-feira, 20 de março de 2013

MISSA DE INÍCIO AO PONTIFICADO DO PAPA FRANCISCO




Na solenidade de São José, nesta terça-feira, 19, papa Francisco dedicou toda a sua homilia às virtudes do patrono da Igreja e como os fiéis podem se inspirar em suas qualidades.
Logo no início, Francisco recordou seu predecessor, o papa emérito Bento 16, já que, na festa de São José, é celebrado o seu onomástico (celebrado pelas pessoas que tem o mesmo nome do santo lembrado naquele dia).
Comentando as leituras do dia, o Papa falou da missão de José: ser guardião de Maria e de Jesus, mas com uma guarda que depois se alarga à Igreja. Uma guarda que se realiza com discrição e humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender.
“Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio”, disse.
Francisco explicou também que José responde à sua vocação com disponibilidade e prontidão, mas essa vocação não diz respeito somente aos cristãos, tendo uma dimensão antecedente que é simplesmente humana.


Essa vocação antecedente é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como relata o livro de Gênesis e mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde se vive, é guardar as pessoas, em especial os mais frágeis. “Sejam guardiões dos dons de Deus!”
Nesse sentido, papa Francisco fez um apelo aos que ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade. “Sejamos ‘guardiões’ da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!”.
Por fim, Francisco falou do início do seu ministério como novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. Explicando qual é esse poder, o Papa mencionou o convite de Jesus a Pedro: apascenta as minhas ovelhas.


“Jamais nos esqueçamos que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão”.
Papa Francisco encerrou pedindo a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o seu ministério.