terça-feira, 29 de julho de 2014

SEMANA DE LITURGIA

Agentes e coordenadores da Pastoral Litúrgica, catequistas, professores de liturgia e sacramentos, bispos, presbíteros e diáconos estarão presentes na 28ª Semana de Liturgia, que será realizada de 13 a 17 de outubro, no Centro de Pastoral Santa Fé, em São Paulo (SP). O evento dá continuidade ao tema abordado na 27ª edição da Semana, ocorrida em 2013, “50 anos da Sacrosanctum Concilium (1963-2013): novo jeito de celebrar novo jeito de ser igreja”.
Promovida pelo Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, em parceria com Unisal (Pio XI) e Rede Celebra, a 28ª Semana visareafirmar a finalidade fundamental do Concílio Vaticano II de, ao restabelecer a relação entre liturgia e fé (cf. SC 1 e 59), “fomentar a vida cristã”, e buscar respostas aos desafios do momento presente por uma liturgia que seja, de fato, expressão e alimento da fé cristã.
De acordo com a organização, os participantes trabalharão conjuntamente em “busca de caminhos de inclusão da liturgia como parte integrante e privilegiada no processo de crescimento da fé cristã, tornando-se sua máxima expressão e fonte”.

No total, há 230 vagas. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível no site: www.centroliturgiadomclemente.com.br, e efetuar o depósito da taxa. A ficha preenchida deve ser enviada para e-mail: semanadeliturgia@yahoo.com.br ou pelo correio, junto com o comprovante de pagamento da taxa. 

domingo, 27 de julho de 2014

HOMENAGEM AOS AVÓS

A Eucaristia de ontem, foi em ação de graças pelos avós. Após a comunhão, uma bela mensagem foi lida em homenagem a eles.  






Após receberem uma benção especial, toda a comunidade reunida saboreou um delicioso bolo. 






sábado, 26 de julho de 2014

PARABÉNS AOS AVÓS


AVÓS DE JESUS

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant’Ana. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.



Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.
A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

SÃO CRISTOVÃO

Todos precisamos de proteção. Dependemos de Deus. Para as situações de risco, como é o caso de quem está na direção de um veículo, não elevar o pensamento para o alto ao ocupar seu posto de pilotagem será sempre uma temeridade. Em velocidade, os motorizados ajudam a encurtar distâncias, mas ao mesmo tempo nos colocam em estado de menor segurança e adiantam situações inesperadas. A fé vem em nosso socorro: Deus é Pai. Os santos, na glória, unem nossa pobre condição humana à santidade divina e diante do trono do Altíssimo, oram por nós, imersos na intercessão de Cristo. Costume antigo entre os cristãos é solicitar a companhia orante destes irmãos que nos precederam na fé e viveram situações semelhantes às nossas. Nós os chamamos de Padroeiros.
São Cristóvão é o anjo protetor dos motoristas. Mas, além da intercessão, o fiel deve olhar para os santos procurando exemplo de vida. Cristóvão, antes de se tornar cristão, se chamava Réprobo. Era um cananeu rude, alto de estatura. Inculto, mas inteligente, desejava conhecer e servir ao rei mais poderoso da terra.

Certo dia lhe apresentaram um. Foi com ele a uma peça de teatro na qual o nome do diabo era repetido com freqüência. A cada vez que o ouvia, o rei fazia o sinal da cruz. – “Por que fazes este sinal”, perguntou Rébrobo. – “Para me livrar das artimanhas do demônio”, respondeu. O escravo não se conformou. “Se há alguém de quem tens medo, então não és mais poderoso que ele”. Começou então a procurar o diabo para servi-lo, admitindo ser ele o maioral da terra. Um ser bem apessoado, atraente e forte iniciou por encantar o servo gigante.
Porém, um dia andando com ele pela estrada, viu que em certo sítio, o demônio desviou caminho. Perguntou: “por que desvias?” – “Porque neste trecho há cruz igual à de um tal Jesus de quem tremo de medo”. Constatou Réprobo: “então este é maior do que ti”. Abandonou-o de imediato e andou a procura do novo rei. Encontrou-o através de um eremita que lhe falou sobre o Salvador. O cristão lhe explicou que para encontrar a Cristo era necessária a oração. O convertido entristeceu-se e disse: “não sei rezar ainda”. “Então, podes jejuar”. – “Para mim esta prática é ainda muito difícil, pois preciso de muito alimento para manter meu pesado corpo”. – “Então”, disse-lhe o catequista, “comece pela caridade e chegarás ao encontro com Cristo”. Como era alto, pôs-se misericordiosamente a transportar nos ombros pessoas que precisavam atravessar um rio sem pontes.
Certo dia, chegou à margem uma criança que com caridade pôs em travessia. Pesava muito; peso descomunal. Correu risco de não suportar e se afogar nas águas caudalosas. Ao chegar ao outro lado, reclamou: “você me causou perigo e quase me levou à morte. Porque pesa tanto? Parecia-me ter o mundo inteiro sobre os ombros”. O menino então esclarece: “tranqüiliza-te; sou o Cristo a quem serves. Transportastes o rei da terra, o criador do mundo”. Por isso, terminada a catequese, o santo eremita o batizou com o nome de Cristóvão, que significa Transportador de Cristo.
Cristóvão a partir de então se tornou um cristão tão fiel e exemplar que a muitos outros converteu para Deus. Certa vez, o imperador mandou soldados para prendê-lo obrigando-o a adorar deuses pagãos. Ele, ao encontrá-los impressionou-os tão bem com sua bondade e fé que eles desistiram de prendê-lo. Cristóvão não aceitou. “Levem-me”, disse-lhes. No caminho os soldados se transformaram e se fizeram cristãos. Para levar Cristóvão a pecar, o rei mandou duas belas moças o tentarem. Uma chamava-se Nicéia outra Aquilina. Antes que elas iniciassem seus afagostatura, que alguns o achavam quase um gigante. consideram l atraes, Cristóvão lhes falou sobre a fé e a moral cristã e elas se arrependeram e pediram o batismo, deixando a vida de prostituição. Tão forte foi a conversão delas que nem diante das torturas voltaram atrás, mas enfrentaram corajosamente o martírio. Cristóvão foi perseguido, torturado, açoitado e por fim decapitado, mas nunca deixou de amar e servir ao maior e único Rei do mundo que em sua estrada teve a graça de encontrar.
Eis aí, motorista, seu patrono e seu exemplo.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015

A Campanha da Fraternidade de 2015 terá como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45). A Campanha será inserida nas comemorações do Concílio Vaticano2º com base nos documentos Lumen Gentium e Gaudium et Spes, sobre a missão da Igreja no Mundo.
Com a publicação do documento de Estudos 107 da CNBB, sobre “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, o tema tem sido refletido em todo o Brasil. O jornal O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese, conversou com o padre Thierry Linard de Guertechin, jesuíta nascido na Bélgica e residente no Brasil desde 1975. Filósofo, teólogo, demógrafo e geógrafo, padre Thierry é especialista em temáticas sociais e, atualmente, diretor do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento.

