domingo, 26 de fevereiro de 2017

PALAVRA DE DEUS NO DOMINGO


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Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 6,24-34


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
24Ninguém pode servir a dois senhores:
pois, ou odiará um e amará o outro,
ou será fiel a um e desprezará o outro.
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
25Por isso eu vos digo:
não vos preocupeis com a vossa vida,
com o que havereis de comer ou beber;
nem com o vosso corpo,
com o que havereis de vestir.
Afinal, a vida não vale mais do que o alimento,
e o corpo, mais do que a roupa?
26Olhai os pássaros dos céus:
eles não semeiam, não colhem,
nem ajuntam em armazéns.
No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta.
Vós não valeis mais do que os pássaros?
27Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida,
só pelo fato de se preocupar com isso?
28E por que ficais preocupados com a roupa?
Olhai como crescem os lírios do campo:
eles não trabalham nem fiam.
29Porém, eu vos digo:
nem o rei Salomão, em toda a sua glória,
jamais se vestiu como um deles.
30Ora, se Deus veste assim a erva do campo,
que hoje existe e amanhã é queimada no forno,
não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?
31Portanto, nóo vos preocupeis, dizendo:
O que vamos comer? O que vamos beber?
Como vamos nos vestir?
32Os pagãos é que procuram essas coisas.
Vosso Pai, que está nos céus,
sabe que precisais de tudo isso.
33Pelo contrário, buscai em primeiro lugar
o Reino de Deus e a sua justiça,
e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.
34Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã,
pois o dia de amanhã terá suas preocupações!
Para cada dia, bastam seus próprios problemas.'
Palavra da Salvação.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

DOM JULIO TOMA POSSE HOJE


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D. Julio Endi Akamine, SAC, assume o governo pastoral da Arquidiocese de Sorocaba na manhã de hoje. Acompanhemos D. Julio nessa nova missão, com nossas orações. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

JOSELEITOS ELEGEM NOVO SUPERIOR GERAL




Na manhã de terça-feira, 31 de janeiro, na Casa Mãe da Sociedade Joseleitos de Cristo, na em Tucano - BA, foi eleita a nova direção do Instituto, sendo eleito diretor geral da Sociedade Joseleitos de Cristo, Padre Júlio Cesar de Mello Almo, da Região Episcopal Lapa, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Libano, Setor pastoral Pirituba. 

Padre Júlio Cesar é natural de Nova Friburgo- RJ, Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia e Doutor em Direito Canônico. Até janeiro era o Assistente Geral da Congregação. 

A pastoral da Comunicação regional, na terça-feira, 8, esteve na Paróquia Nossa Senhora do Libano, Setor pastoral Pirituba e conversou com o novo diretor geral SJC, Padre Júlio Cesar, que explicou qual é a missão do diretor geral. Ele é o guardião e o promotor da missão confiada pelo fundador em vista do bem comum, promovendo os talentos no serviço ao carisma é na fidelidade ao carisma e ao seu patrimônio espiritual, dom do Espirito Santo, que o Instituto viverá com maior fervor os elementos essenciais da vida consagrada. Cabe ainda ao superior geral, edificar uma comunidade fraterna, onde se busque e se ame a Deus antes de tudo. Padre Julio falou sobre a espiritualidade do carisma Joseleitos, deve-se desvelar por adquirir a santificação própria numa espiritualidade centralizada na Santíssima Trindade.

A Sociedade Joseleitos de Cristo, foi fundada em 19 de março de 1950, em Boguim (SE), pelo Padre José Gumercindo Santos, sacerdote salesiano, de Dom Bosco, foi um grande educador do sertão nordestino. A referida congregação foi aprovada como Instituto de Direito Diocesano aos 31 de janeiro de 1985.

A palavra Joseleitos são duas palavras José mais eleitos, que somando as formam a palavra Joseleitos e a sigla SJC.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

TEMPOS E COSTUMES


Dom Genival Saraiva
Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba

Num país democrático coexistem três níveis (municipal, estadual e federal) e três âmbitos (executivo, legislativo e judiciário) do Poder Público, cuja razão de ser é o bem comum. A vida de indivíduos e do povo, de uma ou de outra forma, está sempre relacionada com essas instâncias, no tocante aos seus direitos e deveres. Pra começar, os dados de identificação de uma pessoa começam com a naturalidade, o lugar onde nasce o cidadão, e a nacionalidade, que cria vínculos afetivos, sociais, culturais e políticos. Em razão disso, embora tenham nascido em municípios diferentes, por estarem localizados no Amapá ou na Paraíba, dois cidadãos sentem-se brasileiros com a mesma marca. É indiscutível que o cordão umbilical da cidadania liga a pessoa, mais proximamente, ao seu município de origem ou de moradia. Uma forma de expressão desse vínculo é a participação do cidadão, de forma mais apaixonada, na vida do município por ocasião das eleições, quando são escolhidos homens e mulheres para cargos executivos e legislativos.

