No dia 29 de junho, dia da
Solenidade de São Pedro e São Paulo, o papa Francisco presidirá na Basílica de
São Pedro à celebração Eucarística com a imposição do Pálio a 35 metropolitas.
Entre eles estão 3 brasileiros: dom Antônio Carlos Altieri, S.D.B., arcebispo
de Passo Fundo, dom Sérgio Eduardo Castriani, C.S.Sp., arcebispo de Manaus e
dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto.
O rito de imposição do Pálio
permanece como estabelecido por Bento 16 em 2012, ou seja, será realizado no
início da celebração.
As informações exatas sobre a
origem desta tradição não são precisas. Sabes-se no entanto que já no século 4º
o Papa usava este pálio. Provavelmente era uma insígnia imperial passada aos
bispos. O pálio passa então a ser dado por Roma aos metropolitas, sobretudo na
época de Gregório 7º, logo após o ano mil, quando existia a necessidade de
controlar a eleição de bispos.
A partir daquele período, os
metropolitas vinham a Roma receber o pálio. Posteriormente, ele passou a ser
concedido também àqueles que não eram metropolitas, como um sinal de honra. Na
década de 70, houve a reforma do pálio, desejada pelo papa Paulo 6º, por isso
até hoje é concedido apenas aos metropolitas, no dia 29 de junho, solenidade
dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, justamente para evidenciar a ligação
daqueles que carregam o pálio com a Sé Apostólica.
O simbolismo do Pálio foi sendo
enriquecido ao longo dos séculos. No início, ele teve um simbolismo sobretudo
eclesial, isto é, em todo o primeiro milênio o pálio indicava a ovelha que
estava perdida, e, portanto, significava o pastor que levava a ovelha em seu
ombro esquerdo. É o pálio que é encontrado em toda iconografia e em todos os
mosaicos do primeiro milênio.
Posteriormente, ele mudou a
forma: foi colocado ‘ad ipsilon’ sobre a pessoa que o usava e assumiu
outro significado. As cruzes vermelhas assumiram o significado das chagas do
Senhor. Os cravos assumiram o significado dos três pregos da crucificação.
Assim, o pálio assumiu sobretudo um significado cristológico, do Cristo Bom
Pastor. Hoje temos esses dois elementos juntos. O pálio é feito de lã e
significa a ovelha perdida, leva os cravos e tem essas cruzes para significar
que o Bom Pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas.