Uma piedosa tradição nos conta que carregando a pesada cruz para o Calvário, Jesus encontra-se com Sua Mãe, Maria Santíssima. Quando se cruzam os olhares da Mãe e do Filho, são dois oceanos de amor que se juntam.
Ali estão o Deus feito homem, por amor de nós, que para nos salvar, derrama até sua última gota de sangue no Calvário, e sua santa mãe, Maria Santíssima.
É certo que Mãe e Filho se olham, se tocam, se fortalecem mutuamente naquela hora desoladora, na qual nada mais há a fazer, a não ser confiar com uma superesperança que a Palavra de Deus não falha.
A vitória final não é da morte, mas da vida. A morte e o túmulo serão ( como de fato foram ) uma passagem para a eternidade feliz.
A vida vencerá, apesar dos sofrimentos indizíveis daquelas horas.
Pode haver dor maior que a dor de uma mãe assistindo, impotente, ao sofrimento do próprio filho?
O filho às portas da morte e ela nada podendo fazer? Há dor maior àquela que trouxe alguém à vida ver que outros, de modo cruel e covarde, a privam do fruto do seu ventre?