Apesar de um maior rigor da legislação, nesse campo ainda há velhos costumes e muitos vícios, a exemplo do peso do poder econômico e da influência da mídia no processo eleitoral. Com a posse dos prefeitos e vereadores, a população está diante de novos tempos e velhos costumes. São novos tempos diante do mandato de 4 anos, mesmo quando ocorreu o caso da reeleição. A essa altura, passou o primeiro mês das novas administrações municipais. Na prática, mudança de administração nem sempre significa mudança de qualidade, não obstante tenha sido essa a tônica dos discursos no período eleitoral. Embora cedo, já se pode perceber, de certa forma, qual é a sinalização das novas administrações.

Provavelmente, na maioria dos municípios, está falando mais o continuísmo pragmático dos interesses pessoais, familiares e corporativos do que a inovação que tem como foco o bem comum. Nessa linha, basta considerar um elemento - a composição do quadro de auxiliares, e já se perceberá que o nepotismo e o apadrinhamento continuam acentuados em muitos municípios, com a nomeação de familiares e amigos, em lugar da contratação de pessoas qualificadas. Esse velho costume tem raízes muito sólidas, a ponto de encontrar sustentação em parágrafos ou alíneas de legislações aprovadas com nítidos interesses corporativistas. Alguns exemplos atestam isso. Alguns prefeitos e vereadores assumiram a função “sub iudice”, diante do que consta no registro de seu passado pessoal ou público. Outro exemplo: a questão salarial. Obviamente, a legislação é feita para atender a interesses; por isso, a legislação que aprova arrocho nos salários de servidores públicos contém dispositivos que favorecem à classe política e determinados segmentos do poder. Por essas e tantas outras coisas desse gênero, Dom Helder Câmara já afirmava, com razão, que “nem tudo que é legal é justo!”.

Como divulgam os meios de comunicação, muitas administrações encontraram seus municípios em estado de calamidade, em pontos essenciais na vida das pessoas e da coletividade, como salários atrasados, em muitos casos; lixo acumulado nas ruas de diversas cidades, um verdadeiro atentado à saúde pública. Diante de descalabro dessa natureza, não é difícil concluir que a gestão anterior, em razão de incompetência e/ou corrupção, cometeu erros e provocou males que estão afetando a vida das pessoas e o bem comum. Que estes novos tempos eliminem os velhos costumes administrativos!

Não deixa de ser oportuna a pergunta: como se comportará a sociedade organizada, através dos diversos canais de veiculação de suas aspirações, perante os poderes executivo e legislativo de seu município, nesse quadriênio que começou no dia 1º de janeiro?

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O TERÇO DOS HOMENS


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Dom Fernando Arêas Rifan*
*Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianney

No sábado, dia 18, na Basílica-Santuário Nacional de Aparecida, se reuniram, como todos os anos, milhares de “Homens do Terço”. No ano passado foram 50 mil. É emocionante presenciar a chegada das romarias de todo o Brasil, trazendo homens de todas as classes sociais, unidos por essa oração abençoada, o Rosário de Nossa Senhora. Esta será a 9ª Romaria Nacional do Terço dos Homens, com o tema “Homens do Terço: é preciso lançar as redes! A missão do Terço dos Homens é resgatar para o seio da Igreja homens de todas as idades, pois a presença masculina na Igreja é imprescindível para a formação da família e de uma sociedade cristã. 

Iniciado no Santuário da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, no Nordeste, e propagado pelo Brasil inteiro, o Terço dos Homens é já uma realidade em todos os Estados do Brasil, calculando-se um milhão de homens que fazem parte desse movimento. Parabéns! Eles merecem nosso incentivo. 

Como diz a bela letra do Hino do Terço dos Homens, composto pelo Pe. Antônio Maria, “Ó Mãe e Rainha do Santo Rosário, Mãe Admirável, Mãe do Santuário, o mundo sem fé, na dor se consome, ajuda esse mundo com o Terço dos Homens- No Teu Santuário, que é fonte e berço, nasceu a Missão dos Homens do Terço, Santuário da nova Evangelização, Escola de nossa santificação”. 