O SÃO PAULO – Como se dá, hoje, a relação Igreja e  Sociedade?
Padre Thierry – A fé deve se traduzir em obras. Uma fé que fica só no ambiente eclesial, “na sacristia”, não produz nada. Obras sociais, outros tipos de obras, fazem parte de uma entonação da fé que vai ao encontro da realidade na qual se vive. É essencial viver bem a relação Igreja e Sociedade, porque somos cristãos, mas ao mesmo tempo, cidadãos. Por isso, é preciso assumir as duas identidades de igual maneira. Para que se possa viver essa realidade em todos os âmbitos, é importante que a hierarquia da Igreja viva num modelo teológico que favoreça esta interação entre Igreja e Sociedade, e, por isso, escolher bem a teologia na qual se baseia toda a ação eclesial. Assim, é preciso perguntar sempre sobre qual delas abre espaço para mais participação e automaticamente ajuda a valorizar a presença do leigo no mundo. O drama que se vive hoje é o divórcio entre Igreja e Sociedade, sem articulação.
O SÃO PAULO – A partir de quando começaram as discussões sobre o Estado Laico no Brasil?
Padre Thierry – A partir do Concílio Vaticano 2º, a Igreja, com documentos como a Lumen Gentium e Gaudium et Spes. Depois disso, a partir dos anos 1990, vai se aprofundando a questão do Estado Laico por outra parcela da sociedade. As pessoas sem religião representem apenas 8% da população brasileira, mas esta minoria acredita que a política e o Estado devem estar livres de interferência direta das Igrejas. Durante muito tempo a Igreja teve um papel importante na formação da sociedade, sobretudo no que se refere à promoção dos valores humanos. Hoje, porém, com um governo dividido e a economia nas mãos dos banqueiros, a questão social está nas mãos de alguns partidos que insistem, principalmente, num estado anticlerical.
O SÃO PAULO – A Igreja Católica encontra dificuldades práticas neste contexto?
Padre Thierry – Então, está se reduzindo muito a presença pública da Igreja em questões sociais, até mesmo devido às mudanças nas leis. A dimensão social da fé é visível e há muitos trabalhos sociais em diversos âmbitos, principalmente nas periferias e favelas das grandes cidades. A sociedade laica tem sentido à medida que o laicismo é político, ou seja, está restrito à organização política. Um Estado precisa agir de maneira positiva, dialogar com todas as religiões. O problema é que, no Brasil, o Governo tem muita dificuldade em dialogar e, acaba criminalizando alguns movimentos. Não só os religiosos. Quem governa deve estar totalmente aberto ao diferente e ao diálogo.
O SÃO PAULO – Quais as vantagens e desvantagens de um Estado Laico?
Padre Thierry – O Catolicismo foi, durante muitos séculos, a religião oficial do Estado em muitos países do Ocidente. Isso se deu a partir da conversão do imperador romano Constantino. E, mesmo depois da separação Igreja e Estado, o Catolicismo teve sempre grande influência nas decisões. Essa influência tem diminuído gradativamente na sociedade pós-moderna. Então, para mim, as vantagens estão relacionadas à vivência de uma democracia plural que reconhece religiões diferentes e que o Catolicismo não tem mais monopólio. Assim, o papel do Estado é garantir que as religiões possam conviver em paz. Isso é o mais importante.
Já em relação às desvantagens, num País religioso como o nosso, o povo tem uma multipertença. A partir de uma dificuldade pessoal, as pessoas transitam entre as religiões buscando solucionar seus problemas. Isso dificulta a concepção de Estado Laico, pois para que haja respeito mútuo, as pessoas precisam saber o que são e o que querem e não há Estado que assegure o diálogo quando as pessoas não conhecem sua própria identidade. Do contrário, não há diálogo, há confusão.

O SÃO PAULO – Qual a diferença entre Estado Laico e secularismo?
Padre Thierry – Importante não confundir Estado Laico com secularismo. O secularismo é um sistema de valores que atinge até o próprio cristão. Por exemplo, na Europa, a Dinamarca ou a Suécia, há ainda uma religião de Estado, mas são países muito secularizados. Não podemos dizer que um Estado Laico é um Estado Secular.
O SÃO PAULO – Há também aqueles que se incomodam com a frase “Em nome de Deus” na Constituição brasileira. O que o senhor diria?
Padre Thierry – Sou europeu e, por isso, me refiro à Europa que não tinha “Em nome de Deus” na Constituição, mas negou qualquer referência à Tradição Cristã. Isso significa negar o passado, e quem não tem passado não tem futuro. Temos que assumir cada um como pessoa e um grupo, uma comunidade, qual foi o nosso passado, e se reconciliar com o passado. Se pensarmos no povo alemão que passou pelo nazismo, sofreu a guerra e está recomeçando a cada dia, tentando se reconciliar consigo mesmo. São os sistemas autoritários que apagam o passado. Os franceses quiseram também apagar o passado e mudar o calendário. Isso é uma visão funcionalista que não funciona. Você pode se converter e aprender a olhar o passado de outro jeito, mas o passado fica sempre. Por isso, retirar simplesmente o texto da Constituição, pode ser um passo perigoso.
O SÃO PAULO – Como fica neste contexto, o acordo Brasil e Santa Sé?

