sábado, 22 de fevereiro de 2014

BRASIL TEM A PARTIR DE HOJE MAIS UM CARDEAL

O Papa Francisco cria hoje  19 novos cardeais, provenientes de doze diferentes países, entre os quais o único brasileiro foi o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta. A lista inclui responsáveis da Cúria Romana e várias dioceses. Dom Lorenzo Baldisseri, que foi Núncio Apostólico no Brasil, também foi nomeado. Dos novos, o Santo Padre uniu também ao Colégio Cardinalício três arcebispos eméritos, que – disse – se distinguiram pelo seu serviço à Santa Sé e à Igreja.



Agora o Brasil passa a ter dez cardeais, sendo atualmente cinco votantes (com menos de 80 anos), num eventual conclave. Os cardeais brasileiros são, além de Dom Orani, nomeado hoje: Dom Eusébio Oscar Scheid, do Rio de Janeiro; Dom Paulo Evaristo Arns, de São Paulo; Dom José Freire Falcão, de Brasília; Dom Serafim Fernandes de Araújo, de Belo Horizonte; Dom Cláudio Hummes, de São Paulo, e Dom Geraldo Majella Agnelo, de Salvador. Também os arcebispos Dom Odilo Pedro Scherer, de São Paulo; Dom Raymundo Damasceno Assis, de Aparecida e Dom João Braz de Aviz, atual prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano (os grifados são, atualmente, votantes).

Colégio Cardinalício
 O Colégio de Cardeais, cuja origem está ligada ao clero antigo da Igreja Romana, tem a função de eleger o sucessor de Pedro e aconselhá-lo em questões de maior importância. Seja nos escritórios da Cúria Romana ou em seus ministérios nas Igrejas locais em todo o mundo, os cardeais são chamados a partilhar de modo especial na solicitude do Papa para com a Igreja universal, promovendo a santidade, a comunhão e paz da Igreja A cor viva de suas vestes tem sido tradicionalmente vista como um sinal de seu compromisso de defender o rebanho de Cristo até o derramamento de seu sangue. (cf. Discurso de Bento XVI, na audiência com os novos cardeais, familiares e fiéis, em 26 de novembro de 2012).
Francisco seguiu a regra dos 120 cardeais eleitores com menos de 80 anos. Atualmente havia 13 lugares “vacantes”, outros 3 serão “vacantes” até o próximo mês de maio. Por isso o Papa escolheu 16 eleitores.

Dos 16 eleitores, 4 são membros da Cúria, portanto um quarto do total, e 12 são Arcebispo ou Bispos residenciais de países todos diferentes entre eles.A distribuição dos prelados residenciais eleitores está bem distribuída entre os diversos continentes:
Europa 2; América do Norte e Central 2; América do Sul 3; África2; Ásia 2.A escolha de cardeais do Burkina Faso e do Haiti indica a atenção pelos povos provados pela pobreza.

Foram escolhidos prelados residenciais também de sedes não tradicionamente “cardinalícias”, como Perúgiana Itália, Cotabato na Ilha de Mindanau nas Filipinas.Entre os cardeais não eleitores destaca-se a criação de Dom Capovilla, Secretário do Beato Papa João XXIII, que será canonizado no mês de abril.


O mais idoso é Dom Capovilla, 98 anos, e o mais jovem, Dom Langlois, 55 anos.Destaque o Brasil é a escolha por parte do Papa Fancisco de Dom Orani João Tempesta e do Arcebispo Dom Lorenzo Baldisseri, que por quase 10 anos foi Núncio Apostólico no Brasil e hoje é o Secretário do Sínodo dos Bispos.



Rito do Consistório

Após a proclamação das leituras e da alocução, o Santo Padre vai ler a fórmula de criação e proclamará solenemente os nomes dos novos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito à Sé de Pedro”.
Depois terá lugar a profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, de fidelidade e obediência ao Papa e seus sucessores, “agora e para sempre”. A profissão de fé, que faz parte do Símbolo niceno-constantinopolitano, é a síntese da fé da Igreja que cada um recebe no momento do Batismo.
Cada um ajoelha-se, para receber o barrete cardinalício, que o Papa impõe “como sinal da dignidade do cardinalato”, significando que todos devem estar prontos a comportar-se “com fortaleza, até à efusão do sangue".

O Papa oferece ainda um anel aos novos cardeais para que se “reforce o amor pela Igreja”, seguindo-se a atribuição a cada cardeal uma igreja de Roma (título ou diaconia) – que simboliza a “participação na solicitude pastoral do Papa” na cidade -, bem como a entrega da bula de criação cardinalícia, momento selado por um abraço de paz.