O Papa São João XXXIII dizia que o Terço é o Evangelho das pessoas simples. De fato, é uma recordação e meditação do Evangelho na escola de Maria, como diz a letra do mesmo hino de que falamos: “É Tua escola o Terço, ele é luz, ninguém como Tu sabe mais de Jesus; o Santo Evangelho ensina de novo, Teu Terço é a Bíblia que Deus deu ao povo”. 

O Papa São João Paulo II ensinou-nos que o Rosário “concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica da qual é quase um compêndio... Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor” (Carta Apost. Rosarium Virginis Mariae, 1).

Mesmo sendo uma oração de louvor a Maria Santíssima, o centro do Rosário está em Jesus Cristo, cujo nome é o centro de gravidade da Ave-Maria, a dobradiça entre a sua primeira parte e a segunda. “É precisamente pela acentuação dada ao nome de Jesus e ao seu mistério que se caracteriza a recitação expressiva e frutuosa do Rosário” nos ensina João Paulo II. 

E o Rosário é uma oração muito recomendada por todos os últimos Papas, incluindo o Papa Francisco. “Queira Deus – é um ardente desejo nosso – que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra!” (Leão XIII). “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus” (São Pio X). “Maria nos acompanha, luta conosco, apoia os cristãos no combate contra as forças do mal. A oração com Maria, em particular o Rosário – mas ouçam bem: o Rosário” (Francisco)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

SÃO CRIANÇAS, NÃO ESCRAVOS!


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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

Este ano o dia mundial de oração e reflexão contra o tráfico de pessoas lembrou os pequeninos que são vendidos como mercadorias para os mais ignóbeis fins. A coordenação do Dia Mundial de Oração é assumida pela rede mundial da vida consagrada Talitha Kum, que sem mobiliza contra o tráfico de pessoas, organiza e reúne parceiras com OGNS e movimentos afins a esta luta humana, é profundamente cristã. Neste dia, o Papa Francisco fez memória de Santa Bakhita, que foi traficada como escrava, mesmo explorada e humilhada nunca deixou de rezar e empenhar-se com esperança pela sua libertação, migrando para a Europa onde recebeu o chamado do Senhor, tornando-se freira ajudando assim aos seus irmãos (ãs) de sina. O Papa na mesma ocasião pediu uma oração especial pelos rohingya, grupo étnico expulso de Miammar que perambula de um lugar para outro, vivendo a situação dramática de pessoas torturadas, assassinadas simplesmente por levarem adiante sua fé muçulmana e a sua tradição. 

A respeito das crianças traficadas é importante assinalar o crescimento das estatísticas constituindo números alarmantes: 168 milhões em situação de trabalho escravo, das quais 85 milhões em tarefas perigosas como fábricas de vestuário, de fósforos e cigarros laminados à mão. A agricultura é o setor onde mais se concentra o trabalho infantil, alcançando a quantia de aproximadamente 98 milhões de menores. 

A UNIFEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) denuncia que uma de cada dez meninas com menos de 20 anos já foram obrigadas a ter relações sexuais contra a sua vontade. Este mesmo organismo assinala que existem 2 milhões de crianças sujeitas a prostituição e ligados ao mercado da pornografia infantil, um negócio perverso e rentável. 

No Brasil este tráfico assume inúmeras conotações tendo como faces mais divulgadas e tristemente conhecidas a exploração laboral e outros como o turismo sexual infantil que é oferecido em folders e folhetos aos viajantes que contratam esses pacotes turísticos. Para terminar, seria pertinente recordar as palavras do mesmo Cristo para essas pessoas que são responsáveis por esta atividade nojenta e iníqua, que trucida as crianças, é bem melhor colocarem uma mó de moinho no pescoço e se atirarem no mar que enfrentarem o juízo justo e santo do Senhor, que abomina o escândalo contra os pequeninos. No combate ao tráfico e toda forma de escravidão infantil! Deus seja louvado!

domingo, 19 de fevereiro de 2017

PALAVRA DE DEUS NO DOMINGO


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Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,38-48