Padre Thierry – Esse acordo tem a vantagem de permitir que a Igreja tenha uma definição particular, porque muitas Igrejas vivem segundo o regime do Código Civil, mas isso também tem problemáticas, porque o Código Civil tem associações, presidentes etc. A Igreja, porém, não é uma associação. Por exemplo, quem nomeia os bispos é Roma. Não é uma assembleia geral que decide. Assim, há um modo de ser que ultrapassa as definições jurídicas estabelecidas. Este acordo é importante, portanto, para que a Igreja diga, perante do Estado, que tipo de instituição ela é e isso lhe assegura o direito de continuar a sua missão.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

DOM ODILO FALOU SOBRE OS "PAPAS E A COPA"


Em entrevista originalmente concedida para o portal G1, ao jornalista Ardilhes Moreira, o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, falou sobre a associação feita entre as duas seleções finalistas da Copa do Mundo e os papas Francisco (argentino) e Bento XVI (alemão).
Com o Brasil fora da disputa, após ser derrotado pela Alemanha pela histórica goleada da última terça-feira, 8,  o Cardeal ressalta que “no jogo da vida, o povo brasileiro precisa continuar a lutar, com coragem e perseverança” para vencer problemas como a pobreza e corrupção.

Confira a íntegra.

Dom Odilo, a maioria dos relatos sobre a realização da Copa no Brasil é positiva: receptividade dos brasileiros elogiada pelos turistas, poucos incidentes. É possível dizer, a partir da experiência da Jornada da Juventude, que essa sensação que os turistas do futebol estão conhecendo agora os peregrinos de Francisco já tinham experimentado?
Dom Odilo – Sim, embora sejam dois eventos distintos. Na Jornada Mundial da Juventude, essa mesma experiência, talvez, tenha sido até mais profunda, porque se criaram encontros e laços mais próximos dos jovens estrangeiros com pessoas e comunidades locais de todo o Brasil; e, no Rio de Janeiro, houve uma enorme multidão de jovens convivendo de perto durante uma semana com a população local.
O senhor teve chance de acompanhar os jogos? Ou ao menos parte deles? O que achou do aspecto esportivo: viveu alguns bons momentos de diversão?
Dom Odilo – Assisti pela TV os jogos do Brasil e alguns outros. A Copa do Mundo sempre envolve muito; o aspecto esportivo foi interessante, houve jogos de bom nível e criou-se uma interação bonita entre torcidas. Creio que o evento contribuiu para a aproximação de povos e para a cultura da paz. A Copa no Brasil está bonita, apesar de o “sonho” brasileiro, do título, não ter sido alcançado.
A Copa foi antecedida por protestos específicos sobre sua realização e gastos. Acredita que esses protestos, quando não violentos, deixaram uma proposta de reflexão?
Dom Odilo – Certamente. As questões levantadas durante os protestos democráticos precisam ser levados em conta nos debates políticos e culturais após a Copa.
Ao fim, tivemos uma final Argentina e Alemanha. Muitos lembram que os países dos dois papas estarão em disputa. Pelo que o senhor conhece da convivência com ambos os papas, quem deve estar mais “ligado” no tema? Considerando a “brincadeira”, poderíamos dizer que essa é a final dos sonhos para os católicos, já que assim ambos os países estariam em pé de igualdade no Vaticano?
Dom Odilo – Não tenho dúvidas de que o papa Francisco está mais ligado ao evento da Copa, pois é sabido que ele é um apreciador do futebol em seu país. É inevitável que as torcidas também tentem envolver as duas personalidades da Igreja... Mas não creio que venha ao caso de se falar em “final dos sonhos para os católicos”... O apreço da Igreja e dos católicos pelos países e povos está acima do êxito maior ou menor destes nos esportes.
Depois de o Brasil ter sido eliminado, o senhor lembrou que jogo é jogo e agora é momento de “cair na real”. Hoje, quais as principais ameaças que os brasileiros sofrem nesse “jogo da vida”?

Dom Odilo – No jogo da vida, o povo brasileiro precisa continuar a lutar, com coragem e perseverança, pela vitória sobre a pobreza, pelo convívio social pacífico, sem discriminação ou violência,  pelo respeito ao próximo, a superação da corrupção em todos os âmbitos, pela educação e saúde de qualidade ao alcance de todos, por condições dignas de moradia, trabalho e transportes. Aí todos são chamados a descer das arquibancadas, para jogar contra adversários que não chegam de longe... Esta partida é nossa e esperamos ter boas vitórias nesse jogo, para a alegria de todos!

sábado, 19 de julho de 2014

PAPA FEZ APELO PELA PAZ NO ÚLTIMO DOMINGO

Na oração mariano do Angelus deste domingo, 13, o Papa Francisco refletiu sobre a parabola do semeador apresentada no Evangelho dominical (Mt 13,1-23). O Santo Padre também reforçou seu pedido de orações pelo Oriente Médio.


Apelo de paz
Papa Francisco fez mais um apelo pelo fim do conflito no Oriente Médio, pedindo que todos continuem rezando com insistência pela paz na Terra Santa.
Referindo-se ao encontro de 8 de junho passado com o Patriarca Bartolomeu, o Presidente Peres e o Presidente Abu Mazen, “alguém poderia pensar que este encontro se realizou em vão”, disse o Papa.
Ao invés não, porque a oração nos ajuda a não nos deixar vencer pelo mal nem nos resignar ao fato de que a violência e o ódio predominem sobre o diálogo e a reconciliação.
O Pontífice exortou israelenses, palestinos e todos os que têm responsabilidades políticas em nível local e internacional a não pouparem oração e esforços para que cesse toda hostilidade e se obtenha a paz desejada pelo bem de todos.
E convidou os fiéis e peregrinos na praça a um momento de oração silenciosa, depois do qual pronunciou as seguintes palavras:
Agora, Senhor, ajuda-nos Tu! Doa-nos Tu a paz, ensina-nos Tu a paz, guia-nos Tu rumo à paz. Abre os nossos olhos e doa-nos a coragem de dizer: “nunca mais a guerra!”; “com a guerra, tudo está perdido!”. Infunde em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz... Torna-nos disponíveis a ouvir o clamor dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

DOM TARCÍSIO É NOMEADO BISPO COADJUTOR DE SANTOS



Dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, vigário geral da Arquidiocese e vigário episcopal para a Região Sé, foi nomeado pelo papa Francisco como bispo coadjutor da Diocese de Santos (SP). A nomeação aconteceu na manhã de quarta-feira, 16.

