Alessandra Borges
Da Redação
O portal cancaonova.com entrevistou padre Demétrio Gomes, da Arquidiocese de Niterói
(RJ), para explicar aos nossos internautas o significado do termo “Ideologia de
Gênero”, que na última semana foi pauta da mídia secular devido à votação dos
Planos Municipais de Educação.
O Plano Nacional de Educação (PNE) aprovou, no dia 25 de
junho de 2014, a Lei 13.005, responsável por definir os caminhos da educação no
Brasil nos próximos dez anos. Após a aprovação da lei fica sob a
responsabilidade dos governos municipais e estaduais a elaboração do próprio
plano local de educação.
Entre os muitos tópicos abordados por este plano, está o
perigo da implantação da referida ideologia [Ideologia de Gênero] na educação
pública e privada. Confira a explicação do sacerdote sobre o assunto:
“Nós não podemos nos omitir, pois, desde 1995, na
Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), em Pequim, na China, o
termo ‘gênero’ foi introduzido e a partir daí começou a ser empurrado ‘goela
abaixo’ a diversos países. Aqui no Brasil é previsto pela Constituição Federal
que exista um Plano Nacional de Educação, com duração de dez anos, com o
objetivo de articular o Sistema Nacional de Educação em regime de colaboração.
Enfim, para que todos os estados mantenham certo padrão naquilo que seriam as diretrizes
da educação do país. Portanto, em 25 de junho do ano passado, o Congresso
Nacional decretou e foi sancionada pela presidente da república uma lei que
aprovava o novo PNE. E neste plano [PNE] tentou-se introduzir a chamada
‘Ideologia de Gênero’ e os deputados reprovaram em máxima [votação], graças à
grande mobilização popular que se levantou e que democraticamente foi mostrar
os seus interesses sobre o que a sociedade brasileira pensa de fato. E esta
termologia ‘Ideologia de Gênero’ foi tirada da PNE.
O problema é que, de modo escondido, o Ministério da
Educação está tentando agora empurrar – via Planos Municipais de Educação –
esta mesma ideologia que foi vetada no Congresso dos Deputados, em cada
município. E se nós não fizermos nada, isso vai ser introduzido em cada cidade;
portanto, vai reger a educação dos nossos filhos e das nossas crianças nos
próximos dez anos.
É necessário que todos nós nos levantemos e mostremos
democraticamente aquilo que nós pensamos e defendamos a própria natureza humana.
Não se trata aqui de (embora a vida seja defendida por católicos) defender
interesses religiosos, pois não podemos impor a nossa fé a qualquer pessoa que
seja”.
Durante a entrevista, padre Demétrio destaca a importância
da família e indica algumas orientações da Igreja deixadas por São João Paulo
II, como a Teologia do Corpo, e as encíclicas do Papa Emérito Bento XVII e do
Papa Francisco sobre o assunto.