No final da tarde de quarta-feira Santa, os fiéis se reuniram para celebrar a Eucaristia e pedir Saúde.
Depois de se prepararem pelo Sacramento da Penitência, vários paroquianos enfermos e idosos, receberam o Sacramento da Unção dos Enfermos.
Jesus veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente faz isso nas áreas e situações em que nos sentimos especialmente ameaçados em função da fragilidade de nossa vida, devido às doenças, morte, etc.. Deus Pai quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma e reconheçamos nisso a instauração do Reino d'Ele. Por vezes, só com a experiência da enfermidade percebemos que precisamos do Senhor mais do que tudo. Não temos vida, a não ser em Cristo. Por isso os doentes e os pecadores têm um especial instinto para perceber o que é essencial.
No Antigo Testamento, o homem doente
experimenta os seus limites e, ao mesmo tempo, percebe que a doença está ligada
misteriosamente ao pecado. Os profetas intuíram que a enfermidade poderia ter
também um valor redentor em relação aos próprios pecados e aos dos outros.
Assim, a doença era vivida diante de Deus, do qual o homem implorava a cura. No
Novo Testamento eram os enfermos que procuravam a proximidade de
Jesus, procurando “tocá-Lo, pois d'Ele saía uma força que a todos curava”
(Lc 6,19). A compaixão de Jesus Cristo pelos doentes e as numerosas curas
de enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a
vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Com a Paixão e Morte o
Senhor dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se for unido ao d'Ele, pode ser
meio de purificação e de salvação para nós e para os outros.
A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos,
procura pôr isso em prática com os cuidados para com os doentes,
acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento
específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por
São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por
ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).
Este sacramento confere uma graça especial
que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda
a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem, e também o perdão dos pecados, se
ele não puder se confessar. E consente, por vezes, se for a vontade de
Deus, também a recuperação da saúde física do fiel. Em todo o caso, essa unção
prepara o enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe
consolação, paz, força e une profundamente a Cristo o doente que se
encontra em situação precária e em sofrimento. Tendo em vista que Senhor passou
pelas nossas angústias e tomou sobre Si as nossas dores.