O bispo coadjutor é nomeado para ajudar ou substituir um bispo no exercício das suas funções com direito a sucessão, ou seja, em caso de vacância da diocese, o coadjutor torna-se imediatamente o bispo diocesano. O atual bispo de Santos é dom Jacyr Francisco Braido, 74, titular da Diocese desde julho 2000.
Dom Tarcísio é natural de Vargem Alta (ES). Foi ordenado presbítero em dezembro de 1977, eleito bispo, em janeiro de 2008, recebendo a ordenação episcopal em abril do mesmo ano, em sua terra natal.
É formado em Teologia, Filosofia, Pedagogia, Ciências e Letras. É, ainda, especialista em Orientação Educacional.
Atualmente, dom Tarcísio é membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação e secretário geral do regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Na Arquidiocese, dom Tarcísio é também bispo referencial do Setor Juventude e da Animação Bíblico-catequética.
Em seu perfil oficial na rede social Facebook, dom Tarcísio escreveu sobre sua nomeação: 

"Agradeço a Deus por este dom, com as palavras do apóstolo Paulo a Timóteo: “Dou graças àquele que me deu forças, Jesus Cristo, nosso Senhor, porque me julgou digno de confiança e me chamou ao ministério... E a graça de nosso Senhor foi imensa, juntamente com a fé e a caridade que está em Jesus Cristo” ( 1 Tim 1,12.14). Agradeço a Deus pelos seis anos de Bispo Auxiliar de São Paulo, e agradeço aos irmãos e irmãs que me acolheram de coração aberto nesta Igreja. Confio-me às orações de todos os amigos, para que eu possa ser um Bom Pastor segundo o coração de Jesus Cristo!", disse. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

VISITA À DIOCESE DE ÓBIDOS



O rio Amazonas desce caudaloso e pachorrento até fazer curva à altura de Óbidos, no oeste do Pará; aí se estreita e se aperta contra uma falésia alta e escorre apressado e revolto, até alargar-se novamente e continuar o seu curso rumo à foz, no Atlântico. Óbidos fica no alto da falésia, bem vistosa, coisa pouco comum na imensa planície amazônica. Conserva ainda vários casarões de época portuguesa, com suas sacadas e azulejos bem típicos. O pequeno porto é movimentado e serve de entreposto para os produtos trazidos do “interior” e o abastecimento de todo tipo de produtos.
Fundada pelos portugueses já no século 17, numa área dos índios Pauxis, Óbidos foi importante postação de defesa e proteção do território do médio Amazonas. Ali, no alto da colina, havia um forte bem guarnecido, hoje não mais existente. Com os portugueses, também chegaram os missionários, primeiro os Jesuítas e, a seguir, os Capuchinhos da Piedade e os Frades Menores Franciscanos; todos foram expulsos da Amazônia por Pombal e, em 1750, a missão foi entregue aos padres seculares.
Os franciscanos voltaram a Óbidos em 1909 e desenvolveram intensa ação missionária, como parte da prelazia de Santarém, também entregue aos Franciscanos. Em 1957, o papa Pio 12 criou a prelazia de Óbidos, entregando-a aos cuidados dos Franciscanos. Dom Floriano Löwenau, OFM, foi seu primeiro bispo, ainda recordado pelo povo com imenso reconhecimento pelo muito que fez pelo atendimento religioso, social e cultural da população. Depois veio Dom Martinho Lammers, OFM, homem simples e dedicado ao povo.
Desde 2012, Óbidos é diocese; seu território, equivalente ao do Estado do Paraná, estende-se pelas duas margens do rio Amazonas mas, sobretudo, pelo lado norte, alcançando as Guianas e o Suriname.  Sua população, espalhada em 8 paróquias e centenas da comunidades ribeirinhas e de “terras altas”, não atinge 300 mil habitantes. Os traços indígenas são fortes mas as reservas indígenas são poucas, sobretudo no norte da diocese.
Dom Johannes Bahlmann, há 6 anos, é o bispo diocesano. Franciscano, nascido na Alemanha, mas vindo ao Brasil ainda jovem, como leigo, trabalhou como frade no Convento São Francisco, no centro histórico de São Paulo. Dom Bernardo, como é conhecido pelo povo, é dinâmico e está sempre em movimento pela diocese, rio acima, rio abaixo, ou por estradas mal transitáveis, visitando as comunidades e animando a missão e a vida eclesial. Atento às necessidades e desafios da evangelização, cuida de formar os agentes de pastoral, de prover de estruturas pastorais as comunidades e de marcar presença na sociedade através de obras sociais e culturais.
Uma semana com ele, no início de julho, permitiu conhecer um pouco das “alegrias e esperanças, angústias e sofrimentos” do bispo e da Igreja que está inserida na história de Óbidos. As distâncias, o clima tropical e o ritmo severo da natureza fazem parte do dia-a-dia vivido pelo bispo e sua diocese na Amazônia. Mais missionários seriam necessários. Com Dom Bernardo, celebramos a eucaristia e numerosas crismas em duas comunidades distantes. O povo é lutador, fervoroso na sua fé e também orgulhoso da sua história, da qual fazem parte a presença e a ação dos missionários.
A catedral diocesana está no alto da colina, de frente para o rio Amazonas, bem visível para quem chega de barco. Atualmente, está em reforma. A padroeira da diocese é Sant’Ana, desde a chegada dos primeiros missionários portugueses. A imagem já está enfeitada no seu andor, pronta para sair em procissão fluvial no chamado “círio de Sant’Ana”. A festa, no dia 26 de julho, é de longa tradição, muito apreciada pela população do médio Amazonas.
Há algum tempo, as Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral e as Irmãos da Congregação de Santa Catarina de Alexandria iniciaram uma presença missionária em Óbidos. Ali existe muito espaço para a colaboração missionária. É interessante dar-se conta como a preocupação com a “nova evangelização” permeia a vida eclesial, mesmo de dioceses que enfrentam mil dificuldades. Apesar de suas diferenças, isso tem muito em comum com o que acontece em regiões mais urbanas: o incentivo à vida cristã nas comunidades menores, a boa celebração da Liturgia, a pregação assídua, a formação de agentes de evangelização, a valorização da memória da fé e da vida eclesial, a presença social, o testemunho público da fé e o estímulo à religiosidade popular.
A nova evangelização não é uma teoria, nem resulta de especulações acadêmicas: ela é fruto da “conversão pastoral” e de práticas de vida eclesial animadas por intenso zelo e pela “alegria do Evangelho”. E isso vale tanto para a Amazônia, como para as metrópoles, como São Paulo.


