sábado, 19 de março de 2016

JOSELEITOS CELEBRAM 66 ANOS DE FUNDAÇÃO









Hoje, nos alegramos e rendemos graças a Deus pelos 66 anos de fundação da Sociedade Joseleitos de Cristo. Presente em várias Arqui/Dioceses do Brasil e, de modo especial, em nossa Paróquia, os Joseleitos, seguindo o carisma deixado pelo Padre Gumercindo, à imagem de São José, colaboram na evangelização. 


Fundador

Pe. JOSÉ GUMERCINDO SANTOS nasceu em Itabaiana-SE aos 15 de agosto de 1907, filho de José Januário dos Santos e Maria Rita de Jesus. Desde cedo, atraído por Deus para a vida religiosa e sacerdotal, aos onze anos ingressou no Seminário Salesiano – Colégio N. Sra. Auxiliadora (Tebaida-SE). Com vinte e sete anos é ordenado Presbítero aos 08 de setembro de 1934 no Santuário Sagrado Coração de Jesus dos Padres Salesianos de Recife. As frases bíblicas: “Não me afastes a tua face, Senhor!” (Sl 26,8) e “A ti eu deixei o pobre, tu serás a ajuda do órfão!’ (Sl 10,14) são os lemas de sua vida. Seguindo os planos divinos, é obrigado a deixar a vida salesiana tornando-se Fundador de três Congregações: Santa Teresinha (Boquim-SE, 12 de março de 1947) Joseleitos de Cristo (Boquim-SE, 19 de março de 1950) e Divino Mestre (Tucano-BA, 08 de setembro de 1960). Deixou um legado de total consagração a Deus servindo-O nos pobres, órfãos, jovens e vocacionados, através da educação em colégios e cursos profissionalizantes e da prática da caridade nas instituições e pastorais paroquiais. Escreveu diversas obras desde às suas Memórias até um romance na linha do cristianismo nascente, várias poesias e entre estas um grande número dedicado à Virgem Maria. Fez a composição dos hinos dos Patronos das Congregações fundadas por ele e ainda dos outros padroeiros das mesmas. Aos 10 de setembro de 1991, em Feira de Santana-BA, invocando a Virgem Maria, partiu para a Casa do Pai. Sua vida foi e é um autêntico testemunho do seguimento de Jesus pela prática do amor.



Espiritualidade

A Espiritualidade Joseleita baseia-se no jeito humilde de São José que acolhendo a Virgem Maria tornou-se pai do Menino-Deus. Seguindo um princípio genealógico e histórico, a nossa Espiritualidade nos remete necessariamente a São Francisco de Sales, fonte da qual bebeu Dom Bosco, que tão fortemente influenciou Pe. Gumercindo.

Eis alguns traços:

1- Oração, sustento da espiritualidade como abertura a Deus e serviço aos outros

O espírito de oração é base para discernir a vontade de Deus. Dom Bosco valorizava muito a oraçãoque acontece no desenrolar da vida, no cotidiano, sem descuidar-se dos momentos de intensa oração. Buscava a Deus como o Pai que cuida, provê, que educa. Inspiração para o seu trabalho com as crianças e jovens.

2- Todos somos criados à imagem de Deus e para o bem

Nessa condição, todos somos chamados a união com Deus. Daí brota a inspiração para se tratar a todos com reverência e respeito e amabilidade. Ser amável, antes, cada um consigo frente às próprias fragilidades, a fim de sê-lo depois com os outros. Desse modo, ninguém se sentirá motivado a arvorar-se juiz dos outros, mas com, misericórdia, se empenhará para superar qualquer atitude de represália e violência.

3- Experiência de Deus em nossa história

Deus vem ao nosso encontro mediante a encarnação do Verbo. Ele se encontra conosco e nos fala no cotidiano da história. Desse modo então devemos busca-lo. Atentar-se para não desperdiçar energia com lamentações referentes ao passado nem demasiadas preocupações com o futuro, porém viver o presente de modo prático, sabendo que aí Deus pode e quer nos falar. “Dom Bosco era uma pessoa prática, gostava de coisas concretas. Isso se refletia também em sua maneira de se relacionar com Deus”.