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
38Vós ouvistes o que foi dito:
'Olho por olho e dente por dente!'
39Eu, porém, vos digo:
Não enfrenteis quem é malvado!
Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face
direita, oferece-lhe também a esquerda!
40Se alguém quiser abrir um processo
para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!
41Se alguém te forçar a andar um quilômetro,
caminha dois com ele!
42Dá a quem te pedir
e não vires as costas a quem te pede emprestado.
43Vós ouvistes o que foi dito:
'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!'
44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos
e rezai por aqueles que vos perseguem!
45Assim, vos tornareis filhos
do vosso Pai que está nos céus,
porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons,
e faz cair a chuva sobre justos e injustos.
46Porque, se amais somente aqueles que vos amam,
que recompensa tereis?
Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
47E se saudais somente os vossos irmãos,
o que fazeis de extraordinário?
Os pagãos não fazem a mesma coisa?
48Portanto, sede perfeitos
como o vosso Pai celeste é perfeito.'
Palavra da Salvação.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

DESARMAR-SE


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Dom José Alberto Moura 
Arcebispo de Montes Claros (MG)



Saber trabalhar para dominar o desejo de vingança é saber domar nossos instintos para nosso próprio benefício e também do semelhante. Até para usar bem da inteligência a pessoa que deseja tirar a vida do outro vai pensar bem nas consequências para si mesmo: a prisão, o “carimbo” ou a marca de criminoso para toda a vida, a consciência pesada, a discriminação... além do grande pecado diante de Deus e dos homens.

O desarmamento pessoal do impulso de querer fazer justiça com as próprias mãos exige um rito, uma ascese ou exercitação, para não se deixar levar por um impulso emotivo momentâneo. No dito popular encontramos o dado de sabedoria que ensina a pessoa a contar até dez antes de tomar decisão precipitada. Na ascese cristã encontramos muitos meios para nos conter e, ao invés de retaliarmos ou nos vingarmos, vamos nos lembrar do ensinamento de Jesus: “perdoar... até aos inimigos... fazer o bem a quem nos odeia...”(Mateus 5,43.44). Já entre os antigos judeus havia o ensinamento: “Não tenhas no coração ódio contra teu irmão” (Levítico 19,17). A oração é outra fonte de paz e de força para o entendimento, a misericórdia e o perdão.

Quando há a sublimação dos impulsos instintivos, a pessoa promove mais o entendimento, o diálogo na família, na comunidade e em toda a convivência humana. Promove-se o armistício entre facções, comunidades e nações. As guerras não terão mais cabimento. Até se diz no ditado popular: “Mais vale um mau acordo do que uma boa demanda”. O desgaste é menor, com menos prejuízo tensional e vivencial.

Por outro lado, a ascese para o desarmamento de ânimo é vista na atitude da humildade. Ela leva a pessoa a perceber que não é melhor dos que os outros. Se esses erraram e erram, também nós erramos ou estamos sujeitos ao erro, talvez de modo pior do que os outros. O próprio Jesus adverte aos que queriam apedrejar a mulher adúltera: “Quem não tiver pecado atire a primeira pedra”. Nessa perspectiva o apóstolo Paulo lembra: “Ninguém se iluda: se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade; pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus” (1 Coríntios 3,18).

Jesus é o maior exemplo de vida e de ensinamento sobre o desarmamento de ânimo para o trato com o semelhante. Ele podia ter usado o poder que tinha para aniquilar seus opositores. Ao invés de condenar os inimigos ele ensina: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’. Eu, porém, vos digo, não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!’” (Mateus 5, 38-39). Até do alto da cruz Ele pede perdão ao Pai pelos algozes dizendo que eles não sabem o que fazem (Cf. Lucas 23,34).

É evidente que precisamos trabalhar e ajudar a tirar as causas dos ódios e dos entendimentos. Precisamos, porém, começar a fazê-lo com a nossa própria exercitação nesta prática. Se todos colaborarem para isso, teremos um mundo de menos agressões e desentendimentos!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

SÍNODO SOBRE A JUVENTUDE




O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB, com a presença de todos os membros, está reunido na sede da Conferência nesta quarta-feira, 14 de fevereiro, com ampla pauta de discussões e reflexões. Entre os assuntos da reunião estão o tema da Campanha da Fraternidade de 2018, Mensagem do Papa Francisco para o Dia das Comunicações a ser realizado em 28 de maio e o tema do Sínodo sobre a Juventude “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Esse último foi apresentado pelo presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF).

Dom Sergio disse que nos encontramos na fase de coleta das contribuições de toda a Igreja para a formulação das linhas gerais do próximo Sínodo dos Bispos. A complexidade dos dois temas, juventude e vocação, pede uma atenção especial tanto das Igrejas Particulares como das conferências episcopais. “Há uma ênfase na sinodalidade”, disse dom Sergio, por parte do Santo Padre que procura valorizar essa fase estimando essa fase preparatória. “Da nossa parte, vamos ressaltar aquilo que for comum na diversidade brasileira”, concluiu dom Sergio.

Dom Leonardo Steiner, secretário-geral, informou que como ocorreu das últimas ocasiões de realização de sínodos, a CNBB procurou oferecer à secretaria do Sínodo tanto o vasto material que chegou à sede nacional como também uma síntese devidamente preparada por uma comissão constituída para essa tarefa. 

Dom João Bosco, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família, sugeriu que a Pastoral Familiar continue empenhada na preparação desse Sínodo uma vez que a juventude está muito presente na Exortação Amoris Laetitia. Dom Vilsom Basso, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, informou sobre as iniciativas com os bispos referenciais para aproveitar pastoralmente com a juventude na preparação para o Sínodo: “nossa comissão está na expectativa e disponível para aproveitar essa ocasião de percorrermos esses dois anos de preparação”.

Dom Sergio ainda lembrou que é preciso dar atenção especial – nas respostas que estão sendo dadas – a consideração sobre a dupla temática: juventude e vocação. Dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz destacou a importância de ouvir as variadas “juventudes”, tendo em vista também algumas situações específicas como juventude indígena, nas favelas e a juventude presente nas prisões. Dom Leonardo ainda lembrou que além das comissões de juventude das dioceses, os bispos podem incluir outras pastorais na elaboração das contribuições. Todas as contribuições devem ser enviadas pelas dioceses para a CNBB que enviará o material para a secretaria do Sínodo, no Vaticano, em outubro deste ano.

Foto: Maurício Sant´Ana

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

BISPOS REFLETEM SOBRE O PENTECOSTALISMO E O NEOPENTECOSTALISMO


Os membros do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB, reunidos em Brasília, nesta quarta-feira, 15 de fevereiro, realizam reflexão sobre o pentecostalismo e neopentecostalismo no Brasil. Os bispos seguem estudo iniciado na tarde da terça-feira, 14 de fevereiro. Dom Francisco Biasin, presidente da Comissão do Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, apresentou texto propositivo a respeito do tema, preparado pela Comissão que ele preside, e destacou algumas questões pastorais que precisariam ser consideradas pela Igreja em todo o Brasil.


“É verdade, que muitas das ditas 'experiências do Espírito Santo' são ambíguas e necessitam do discernimento dos espíritos", afirma dom Biasin

É preciso “agilizar nossa solicitude social”, propõe o texto apresentado. “Frequentemente, a razão pela qual alguém deixa a Igreja Católica tem cunho materialista; uma promessa de ajuda material que praticamente compra, adquire a pessoa; deixando-a depois como que traída e desiludida”. Há um reconhecimento, no texto, de que os grupos pentecostais se infiltram nas comunidades justamente nas ocasiões de sofrimento, de um acidente, de uma carência extraordinária e assim por diante. “Daí, que a questão é: Por que eles se dão conta da situação, se fazem presentes... e nós não?”. Dom Biasin lembrou ocasião em que, ao falar aos bispos de Ghana, África, durante a sua visita ad limina a Roma em 1993, São João Paulo II observou que “por vezes o atrativo destes movimentos se baseia sobre seu aparente sucesso em responder às necessidades espirituais das pessoas – a carência de seus corações por algo de mais profundo, pela cura, pela consolação e proximidade com o transcendente”.

Um segundo ponto destacado no texto pede para “Fomentar pequenas comunidades e formar liderança leiga”. E registra a seguinte constatação: “temos paróquias tão grandes, em geral, que nossos fiéis não se sentem em casa, mas sim deixados de lado e abandonados; enquanto que se sentem em casa – aceitos, estimados e acolhidos – nas pequenas comunidades dos grupos pentecostais”. O texto propõe como uma possível resposta por parte da Igreja Católica incrementar o clima de família nas paróquias através de pequenas comunidades, grupos de oração, grupos juvenis e outros, investindo decididamente na formação de leigos que possam guiar tais grupos.