Artigo publicado no Jornal O São Paulo, Edição 3010 - 8 a 15 de julho de 2014


Arcebispo de São Paulo

terça-feira, 15 de julho de 2014

UM VICARIATO NOVO

O cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, assinou  no dia 27 de junho , o decreto de criação do Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade – novo organismo pastoral, “cujo objetivo é promover a ação evangelizadora da Igreja Católica nos âmbitos da educação e das instituições de Ensino Superior”.
Para a função de Vigário Episcopal, o Cardeal designou o recém-nomeado bispo auxiliar dom Carlos Lema Garcia, cuja provisão passa a ter validade a partir de 21 de julho.
O novo organismo não substitui as instâncias de atuação pastoral já estruturadas no mundo da educação, mas tem como desafio somar e expandir essa presença da Igreja nos ambientes acadêmicos.


Assistência religiosa
“Anunciar a alegria do Evangelho nos âmbitos da Educação e da Universidade, com especial atenção para as crianças, adolescentes e jovens” é o primeiro objetivo do vicariato recém-criado.
Para isso, o organismo deverá se tornar referência na assistência e no atendimento religiosos nos âmbitos da educação e da universidade, supervisionando a ação evangelizadora e pastoral desses ambientes.
O novo vicariato também deverá suscitar a formação de agentes pastorais que possam garantir os atendimentos religiosos aos estudantes, professores e funcionários das instituições de ensino.

Pastoral da Educação e do Ensino Religioso
O Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade assume a responsabilidade de “organizar e coordenar a Pastoral da Educação e do Ensino Religioso, envolvendo as Regiões episcopais e comunidades paroquiais nesta missão”.
Para articular suas ações, o novo organismo fará um levantamento da situação dos diversos âmbitos educacionais na Arquidiocese de São Paulo, incluindo a maneira como está organizado o atendimento religioso e pastoral nas muitas instituições de ensino, ligadas ou não à Igreja.

Somando forças
O novo organismo deve “buscar a sinergia e a colaboração de todos os responsáveis pelas instituições de educação ligadas à Igreja”. Além disso, será favorecida uma interação com movimentos apostólicos, associações de fiéis e novas comunidades, “em vista da colaboração com os objetivos do próprio Vicariato”.
O vicariato também se esforçará para “colaborar com entidades e grupos eclesiais já voltados para a educação e a universidade, como a Associação Nacional da Educação Católica (ANEC), institutos e congregações religiosas e associações de fiéis”.
Paróquia universitária
Com sede física junto à capela da PUC e com abrangência arquidiocesana, a Paróquia Universitária deverá ser acompanhada e supervisionada pelo novo vicariato. O organismo também passa a responder pelas capelanias presentes nos ambientes educacionais na Arquidiocese de São Paulo.

Sede
Orientado pelas normas gerais da vida da Igreja e pelas normas e orientações pastorais específicas da Arquidiocese de São Paulo, o Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade será composto por conselho pastoral e coordenador próprios, que atuarão em estreita colaboração com Dom Carlos Lema Garcia.

A secretaria do novo vicariato funcionará na Cúria Metropolitana de São Paulo (avenida Higienópolis, 890), com horário a ser definido, e poderá ter núcleos em cada uma das regiões episcopais.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

NOVA PASTORAL NA PARÓQUIA






Com a presença de representantes de quase todas as pastorais da Paróquia, realizamos na última sexta-feira, dia 11 de julho a reunião de implantação da PASTORAL DA ACOLHIDA. 
Iniciamos a reunião estudando os fundamentos da Pastoral da Acolhida e em seguida, refletimos sobre as responsabilidades dos agentes da pastoral. 
A reunião foi encerrada com a organização da escala das equipes  para as celebrações que começarão a atuar no mês de agosto. 





sexta-feira, 11 de julho de 2014

NOME DOS COLABORADORES DA REFORMA SÃO DEPOSITADOS NO PRESBITÉRIO DA IGREJA PAROQUIAL

Em um momento especial,  na manhã de hoje, 11 de julho, a relação com os registros atualizados contendo o nome de todos os contribuintes que fizeram a doação por meio do carnê em prol das reformas na Igreja, bem como, o nome dos pedreiros, arquiteto e engenheira de iluminação, foi depositada sob o contra piso do presbitério,  onde permanecerá perpetuamente recebendo bênçãos.

Na oportunidade, o Pároco, padre Júlio Cesar de Mello Almo, sjc, fez uma prece de agradecimento, pedindo bênçãos para os colaboradores.

Já no domingo, dia 06, a missa das 09 horas foi celebrada em ação de graças por todos os colaboradores.









MANHÃ DE ESTUDOS

O Secretariado Arquidiocesano de Pastoral realiza em parceria com a Paulinas Livraria, no próximo sábado, 12, uma manhã de estudos do Documento número 100 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia – Conversão pastoral da Paróquia.
O estudo será assessorado pelo padre Tarcísio Marques Mesquita, coordenador geral do Secretariado Arquidiocesano de Pastoral. O tema diz respeito não só às paróquias, mas a todos os organismos  e agentes de pastorais.
O evento acontece das 9h30 às 13h30 no auditório da Paulinas Livraria (avenida Domingos de Morais, 660 – próximo à estação Ana Rosa do Metrô)

Informações e inscrições pelo telefone (11) 5081-9330 ou pelo e-mail promodomingos@paulinas.com.br

quinta-feira, 10 de julho de 2014

"EXEMPLO DE CRISTÃO NA POLÍTICA"

