sábado, 8 de dezembro de 2012

Solenidade da Imaculada Conceição de Maria

Nossa paróquia esteve reunida na manhã de hoje para celebrar a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, cantando o ofício e celebrando a Eucaristia. Tivemos a presença do Diácono Valdir, membro da Congregação dos Joseleitos de Cristo, como os padres Júlio Cesar, Francisco Valter e Reinaldo. Diácono Valdir se prepara para receber o Sacramento da Ordem no grau do presbiterato no dia 02 de março de 2013. Será mais um padre  oferecido pelos Joseleitos, para o serviço do Reino. 







O Papa, Bento XVI, na oração do Ângelus, transmitiu a seguinte mensagem para a celebração de hoje: 


ANGELUS
Festa da Imaculada ConceiçãoPraça São Pedro
Sábado, 8 de dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs,

A todos vós, boa festa da Maria Imaculada! Neste Ano da Fé, gostaria de salientar que Maria é a Imaculada por um dom gratuito da graça de Deus, que encontrou, porém, nela perfeita disponibilidade e colaboração. Neste sentido ela é “bem aventurada” porque “acreditou” (Lc 1,45), porque teve uma fé forte em Deus. Maria representa aquele “resto de Israel”, aquela raiz santa que os profetas anunciaram. Nela encontram acolhimento as promessas da antiga Aliança. Em Maria a Palavra de Deus encontra escuta, recepção, resposta, encontra aquele ‘sim’ que a permite tomar carne e vir habitar em meio a nós. Em Maria a humanidade, a história se abrem realmente a Deus, acolhem a sua graça, estão dispostas a fazer a sua vontade. Maria é expressão genuína da Graça. Ela representa o novo Israel, que as Escrituras do Antigo Testamento descrevem com o símbolo da esposa. E São Paulo retoma esta linguagem na Carta aos Efésios lá onde fala do matrimônio e diz que “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível” (5,25-27). Os Padres da Igreja desenvolveram esta imagem e assim a doutrina da Imaculada nasceu primeiro em referência à Igreja virgem-mãe, e depois a Maria. Assim escreve poeticamente Efrem o Sírio: “Como os corpos pecaram e morreram, e a terra, sua mãe, é maldita, (cfr Gen 3,17-19),  assim por causa deste corpo que é a Igreja incorruptível, sua terra é bendita desde o início. Esta terra é o corpo de Maria, templo no qual uma semente foi colocada” (Diatessaron 4, 15: SC 121, 102).

A luz que emana da figura de Maria nos ajuda também a compreender o verdadeiro sentido do pecado original. Em Maria, de fato, é plenamente viva e operante aquela relação com Deus que o pecado rompe. Nela não tem alguma oposição entre Deus e o seu ser: tem plena comunhão, plena concordância. Tem um “sim” recíproco, entre Deus e ela e ela e Deus. Maria é livre do pecado porque é toda de Deus, totalmente esvaziada por Ele. É cheia de sua Graça, do seu Amor. 

Em conclusão, a doutrina da Imaculada Conceição de Maria exprime a certeza de fé que as promessas de Deus foram realizadas: que a sua aliança não falha, mas produziu uma raiz santa, da qual brotou o Fruto bendito de todo o universo, Jesus, o Salvador. A Imaculada está a demonstrar que a Graça é capaz de suscitar uma resposta, que a fidelidade de Deus sabe gerar uma fé verdadeira e boa. 

Queridos amigos, esta tarde, como é de costume, vou para a Praça de Espanha, para a homenagem a Maria Imaculada. Sigamos o exemplo da Mãe de Deus, para que também em nós a graça do Senhor encontre resposta em uma fé genuína e fecunda.