No texto apresentado por dom Biasin, um terceiro ponto de reflexão está em “Investir na catequese e na formação bíblica”. Essa necessidade aparece pelo fato de que grande parte das pessoas que se deixam influenciar provém de áreas rurais, são católicos ingênuos ou pessoas das periferias pobres das cidades, desprovidas de um suficiente aprofundamento na sua fé. “Devemos encontrar novas respostas a esta situação, através de maiores esforços catequéticos, preparando as pessoas ao melhor conhecimento da fé e a responder com segurança às propagandas e acusações contra a Igreja. É necessária uma melhor formação religiosa dos fiéis. Isto requer catequistas bem formados, que possam atuar como multiplicadores na educação da fé”, sublinha.


“Cultivar a espiritualidade e discernir a dimensão carismática da Igreja”, recomenda o texto. “Os pentecostais buscam uma experiência espiritual; desejam experimentar o Espírito Santo e o poder de Deus de modo imediato, aqui e agora. Neste sentido, constata-se um forte componente emocional. Em função disto, referem-se continuamente às Escrituras, apelando sobretudo às passagens do Novo Testamento que tratam dos carismas. Em contrapartida, as nossas liturgias e a nossa doutrina parecem muito secas, abstratas e intelectualizadas, como se fossem distantes da experiência humana”. Uma ressalva está colocada de forma clara no texto: “É verdade, que muitas das ditas ´experiências do Espírito Santo´ são ambíguas e necessitam do discernimento dos espíritos. Por outro lado, a Igreja católica redescobriu sua legítima preocupação sobre as manifestações do Espírito Santo: o Concílio Vaticano II reafirmou o aspecto pneumatológico-carismático da Igreja e introduziu uma renovação da dimensão carismática da Igreja”.

Por fim, dom Biasin ressaltou que “o movimento pentecostal abriu espaço dentro da Igreja Católica” e uma consequência prática desta redescoberta tem sido o movimento carismático, através do qual. “Em certo sentido, se poderia falar até mesmo de uma ´pentecostalização´ da Igreja Católica”, destaca. E finaliza: “Disto decorrem numerosas consequências eclesiológicas, que incluem as relações entre o sacerdócio universal de todos os batizados e o sacerdócio hierárquico; entre o primado e as estruturas sinodais-colegiais da Igreja; entre os bispos, os diáconos e os presbíteros; entre os pastores e o inteiro Povo de Deus. O enfoque pneumatológico ajuda a resolver tais questões de um modo mais dinâmico e menos estático. Em outros termos: creio que há uma maneira de tomarmos em consideração algumas reivindicações legítimas do pentecostalismo na Igreja. A partir daí, conceber o diálogo católico-pentecostal como partilha de dons será algo possível e útil para o futuro da Igreja”.

Os bispos tiveram oportunidade para dar sugestões e levantar questionamentos sobre o texto apresentado. “Não estamos refletindo isso para chegar à conclusão”, mas para avançar na reflexão sobre o tema, concluiu dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB.

O segundo dia do encontro teve início com a Santa Missa presidida pelo arcebispo de Salvador, (BA) e vice presidente da CNBB, dom Murilo Krieger e concelebrada pelo arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha e pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
Foto: Maurício Sant´Ana.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

PALAVRA DE DEUS NO DOMINGO





Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,17-37


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
17Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir,
mas para dar-lhes pleno cumprimento.
18Em verdade, eu vos digo:
antes que o céu e a terra deixem de existir,
nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei,
sem que tudo se cumpra.
19Portanto, quem desobedecer
a um só destes mandamentos, por menor que seja,
e ensinar os outros a fazerem o mesmo,
será considerado o menor no Reino dos Céus.
Porém, quem os praticar e ensinar
será considerado grande no Reino dos Céus.
20Porque eu vos digo:
Se a vossa justiça não for maior
que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus,
vós não entrareis no Reino dos Céus.
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos:
'Não matarás!
Quem matar será condenado pelo tribunal'.
22Eu, porém, vos digo:
todo aquele que se encoleriza com seu irmão
será réu em juízo;
quem disser ao seu irmão: 'patife!'
será condenado pelo tribunal;
quem chamar o irmão de 'tolo'
será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiveres levando
a tua oferta para o altar, e ali te lembrares
que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24deixa a tua oferta ali diante do altar,
e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.
Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário,
enquanto caminha contigo para o tribunal.
Senão o adversário te entregará ao juiz,
o juiz te entregará ao oficial de justiça,
e tu serás jogado na prisão.
26Em verdade eu te digo: dali não sairás,
enquanto nóo pagares o último centavo.
27Ouvistes o que foi dito:
'Não cometerás adultério'.
28Eu, porém, vos digo:
Todo aquele que olhar para uma mulher,
com o desejo de possuí-la,
já cometeu adultério com ela no seu coração.
29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado,
arranca-o e joga-o para longe de ti!
De fato, é melhor perder um de teus membros,
do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.
30Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado,
corta-a e joga-a para longe de ti!
De fato, é melhor perder um dos teus membros,
do que todo o teu corpo ir para o inferno.
3lFoi dito também:
'Quem se divorciar de sua mulher,
dê-lhe uma certidão de divórcio'.
32Eu, porém, vos digo:
Todo aquele que se divorcia de sua mulher,
a não ser por motivo de união irregular,
faz com que ela se torne adúltera;
e quem se casa com a mulher divorciada
comete adultério.
33Vós ouvistes também o que foi dito aos antigos:
'Não jurarás falso',
mas 'cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor'.
34Eu, porém, vos digo:
Não jureis de modo algum:
nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
35nem pela terra,
porque é o suporte onde apóia os seus pés;
nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei.
36Não jures tão pouco pela tua cabeça,
porque tu não podes tornar branco ou preto
um só fio de cabelo.
37Seja o vosso 'sim': 'Sim',
e o vosso 'não': 'Não'.
Tudo o que for além disso vem do Maligno.
Palavra da Salvação.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