Faleceu nesta terça-feira, dia 8, aos 83 anos, o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio. De acordo com nota publicada pelo hospital onde estava internado, por conta de um câncer ósseo, em São Paulo, o ex-parlamentar teve “falência de múltiplos órgãos e sistemas”.
Plínio de Arruda foi militante da juventude católica, participou de grupos como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Juventude Estudantil Católica (JEC). Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi membro da comissão que preparou o texto de estudos de número 99 “Igreja e Questão Agrária no início do século XXI”, publicado em 2010. Na última Assembleia Geral da Conferência, realizada entre os dias 30 de abril e 9 de maio, em Aparecida (SP), foi aprovado como documento da Igreja no Brasil.
Marcado pela sua atuação política, o promotor público aposentado exerceu o mandato de deputado em três oportunidades. A primeira vez foi em 1962, pelo extinto Partido Democrata Cristão (PDC).
Em 1964, no início da ditadura militar, foi cassado e exilou-se no exterior. Até 1976, viveu no Chile e nos Estados Unidos.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, lembrou de Plínio Arruda Sampaio como ”exemplo do cristão na política”. “Crítico, ativo, propositivo testemunhou a grandeza do Evangelho. A CNBB pôde contar com a colaboração em diversos momentos como na elaboração da Constituinte, nas discussões sobre a Reforma Agrária, especialmente contamos com sua valiosa ajuda na elaboração do Documento 'A Igreja e a questão Agrário no Século XXI'”, lembrou.
Dom Leonardo ainda ressalta que em Plínio encontrava-se um interlocutor que sabia ler a realidade brasileira à luz da fé. “A vida de cristãos como ele engrandece o nosso país e incentiva a outros cristãos a testemunham a alegria do Evangelho”, resume.
No debate promovido pela Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), pela Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), pela Associação Brasileira de Universidades Comunitárias (ABRUC) e pela Universidade Católica de Brasília (UCB), com o apoio da CNBB, por ocasião das eleições daquele ano, destacou que o seu trabalho estava pautado na vivência de Igreja desde a juventude. 

No próximo dia 26, Plínio de Arruda Sampaio completaria 84 anos de idade.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

TRÊS ANOS DE MINISTÉRIO EPISCOPAL

Dom Julio completa nesta quarta feira 09 de julho seu terceiro ano de Ordenação Episcopal.
Com grande alegria a Arquidiocese de São Paulo - Região Lapa, recebeu a notícia, a três ano atrás,  que o Papa Bento XVI tinha nomeado um novo Bispo Auxiliar para a Arquidiocese de São Paulo e que Dom Odilio o havia nomeado para a Região Episcopal Lapa.
Dom Julio Endi Akamine, até então provicial dos Padres Palotinos,  recebeu a notícia da Nunciatura Apostólica e a partir de então sua vida mundou completamente.
Com uma alegria contagiante foi ordenado bispo na Catedral da Sé no dia 9 de julho de 2011 e no dia 10 de julho já estava celebrando sua primeira missa como bispo na Paróquia Nossa Senhora da Lapa.



A Região Lapa passou a ser sua nova família,   aos poucos foi conhecendo os padres da Região,  as paróquias,  as comunidades,  os religiosos e os desafios pastorais desta grande metrópole.
No mês de junho de 2012 participou do primeiro retiro com o clero da Lapa em São Pedro - SP,  onde passou 5 dias em oração e convivência com os padres de seu presbitério, o pregador foi dom Angélico.

No ano de 2013 participou do seu segundo retiro com clero da Lapa em São Pedro, retiro que foi pregado por Dom Odilo Pedro Scherer.
Neste ano de 2014 dom Julio foi o pregador do retiro dos Padres, refletindo sobre o tema: Padre um homem de oração.
No primeiro ano Dom Julio foi se familiarizando com os padres e principalmente com os fiéis da região, que o tem em elevada estima. No  segundo ano, foi conhecendo a realidade da Região Lapa, tem se empenhado em desenvolver o 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo. Neste terceiro ano, já conhecendo toda a Região Lapa e seu Clero, dom Julio vem se empenhando em estar presente em todas as paróquias e pastorais da Região,  assumiu encontros de estudo do Catecismo da Igreja, se tornou presença marcante nas Redes Sociais e atuando muito como Bispo referencial da Pastoral do Ensino Religioso da CNBB Sul 1 e Pastoral da Educação da CNBB.
Com seu jeito simpático, sorridente, sempre atencioso conquistou a todos com o seu carisma.     Até os mais críticos reconhecem as qualidades de empenho e caridade de Dom Julio. Mesmo com tanta generosidade,  própria de quem consagra sua vida Deus, dom Julio sempre agiu com firmeza nas descisões que precisou tomar diante de problemas que se apresentaram,  necessárias pela função que exerce, mas sempre com muito respeito e caridade.  Por isso e tão querido por toda a Região Lapa.
Da parte dos padres e leigos sempre ouvimos esta expressão:  "Dom Julio é um presente de Deus para a nossa Região Lapa".  "A Região Lapa é muito abençoada, só tivemos bispos bons e dom Julio veio dar continuidade a esta obra".
Então queremos agradecer a Deus por esta graça, este ano não teremos nenhuma celebração especial, somente missas nas paróquias em intenção a ele,  pois dom Julio não se encontra no Brasil, está no Libano participando de eventos nas igrejas locais.

terça-feira, 8 de julho de 2014

SÍNODO SOBRE AS FAMÍLIAS...

O Evangelho da família; as situações familiares difíceis; a educação para a fé e a vida de todo o núcleo familiar. São estes os três âmbitos nos quais se desenvolve o Instrumentum laboris da assembleia extraordinária do Sínodo dos bispos sobre a família, que se reunirá de 5 a 19 de Outubro deste ano para refletir sobre o tema «Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização». O conteúdo do documento foi apresentado esta manhã, quinta-feira 26 de Junho, na Sala de Imprensa da Santa Sé.

A primeira parte do texto trata o desígnio de Deus, o conhecimento bíblico e magisterial e a sua recepção, a lei natural e a vocação da pessoa em Cristo. O constatação do escasso conhecimento do ensinamento da Igreja exige dos agentes pastorais mais preparação e o compromisso a favorecer a sua compreensão por parte dos fiéis, que vivem em contextos culturais e sociais diversos.
A segunda parte, que enfrenta os desafios relacionados com a família, considera de modo particular as situações pastorais difíceis, que dizem respeito às convivências e às uniões e facto, aos separados, aos divorciados, aos divorciados recasados e aos seus eventuais filhos, às mães solteiras, a quantos se encontram em condições de irregularidade canónica e a quantos pedem o matrimónio sem serem crentes ou praticantes. No documento é frisada a urgência de permitir que as pessoas feridas se curem e se reconciliem, voltando a ter confiança e serenidade renovadas. Por conseguinte, é invocada uma pastoral capaz de oferecer a misericórdia que Deus concede a todos sem medidas. Trata-se portanto de «propor, não de impor; acompanhar e não constranger; convidar, não expulsar; inquietar, nunca desiludir».
A terceira parte apresenta antes de tudo as temáticas relativas à abertura à vida, como o conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões pastorais, a praxe sacramental e a promoção de uma mentalidade acolhedora.
Depois o documento denuncia o escasso conhecimento da Encíclica Humanae vitae. Na maioria das respostas são evidenciadas as dificuldades que se encontram sobre o tema dos afectos, da geração da vida, da reciprocidade entre o homem e a mulher, da paternidade e maternidade responsáveis. No respeitante à responsabilidade educativa dos pais, o documento frisa a dificuldade de transmitir a fé aos filhos e de lhes dar uma educação cristã sobretudo em situações familiares difíceis, cujos reflexos sobre os filhos se alargam também à esfera da fé.