4- A vida como vocação

Viver é responder positivamente aos apelos de Deus, lendo com atenção todos os sinais divinos para que a vida própria e dos outros seja tratada com dignidade. Nenhum ser humano é destinado à marginalidade, mas à vida e em abundância.

5- Espiritualidade da acolhida

Acolhe quem não se sente autossuficiente e percebe o outro como valor. Dom Bosco expressava a acolhida no que ele chamava de clima de família. Um ambiente de descontração e espontaneidade, sem abrir mãos de regras necessárias à ordem.

6- Tudo por amor

São Francisco de Sales nos inspira “uma ‘espiritualidade do coração’, o coração divino e humano ocupados no amor apaixonado de um para com o outro”. Só a amor, não a força, sustenta a busca de santidade, como expressão de alegria e realização, ainda que em situações de cruz. Esse amor é exigente, mas é o que move a pessoa a atitudes de cultivo da vida interior, à prática das virtudes e da atenção e serviço no trato com idosos, jovens, colaboradores e companheiros.

7- Crescer espiritualmente mediante relacionamentos

A convivência diária na família ou na comunidade, os afazeres dos mais simples aos mais complexos devem se constituir em lugares de crescimento na virtude. A celebração comunitária da fé na oração e louvor diários nos devem motivar a irmos além de nossas preocupações pessoais e oferecermos nossos dons com vistas ao bem de todos. A amizade cultivada como um dom do Espírito é um forte elemento da espiritualidade salesiana. Esse espírito de relacionamento Dom Bosco aplica à educação. Ele privilegiava o contato do educador com o educando.

8- Otimismo e operosidade

Para São Francisco de Sales o pecado entrou no mundo provocando grandes males, porém Deus é quem detém a última palavra sobre nós por meio de Jesus. Daí brota nossa esperança. “Este nos oferece a graça para realizar nossas potencialidades humanas; para tornar-nos amantes de Deus e do próximo, para crescer em perfeição e tornar-nos santos. Por sua confiança na Providência de Deus e sabendo que Deus dirige tudo para o bem, a Espiritualidade Salesiana irradia otimismo. Quer em meio a grandes provas, quer em grandes alegrias, o nosso coração pode estar em paz, seguro na certeza de que ‘o mesmo Deus que toma cuidado de nós hoje, cuidará de nós amanhã e sempre’.” O otimista não se lamenta nem se perturba diante das adversidades, mas enfrenta os desafios com trabalho de modo simples e direto, convicto de assim corresponde à providência divina.

9- A festa e a alegria como componentes da espiritualidade

Quem é contente com a vida, acolhida como dom, tem certeza de ser querido por Deus e sente-se também capaz de amar é feliz e o demonstra na festa. S. Fco de Sales defende a alegria como própria da santidade. O seu cultivo favorece a relação com crianças e jovens, bem como a sua educação.

10 – Espiritualidade de comunhão eclesial

Abertura à comunhão com a Igreja em todos os níveis, com o Papa e com os bispos.

11- Espiritualidade Mariana.

Nossa Senhora ocupa um lugar privilegiado como aquela que socorre e protege.



Missão


Os Joseleitos buscam viver na Igreja e no Mundo:


1) Em primeiro lugar, a santificação de seus membros mediante a observância dos votos de pobreza, obediência e castidade e em segundo, a difusão da Boa Nova de Jesus Cristo aos pobres, através da assistência às paróquias periféricas da sociedade, trabalhar na educação integral, entre a juventude e adultos, como ainda acolher e formar os órfãos e os vocacionados pobres, não esquecendo a boa imprensa.

2) À luz das seguintes inspirações bíblicas: “Não me lances longe de tua face, Senhor!” (cf. Sl 51, 13) e “A ti eu deixei o meu pobre, tu serás a ajuda do órfão” (cf. Sl 10, 14), esta Sociedade tem como distintivos: a busca de intensa união com Deus, da humildade e simplicidade de São José, a solicitude para com os pobres, configurados nos órfãos – pupila dos olhos de Deus -, a dedicação aos jovens e às vocações religiosas e sacerdotais e a caridade fraterna.