REINAR...



Ao invés de exercer domínio, impondo cargas pesadas e impostos para o povo, o reinado de Cristo é o de aliviar todo ser humano de suas amarguras, situações danosas, infortúnios e limites. Quem se deixa governar por Ele renuncia a tantas opções limitadas e se liberta do aprisionamento dos instintos para atingir um ideal de vida realizadora. É como um tesouro a ser adquirido na dinâmica da ascese ou exercitação, a exemplo de quem se prepara com exercícios próprios para uma competição esportiva. Sem exercitação não se corre ou joga bem.

Para deixar Deus reinar na própria vida, a pessoa deve aproximar-se dele e facilitar sua entrada em sua existência para desenvolver as próprias capacidades a serviço de inclusão do semelhante na vida digna. Sabe cooperar com causas de promoção do bem comum, da defesa do meio ambiente e da família, com meios de sustentabilidade material, psicológica e espiritual.

O reinado divino não se dá com a imposição de força, pois, ele é libertador. Por isso mesmo, não é impositivo. É modelar, do jeito humano, pois, Deus se tornou humano conosco e nos ensina a formar um reinado humanizado, cheio de justiça, solidariedade, mútua cooperação e promotor da paz.

Na perspectiva humana do reinado divino, há que se implantar: a atitude de serviço de cada um dentro da vocação de amar e servir (Jesus mostra que veio servir); a atitude de dar de si para a inclusão social (Jesus foi o maior exemplo de inclusão social dos mais fragilizados); atitude de misericórdia (Jesus mostrou como Deus é misericordioso, por exemplo, nas parábolas do filho pródigo, do bom samaritano, da ovelha perdida); atitude de perdão (Jesus deu o exemplo de não condenação à pecadora pública); a atitude de dar-se totalmente e sacrificar-se pelo bem de todos (Jesus deu a própria vida e, do alto da cruz, pediu o perdão ao Pai para seus algozes)…

Se governos e povos da terra fizessem políticas dentro da perspectiva do reinado de Deus, superaríamos as guerras, os assassinatos, o acúmulo de riquezas em mãos de elites privilegiadas e pobreza extrema do outro lado, miséria, fome, massacre da família, exclusões sociais, discriminações…

É possível criar-se nova mentalidade na caminhada terrestre se realmente os cristãos e todas as pessoas de boa consciência e vontade se unirem, em verdadeira missão, para a prática do altruísmo e do verdadeiro amor. Onde reina Deus o amor vence!

Por Dom José Alberto Moura – Arcebispo de Montes Claros (MG)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

SANTA ESCOLÁSTICA


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Mulher de muita intimidade com Deus. Doou, junto com seu irmão, toda sua vida pelas almas

Hoje, recordamos o testemunho daquela que foi irmã gêmea de São Bento, pai do monaquismo cristão. Ambos nasceram em 480, em Núrsia, região de Umbria, Itália.

Santa Escolástica começou a seguir Jesus muito cedo. Mulher de oração, ela sempre foi acompanhando o irmão por meio de intercessão. Depois, ao falecer seus pais, ela deu tudo aos pobres. Junto com uma criada, que era amiga de confiança e seguidora também de Cristo, foi ter com São Bento, que saiu da clausura para acolhê-la. Com alguns monges eles dialogaram e ela expressou o desejo de seguir Cristo através das regras beneditinas.