Agora o documento será objeto de estudo e de avaliação por parte das conferências episcopais e confrontado com as diversas realidades locais a fim de evidenciar os pontos focais sobre os quais adiantar propostas pastorais a serem debatidas e aprofundadas durante os trabalhos da assembleia extraordinária e depois na ordinária que terá lugar de 4 a 25 de Outubro de 2015 cujo tema será «Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família».

segunda-feira, 7 de julho de 2014

OS CORRUPTOS MATAM...

Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR)

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“Os corruptos matam e a única saída possível é o arrependimento”. Esta mensagem o Papa Francisco pronunciou na Missa do dia dezessete deste mês, na capela de sua residência. Partindo da Leitura do Livro dos Reis (1Rs 21,17-29) o Santo Padre Francisco anota o que diz o profeta Elias sobre o Acab dizendo que ele vendeu-se. É como se tornasse numa mercadoria. O Papa disse: “Esta é a definição: é uma mercadoria! Vimos que havia três tipos: o corrupto político, o corrupto negociante e o corrupto eclesiástico. Os três faziam mal aos inocentes, aos pobres, porque são os pobres que pagam a festa dos corruptos!”

“O corrupto vende-se para fazer o mal, julgando que apenas o faz para ter mais dinheiro”. “O corrupto é um escândalo para a sociedade, é um escândalo para o povo de Deus” – com estas frases fortes e duras o Papa Francisco apresentou três aspetos que definem o corrupto: “A primeira coisa na definição de corrupto é que é alguém que rouba, alguém que mata.
A segunda coisa: o que acontece aos corruptos? ...porque exploraram os inocentes, aqueles que não podem defender-se e fizeram-no com luvas brancas, à distância, sem sujarem as mãos. A terceira coisa: há uma saída para os corruptos? Sim! ‘Quando ouviu tais palavras, Acab rasgou as suas vestes e vestiu um saco sobre o seu corpo e jejuou’... Começou a fazer penitência.”
O Papa Francisco evidenciou que a única saída para um corrupto é pedir perdão, tal como fez Zaqueu, restituindo quatro vezes daquilo que roubou. O Papa Francisco disse ainda que quando lemos nos jornais que esta ou aquela pessoa é corrupta mesmo até quando são prelados da Igreja, devemos rezar por eles e pedir ao Senhor para que se arrependam e se convertam “e que não morram com o coração corrupto”.
Na missa do dia dezesseis dizia: “A corrupção dos poderosos acaba sendo ‘paga pelos pobres’, que por causa da avidez dos outros, ficam sem aquilo de que têm necessidade e direito. O único caminho para vencer o pecado da corrupção é o serviço aos outros que purifica o coração”.
“Lemos tantas vezes nos jornais sobre o político que enriquece magicamente. Foi processado, levado ao tribunal o empresário que ficou rico como uma magia, ou seja, explorando seus operários. Fala-se também do bispo que enriqueceu e deixou a sua função pastoral para cuidar de seu poder. Assim, os corruptos políticos, de negócios e os corruptos eclesiais. Eles estão em todos os lugares, e temos que dizer a verdade: a corrupção é justamente o pecado ‘acessível’, de alguém que tem autoridade sobre os outros... econômica, política ou eclesiástica. Todos somos tentados pela corrupção, porque quando alguém tem autoridade e se sente poderoso, se sente quase como um Deus”.
“Se falamos dos corruptos políticos ou dos corruptos econômicos, quem paga? Pagam os hospitais sem medicamentos, os doentes que não recebem cura, as crianças sem educação. Esses são que pagam a corrupção dos grandes. E quem paga a corrupção de um prelado? Pagam as crianças, que não sabem fazer o sinal da cruz, que não recebem catequese, que não são seguidas. Pagam os doentes que não são visitados, pagam os encarcerados que não recebem atenções espirituais. Os pobres pagam. A corrupção é paga pelos pobres: pobres materiais, pobres espirituais”.
O Papa convidou a todos para rezar pelas “pessoas, que pagam a corrpução, que pagam a vida dos corruptos. Estes mártires da corrupção política, da corrupção econômica e da corrupção eclesiástica. Que o Senhor nos aproxime deles. Que o Senhor esteja perto deles e lhes dê a força para continuar o seu testemunho, no seu próprio testemunho”.

Essa reflexão do Papa Francisco nos leva para uma consciência cada vez maior, da nossa responsabilidade diante das urnas nas próximas eleições. Voto não tem preço, tem consequência. A corrupção é uma tentação para todos nós e deve ser combatida, tanto na área política, privada e eclesiástica. Essa é a hora de nossa corresponsabilidade para fazer um país justo e solidário. Boa semana!

domingo, 6 de julho de 2014

PALAVRA DE DEUS NO DOMINGO


Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 11,25-30

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer:
25'Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos
e as revelaste aos pequeninos.
26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.
27Tudo me foi entregue por meu Pai,
e ninguém conhece o Filho, senão o Pai,
e ninguém conhece o Pai, senão o Filho
e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28Vinde a mim todos vós que estais cansados
e fatigados sob o peso dos vossos fardos,
e eu vos darei descanso.
29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração,
e vós encontrareis descanso.
30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Palavra da Salvação.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE

Foi publicado pelas Edições CNBB o texto de Estudos nº 107 daConferência Nacional dos Bispos do Brasil. Tema prioritário aprovado durante 52ª Assembleia Geral da Conferência, realizada em Aparecida (SP), de 30 de abril a 9 de maio, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade” pretende animar o laicato na compreensão de sua atuação como sujeitos eclesiais nas diversas realidades em que se encontram inseridos. Ainda no título, encontra-se a passagem do Evangelho de São Mateus, que convida os discípulos de Jesus serem “Sal da Terra e Luz do Mundo” (cf. Mt 5, 13-14).
 O texto, baseado no método ver-julgar-agir, divide-se em três capítulos: “O Mundo Atual: Esperanças e Angústias”, “O Sujeito eclesial: Cidadãos, Discípulos e Missionários”, e “A ação Transformadora na igreja e no Mundo”. 
De acordo com o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, os leigos são “mulheres e homens que ajudam na construção do Reino da verdade e da graça, do amor e da paz; que assumem serviços e ministérios que tornam a Igreja consoladora, samaritana, profética, serviçal, maternal”.
Para o bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom Severino Clasen, o texto de estudos quer restabelecer o sentido da vida e da existência. “Todo cristão leigo e leiga tem um papel decisivo também na Igreja, presente no seu testemunho de vida e coerência de se apaixonar por Jesus Cristo. E nesta paixão, neste amor, no seguimento a Ele, buscar também caminhos para transformar a sociedade”, afirmou.
A expectativa da Comissão Episcopal para o Laicato é que o texto seja estudado nas dioceses para receber novas contribuições e, depois, surja um documento que traduza a razão da presença dos leigos na Igreja e na sociedade.
A publicação pode ser adquirida pelo site www.edicoescnbb.com.br ou pelo televendas (61) 2193-3019.

Estão disponíveis no site da CNBB uma sugestão de estudo do texto e uma ficha de emendas para envio das contribuições.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

COPA E LIÇÕES DE CIDADANIA

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)


A Copa do Mundo no Brasil está desenhando importantes lições apontadas pelo povo, responsável pela progressiva construção de um quadro que, passo a passo, consegue distinguir os muitos aspectos que envolvem o torneio. De um lado, o interesse meramente econômico de dirigentes e mandatários, os altos salários inadmissíveis de jogadores e as indevidas apropriações políticas do esporte. Do outro, o gosto pelo futebol, sua arte e elemento de diversão, e o exercício de fraternidade universal, alegria e confraternização que reúne diferentes línguas, culturas e nações.
Sem perder essa luz própria, mesmo com as sombras de algum cenário de violência e vandalismo, o povo mostra uma força que deve servir de alerta a governantes, especialmente neste ano eleitoral, e a todos os construtores da sociedade pluralista. Trata-se de uma mobilização que não apenas pode, mas deve se manifestar nas urnas. O voto consciente tem a propriedade para reconstruir a sociedade. Para alcançá-lo, é preciso reconhecer-se como cidadão, parte de uma grande comunidade que deve caminhar unida em busca da superação dos desafios que atrapalham o desenvolvimento do país.   O ambiente que vem sendo construído pelo povo, ao longo desta Copa do Mundo, pode contribuir para que se alcance esse objetivo.
A vibração pelo esporte e a inteligência de não se perder a oportunidade da confraternização entre as pessoas estão sendo vividas de uma maneira muito singular. Essa particularidade está na postura político-cidadã de gestos como a acolhida aos visitantes e a realização de manifestações pacíficas, altamente significativas.  Nos próprios estádios, o povo quebra o protocolo dos organizadores e cantamais forte, de modo completo, o hino nacional, fazendo ecoar um recado de cidadania e o entendimento de que o governo de uma sociedade é feito pelo povo. Deste modo, seus delegados e representantes devem estar a serviço do bem comum.
A Copa do Mundo gera uma oportunidade para o próprio povo mostrar que não é multidão amorfa, inerte, a ser manipulada e instrumentalizada. É, na verdade, a união de pessoas, cada uma no seu lugar e a seu modo, como ensina a Doutrina Social da Igreja Católica, com autonomia para formar opinião própria a respeito da coisa pública e de exprimir sua sensibilidade política em vista do bem comum. Quando os representantes do povo aprendem a ouvir a voz que vem das ruas, em vez de obedecerem aos interesses partidários e de segmentos poderosos, tornam-se políticos dignos de autêntica estatura cidadã, capazes de trabalhar em busca de uma sociedade justa, solidária e civilizada.
O povo está sinalizando aos “profissionais da política”, nos âmbitos legislativo e executivo, que é urgente a comprovação desse pacto com o bem comum antes de se submeter às urnas. A autoridade política não pode ser fruto meramente de conchavos, articulações partidárias interesseiras garantidas pelos leilões de cargos e de vantagens, mas de um incondicional respeito e vivência de inegociável moralidade. Compreende-se, portanto, que a autoridade política não se esgota simplesmente em alguns feitos quase sempre distantes das mais urgentes demandas sociais. Trata-se, justamente, de reconhecer que essa autoridade é o povo, detentor da sua soberania, conforme bem ensina a Doutrina Social da Igreja.
A Copa está confirmando a etapa nova inaugurada em junho do ano passado, quando a sociedade brasileira, em muitas manifestações, fez ouvir a sua voz. Há um senso comum no mais recôndito da consciência popular que está se aflorando pela alegria proporcionada pelo futebol. Um clima de confraternização que não inclui governos e deixa recados para os políticos, mantendo distância daqueles que usufruem absurdamente do que pertence ao bem comum.  O Mundial, no conjunto de suas circunstâncias e desdobramentos, participação e debates, manifestações e indiferenças, está fazendo crescer - e que não seja perdida a oportunidade - uma sociedade brasileira politicamente diferente.
Vive-se um momento que precisa de desdobramentos e não pode ser perdido, com o término da Copa e a partir da profusão de discursos políticos obsoletos, particularmente aqueles que se constroem com os ataques mútuos e com as promessas sempre não cumpridas. O Mundial pode mesmo ser um exercício de vitalidade do povo, por suas escolhas de alegrar-se, manifestar-se, manter distâncias, debater e formar opinião de modo que a participação política ultrapasse os atos formais de votar e mesmo de se reunir em associações, partidos e sindicatos. É hora de um passo qualificado na política, diante da insatisfação com governos e representantes, em busca de uma sociedade politicamente mais cidadã e igualitária. Quem sabe, por isso mesmo, esta será para os brasileiros a “Copa das Copas”, porque sem esgotar-se em euforias que permitem manipulações, aponta um amadurecimento político do povo.