São Bento discerniu pela vocação ao ponto de passar a regra para sua irmã e ela tornou-se a fundadora do ramo feminino: as Beneditinas. Não demorou muito, muitas jovens começaram a seguir Cristo nos passos de São Bento e de Santa Escolástica.

Uma vez por ano, eles se encontravam dentro da propriedade do mosteiro. Certa vez, num último encontro, a santa, com sua intimidade com Deus, teve a revelação de que a sua partida estava próxima. Então, depois do diálogo e da partilha com seu irmão, ela pediu mais tempo para conversar sobre as realidades do céu e a vida dos bem-aventurados. Mas São Bento, que não sabia do que se tratava, por causa da regra disse não. Ela, então, inclinou a cabeça, fez uma oração silenciosa e o tempo, que estava tão bom, tornou-se uma tempestade. Eles ficaram presos no local e tiveram mais tempo.

A reação de São Bento foi de perguntar o que ela havia feito e desejar que Deus a perdoasse por aquilo. Santa Escolástica, na simplicidade e na alegria, disse-lhe: “Eu pedi para conversar, você não aceitou. Então, pedi para o Senhor e Ele me atendeu”.

Passados três dias, São Bento teve a visão de uma pomba que subia aos céus. Era o símbolo da partida de sua irmã. Não demorou muito, ele também faleceu.

Santa Escolástica, rogai por nós!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

JESUS SEMPRE PERDOA




A Catequese do Papa Francisco na Audiência Geral do dia 28 de setembro de 2016, abordou o perdão na cruz, falou sobre o bom e o mau ladrão que foram crucificados ao lado de Jesus e enviou uma mensagem de esperança ao dizer que, apesar do pecado que uma pessoa tenha cometido, Deus a perdoa se ela se aproxima de Jesus e se arrepende.

Francisco recordou o relato da Paixão e as palavras de Jesus: ““Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem”. “Jesus nos salvou permanecendo na cruz” e “ali se cumpre a sua doação de amor e surge para sempre a nossa salvação”, recordou.

“Morrendo na cruz, inocente entre dois criminosos, Ele atesta que a salvação de Deus pode alcançar qualquer homem em qualquer condição, mesmo na mais negativa e dolorosa”.

O Papa assinalou que “a quem está acamado em um leito de hospital, a quem vive fechado em uma prisão, a quantos estão presos pelas guerras, eu digo: olhem para o Crucifixo; Deus está convosco, permanece com vocês na cruz e a todos se oferece como Salvador a todos nós. A vocês que sofrem tanto digo, Jesus foi crucificado por vocês, por nós, por todos. Deixem que a força do Evangelho penetre no vosso coração e vos console, vos dê esperança e a íntima certeza de que ninguém está excluído do seu perdão”.

Por outro lado, o “bom ladrão” pronuncia palavras que “são um maravilhoso modelo de arrependimento, uma catequese concentrada para aprender a pedir perdão a Jesus”.

“Não tem medo do amor de Deus, mas aquele respeito que se deve a Deus porque Ele é Deus”, explicou o Papa. “O bom ladrão recorda a atitude fundamental que abre à confiança em Deus: a consciência da sua onipotência e da sua infinita bondade” e isto “ajuda a dar espaço a Deus e a confiar em sua misericórdia”.

De fato, “Jesus está ali na cruz para estar com os culpados: através desta proximidade, Ele oferece a eles a salvação”. Portanto, “o bom ladrão se torna testemunho da Graça; o impensável aconteceu: Deus me amou a tal ponto que morreu na cruz por mim”.

“A própria fé desse homem é fruto da graça de Cristo: os seus olhos contemplam no Crucificado o amor de Deus por ele, pobre pecador”, disse o Santo Padre.

O relato da Paixão termina quando o bom ladrão pede a Jesus que se recorde dele no Paraíso. “Quanta ternura nesta expressão, quanta humanidade!”. “É a necessidade do ser humano de não ser abandonado, que Deus lhe seja sempre próximo”, afirmou.

O Papa acrescentou que “um condenado à morte se torna modelo de cristão que se confia a Jesus e também modelo da Igreja”.

“Na hora da cruz, a salvação de Cristo alcança o seu ápice; e a sua promessa ao bom ladrão revela o cumprimento da sua missão: isso é salvar os pecadores”, concluiu o Papa.

Por ACI